sexta-feira, 29 de junho de 2012

Os inseparáveis público e privado

Hélio Dias Viana (*)
Em nossos dias em que o liberalismo levado às suas últimas consequências desfechou – como não poderia deixar de ser – na mais completa libertinagem, um dos argumentos utilizados para se chegar a tal paroxismo foi o de que a vida privada dos indivíduos nada tem que ver com a sua vida pública. Como se aos homens fosse possível “pintar e bordar” individualmente e depois serem bons chefes de famílias ou de empresas, ou administradores públicos exemplares!

Pensar assim seria ignorar a natureza humana, a qual constitui um só todo inseparável, e, portanto, o que se diz aqui dos chefes ou dos administradores vale para qualquer outra atividade ou profissão. Ninguém consegue, ainda que o tente de todos os modos, observar uma conduta externa que não seja uma projeção de sua vida privada.

Um líder, por exemplo, que queira permanecer fiel aos seus princípios e não andar ao sabor da moda e das ideias extravagantes, só conseguirá fazê-lo se na sua vida privada ele for correto. Vale aqui lembrar a sentença de Paul Claudel, citada por Plinio Corrêa de Oliveira em seu célebre ensaio Revolução e Contra-Revolução: “Cumpre viver como se pensa, sob pena de mais cedo ou mais tarde acabar por pensar como se viveu”. 

À vista disso, é toda a organização social que se ressente, pois quando os que a compõem não agem segundo esses princípios, ela marcha para a destruição. Quem pode negar, por exemplo, que uma empresa cujo diretor seja chefe de uma família bem constituída, tenha maior possibilidade de êxito do que a de outro que não viva nessas condições? Simplesmente porque o primeiro terá mais condições psicológicas e apoio colateral para levar a bom termo as suas atividades do que o segundo. Situação que depois se transmitirá aos filhos. Nesse sentido, não se pode negar que a indissolubilidade matrimonial contribui eficazmente para o progresso econômico da sociedade e das nações.

O que dizer então dos chefes de Estado, de quem a nação inteira tem o direito de esperar o bom exemplo e aos quais incumbe o dever de dá-lo? O que sobraria hoje de instituições altamente respeitáveis, de cujo seio eram outrora excluídos os que não tivessem boa conduta? Lucraram tais instituições ao abolirem essas normas? Lucraram sequer os seus membros, que se viam assim protegidos? Lucrou a sociedade?

Não passa, portanto, de uma falácia pensar que seja possível separar a conduta pública da privada sem provocar grandes tragédias. Que o digam os dias em que vivemos!
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 (*) Helio Dias Viana é colaborar da Agência Boa Imprensa (ABIM) 

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Violência nas escolas secundárias austríacas


Viena, 19 de junho de 2012 
Carlos Eduardo Schaffer 

Os principais jornais de Viena trazem hoje na primeira página uma notícia que os alarma: o nível de violência nas escolas secundárias da Áustria se mantém elevado. Vinte e nove por cento dos meninos cometem atos de violência. Entre as meninas, 12%. Entretanto, dada sua natureza delicada, elas são as que mais sofrem com as brigas: suas notas diminuem imediatamente.

Um entre quatro meninos com a idade de 15 anos, pelo menos duas vezes por mês, sofre agressão de colegas. Três por cento deles são diagnosticados pelos psicólogos escolares como “extremamente agressivos".

Até mesmo os professores se tornaram mais violentos. Muitos deles fingem não ver as agressões a fim de evitar complicações. 40% dos alunos são constrangidos fisicamente por seus mestres. E esta situação se mantém assim há anos. Na terça-feira passada um aluno de 12 anos, na cidade de Wels, roubou fio elétrico da sala de educação física, passou em torno do pescoço de um colega e saiu puxando-o como um animal. Ao se queixar de dores o colega levado à soga teve o pescoço torcido violentamente, sendo em seguida levado para um hospital. Sofreu uma torção entre o pescoço e a coluna vertebral.

Cada aluno hoje em dia pratica um ato de violência por semestre. Estes dados são revelados por um estudo oficial do governo, denominado “Pisa-2009”. 

As escolas menos exigentes em matéria de estudos são as que mais registram casos de violência. Essas escolas, já ao admitir alunos, fazem uma seleção relaxada, e raramente expulsa os maus elementos. São freqüentadas por alunos que não têm o desejo de boa formação e, conseqüentemente, se entregam a outras atividades extra-escolares, entre as quais a violência. O estudo revela que o aluno não aplicado tende a ser briguento.

A polícia de Viena vem se dedicando com mais afinco ao problema. Entre 2009 e 2010 técnicos de diferentes disciplinas e campos de ação, como criminalistas, psicólogos juvenis, conselhos escolares, o Juizado de Menores e o Ministério da Justiça elaboraram um estudo para prevenção da violência nas escolas e normas de intervenção. O estudo já está em uso pelas autoridades.

Sim, os jornais austríacos se alarmam com a violência estudantil ao mesmo tempo em que fecham os olhos para a realidade. Esses mesmos jornais noticiavam festivamente a “Parada homossexual” anualmente realizada em Viena, há apenas cinco dias. Nessa “Parada” até mesmo crianças portavam a bandeira colorida do movimento homossexual. Mas o fato de que hoje até mesmo a inocência seja levada a portar o símbolo do vício não alarma a imprensa. Esses mesmos órgãos dão há anos cobertura para toda espécie de filmes ofensivos à moral cristã e portadores de brutais cenas de violência.

Representantes da “moral do século”, laica e permissiva, esses jornais imaginam utopicamente poderem coexistir a inteira liberdade sexual e a boa ordem social e civil. A decadência dos costumes leva inevitavelmente à violência e à conseqüente desagregação social. É uma questão de tempo.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Pai da “hipótese Gaia” se retrata de seu alarmismo

James Lovelock, criador da hipótese segundo a qual a Terra seria um organismo “vivo” apelidado “Gaia”, admitiu que foi “alarmista” a respeito de “mudança climática”. Ele afirmou que outros ambientalistas famosos, como Al Gore, incidiram no mesmo erro. Em 2006, Lovelock escreveu que “antes do fim deste século bilhões de homens terão morrido e os poucos casais que sobreviverem ficarão no Ártico, onde o clima ainda será tolerável”. Agora, explicou: “O problema é que não sabemos o que é que o clima vai fazer. Há 20 anos nós achávamos que sabíamos. Isso nos levou a escrever alguns livros alarmistas — o meu inclusive — porque parecia evidente, porém não aconteceu”. Ambientalistas só puderam concordar, embora desanimados, com o mea culpa do guru. A crença nessas hipóteses está cada vez mais desacreditada, salvo entre os fanatizados pela Rio+20.
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Agência Boa Imprensa

Descobertos imensos aquíferos de água doce no Saara

Imagem de satélite do Saara (NASA World Wind)
Mapa geológico feito por cientistas britânicos mostra a existência de uma “descomunal reserva de água subterrânea” debaixo do Saara. O volume de água atingiria 500 quatrilhões de litros, suficientes para alimentar a cidade de São Paulo durante 4.453 anos sem reposição do aquífero. O volume é cem vezes maior do que toda a água da superfície africana. As reservas atenderiam às necessidades de mais de 300 milhões de africanos, incluindo a agricultura, segundo cientistas da British Geological Survey. O catastrofismo ambientalista insiste que a água doce vai acabar no planeta, mas não tem ideia da água existente sob seus pés...
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Agência Boa Imprensa