quarta-feira, 30 de junho de 2010

Sonho e pesadelo


Pe. David
Francisquini*


Imaginemos uma família que se inicia com um admirável e promissor casamento diante de um sacerdote que deu aos cônjuges formação necessária para bem compreender a nobreza que tal aliança encerra. Com essa perspectiva, uma nova existência começa cheia de esperança à busca da vida virtuosa em comum, de acordo com os ensinamentos da Igreja.

A boa índole do casal leva-o a conceber prole numerosa com boa formação moral e religiosa, filhos de caráter que possam honrar com seus predicados os seus pais. E depois de uma vida de dedicação mútua, de trabalhos, numa palavra, de uma vida fecunda aqui na Terra, reunir-se-iam no Céu juntos ao trono de Deus.

Com o passar do tempo, sob a pressão do ambiente que o envolve, e do mau exemplo proveniente das classes dirigentes que deveriam ser modelo para as demais, o casal percebeu que a situação atual se encontra nos antípodas de suas mais legítimas aspirações, e que a batalha para atingir sua meta será sobre-humana.

Seus filhos se vêem cercados pela imoralidade e violência dos programas televisivos, pelos shows que propagam as drogas e os maus costumes, por doutrinas revolucionárias que eclodem daqui, de lá e de acolá, através da mídia e até mesmo de livros adotados em nossas escolas. Onde os filhos deveriam se formar para servir melhor a Deus e a sociedade, campeiam os maus exemplos.

Incoercível, tal avalanche inunda aquele lar, e aos poucos os filhos começam a mudar. Já não desejam o convívio aconchegante da família, e preferem a rua. Passam a contestar as ordens paternas na hora de ir para a igreja, fazendo “corpo mole” no momento das orações, pois se sentem como que entediados das coisas de Deus. Cada vez mais exigentes, eles são intolerantes e cheios de caprichos.

Parecem querer ocupar o lugar dos pais. Não aceitam mais usar as roupas, de acordo com a modéstia cristã e com os padrões do bom gosto, mas sujeitam-se “voluntariamente” à ditadura da moda, vestindo o “uniforme” atual do jeans desbotado e esfiapado. Os mais rebelados usam cortes de cabelo extravagantes, brincos, piercings e ostentam tatuagens.

Para infelicidade dos pais e dos bons educadores, as leis vigentes favorecem de maneira brutal o ambiente de rebelião à ordem constituída, substituindo-a pela anarquia generalizada. Nas escolas, as crianças começam já em tenra idade a ser iniciadas para a vida sem “tabus” através de aulas da assim chamada “educação sexual”, que ensinam as piores depravações sob a capa de normalidade.

Como estudioso e diretor de almas, afirmo que tal situação não começou da noite para o dia e que ela não atinge apenas o Brasil. A crise que assola nossa civilização originou-se no Renascimento, passando pelo protestantismo, Revolução Francesa, comunismo, desfechando na Revolução Cultural que apregoa a quebra de todos os valores da família, da Religião e procura extinguir a propriedade particular.

Trata-se de uma crise profunda e sem precedentes, que tem como mola propulsora os vícios do orgulho e da sensualidade, e atinge todos os campos da vida humana, como tão bem explanou o ilustre pensador católico, Professor Plinio Corrêa de Oliveira em seu livro Revolução e Contra-Revolução.

Em próximo artigo, pretendo continuar analisando essa dramática situação, que vem causando justa preocupação não apenas em zelosos pais que amam e temem a Deus, mas em todos aqueles que procuram defender a maravilhosa ordem criada por Ele, com vistas a propiciar a seus filhos a eterna felicidade.

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* Sacerdote da igreja do Imaculado Coração de Maria, Cardoso Moreira - RJ

Apoio popular ao “Dia da liberdade de impostos”

De acordo com IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), 53,03% do valor cobrado pelo litro da gasolina correspondem a tributos. Em 25 de maio, o Instituto Mises e o Movimento Endireita Brasil, além de diversas associações comerciais e empresariais, organizaram um “Dia da liberdade de impostos”, para protestar contra os tributos abusivos no País. Em São Paulo e Brasília, depois de excluídos os impostos, caiu de R$ 2,399 para R$ 1,18 o preço cobrado pela gasolina nos postos participantes. A manifestação ocorreu também em Belo Horizonte, Porto Alegre, Vitória e Campo Grande. Em Santa Catarina, apesar das filas que demoraram horas, os consumidores apoiaram a iniciativa.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Marcha contra o aborto em Varsóvia


Heitor Abdalla Buchaul (*)
No dia 30 de maio último, mais de 6000 pessoas participaram da V Marcha pela Vida e pela Família na capital polonesa.

Havia uma maciça presença de jovens com cartazes que contra o “casamento” homossexual e enaltecendo a família como célula-mater da sociedade.

A Associação pela Cultura Cristã Padre Piort Skarga, uma das organizadoras do evento, abria o desfile com seus símbolos e um grupo de convidados de diversos países, França, Alemanha, Portugal, Estados Unidos e Brasil. Estavam também presentes representantes das principais associações cristãs polonesas.

Durante toda a marcha, foi notório o entusiasmo e a “garra” dos poloneses em defesa dos mais altos valores da Cristandade — o que é admirável quando lembramos o sofrimento daquela Nação, que esteve por quase meio século sob o jugo marxista da ex-União Soviética.

O presidente da Associação pela Cultura Cristã Padre Piort Skarga, Slawomir Olejniczak, salientou a necessidade da preservação da família como alicerce da sociedade e os constantes golpes que ela vem sofrendo, devido a promoção de uma cultura da morte. Ressaltou também a necessidade de a opinião pública pressionar o Estado, no sentido de preservar a autonomia da família e do pátrio poder.

Anna Szpindler, porta-voz da marcha, afirmou: “Estamos satisfeitos de que conseguimos a cada ano atrair uma multidão sempre maior, pois representamos os positivos valores da vida e da família. Esperamos que os políticos dêem atenção para o fato de que esses valores são importantes para um tão grande número de pessoas. Acreditamos que o bem-estar das famílias deve ser um desafio prioritário para eles”.

Um evento como esse é um alento nos tempos difíceis atuais, em que o neopaganismo quer se impor. Mas ainda ressoa aquela voz doce e ao mesmo tempo firme dirigida por Nossa Senhora aos pastorinhos em Fátima “Por fim meu imaculado coração triunfará!”
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(*) Heitor Abdalla Buchaul é colaborar da ABIM

Histórica vitória direitista na Hungria

As direitas obtiveram esmagadora vitória nas eleições legislativas na Hungria. Após o segundo turno, o partido de centro-direita Fidesz [foto] ganhou mais de dois terços das cadeiras do Parlamento, e a extrema-direita anti-União Européia conquistou 47 lugares. O Partido Socialista — “maquiagem” do antigo Partido Comunista, até agora no poder — ficou com apenas 59 deputados. Para o “Le Monde”, tratou-se de uma “revolução conservadora de alcance inédito”. O partido de centro-direita pode agora apagar os restos de comunismo que ficaram na constituição húngara, desde que aja com sabedoria — virtude cada vez mais rara na Europa laicizada.
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Agência Boa Imprensa

Cardeal reza missa por Fidel, mas não por dissidente

O dissidente político cubano Guillermo Fariñas, que faz greve de fome há mais de dois meses, reprovou o fato de o arcebispo de Havana, Cardeal Jaime Ortega, ter celebrado uma missa quando adoeceu o ditador comunista Fidel Castro, mas não rezou nenhuma missa pelo dissidente Orlando Zapata, falecido na ilha durante a visita do presidente Lula. O Cardeal assumiu posição análoga à do presidente brasileiro e pediu ao dissidente abandonar a greve de fome, que prejudica a imagem internacional da Cuba comunista. Fariñas respondeu que agora é momento “não de conciliar, mas de se colocar a favor das vítimas ou de vitimá-las”.
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Agência Boa Imprensa