terça-feira, 28 de setembro de 2010

Golpe em braço político das FARC



  • Hélio Dias Viana

      Em novo golpe contra a subversão – desta vez político – a Procuradoria Geral da República da Colômbia cassou hoje, 27 de setembro, o mandato da senadora Piedad Córdoba (foto), tornando-a inelegível por 18 anos para qualquer cargo público. A decisão é passível de recurso.

      A medida deveu-se aos vínculos que a senadora mantinha com a narco-guerrilha das FARC, os quais se tornaram patentes após a apreensão de documentos contidos nos computadores do guerrilheiro Raúl Reyes, morto em combate em 2008.

      Piedad Córdoba é também muito chegada ao venezuelano Hugo Chávez, com o qual manteve reiteradas conversações para juntos intermediarem a libertação de reféns da guerrilha. Mas os referidos documentos de Raúl Reyes mostraram que muito mais que meros negociadores ambos eram cúmplices da narco-guerriha farcista, a qual Chávez ajudava com armas, enquanto a senadora o fazia através da política.

      Embora tardia, a oportuna medida da Procuradoria Geral da República cassando os direitos políticos de Piedad Córdoba desagradará por certo a Hugo Chávez, do mesmo modo como lhe desagradaram as morte de Raúl Reyes (com a incômoda documentação deixada nos computadores) e Mono Jojoy — cuja herança informática promete ser ainda mais polpuda.

      Sobrarão também agora algumas chispas desagradáveis para o PT, como a revista colombiana “Cambio” afirmou haver nos computadores de Raúl Reyes, em matéria publicada na ocasião? Enquanto isso o ex-padre Oliverio Medina, embaixador das FARC no Brasil, continua comodamente instalado entre nós com a sua companheira, funcionária do Ministério da Pesca.
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      Hélio Dias Viana é colaborador da ABIM

      domingo, 26 de setembro de 2010

      Novo Exército homossexual


      Importante general chama soldados cristãos de fanáticos

      • Hélio Dias Viana(*)
        Em incisivo editorial com o título acima, “The Washington Times” (16/09/2010) comentou que nesta semana Harry Reid, líder da maioria democrata no Senado, iniciaria a defesa de um novo projeto visando derrubar a lei conhecida como “Don’t ask, don’t tell” [não pergunte, não diga], em vigor a partir do governo Clinton, pela qual os homossexuais em serviço militar não podem ser perguntados a respeito de seu comportamento nem são obrigados a confessá-lo.

        No mesmo sentido, falando no mês passado para várias centenas de militares americanos no Quartel-General do Comando Europeu em Sttutgart, Alemanha, o general Thomas P. Bostick, vice-chefe do Departamento de Pessoal do Exército (foto), comentou favoravelmente o projeto, afirmando que se o mesmo for aprovado, os opositores da agenda lésbica, homossexual, bissexual e de gênero (LGBT) não mais serão bem-vindos ao Exército.

        “Infelizmente – disse o general – temos uma minoria de membros que ainda são racistas e fanáticos, e vocês nunca conseguirão ver-se livre deles”. E prosseguiu: “Essas pessoas que se opõem a esta nova política precisarão adaptar-se a ela, e se não o fizerem precisarão se retirar. Pouco importa o grau de instrução e educação dos opositores; vocês terão sempre aqueles que se oporão a isto por motivos morais e religiosos, do mesmo modo como vocês hoje ainda têm racistas”.

        Além de partir de um alto oficial, tais declarações se tornam ainda mais graves pelo fato de seu autor estar diretamente envolvido num painel do Pentágono voltado a definir a política militar sobre essa matéria. Ademais, o general Bostick se equivoca ao apresentar a questão dos homossexuais nas Forças Armadas como um assunto de direitos civis, quando o serviço militar é essencialmente discriminatório. Dele, por exemplo, são afastados os velhos, os muito fracos ou muito gordos, pois a finalidade das Forças Armadas é travar batalhas e vencer, e não defender sentimentos pessoais de minorias. Fazendo-o em relação aos homossexuais, o general também está discriminando essas outras categorias de pessoas.

        Cumpre ainda lembrar que nos EUA a exclusão das Forças Armadas de pessoas com conduta homossexual baseia-se nos princípios do Código Uniforme de Justiça Militar, que também criminaliza a conduta adúltera entre heterossexuais por solapar a boa ordem e a disciplina. No entanto, o general Bostick sugeriu a adoção de disciplina semelhante para proporcionar “educação e treinamento” aos soldados, marinheiros e membros da Força Aérea de modo a fazê-los abraçar a agenda LGBT!

        Na mesma linha do general, Tommy Sears, diretor-executivo do Centro de Prontidão Militar, declarou ao “The Washington Times”: “Infelizmente, se a lei [Dont’t ask don’t tell] for revogada, as Forças Armadas tentarão fazer o que elas fazem – fazer as coisas funcionar, para melhor ou para pior. Portanto, a dissensão não será tolerada. Se por qualquer razão você não concordar, seja ela por convicção religiosa ou objeção pessoal, sua carreira na essência estará encerrada”.

        O editorial termina evocando o direito dos militares a seguir sua reta consciência e pedindo a remoção do general Bostick de suas funções no painel do Pentágono que trata do assunto.

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        Eis, caro leitor, os absurdos a que conduz a doutrina professada pelos defensores incondicionais dos Direitos Humanos; tão incondicionais que no seu delírio em defender graves desvios de conduta de minorias, não hesitam em sacrificar até mesmo aquelas instituições das quais eles são representantes e que asseguram a soberania e o bem-estar da maioria da Nação!

        P.S.: Apesar de majoritários, os democratas felizmente não conseguiram a revogação no Senado do "Don't ask, don't call", pois necessitavam de 60 votos e só obtiveram 56. Uma nova votação só será possível após as eleições, quando se espera que eles perderão a maioria em ambas as Casas. Mas eles vão continuar, a menos que uma celeste Operação Sodoma ponha definitivamente fim aos seus pérfidos designios.
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        (*) Hélio Dias Viana é colaborar da ABIM

      segunda-feira, 20 de setembro de 2010

      Cá e lá, intervencionistas há


       
      • Hélio Dias Viana

       O leitor está por certo lembrado da recente “lei da palmada”, através da qual o governo Lula interveio no recinto da família, imiscuindo-se no pátrio poder.

      Embora de aparição antiga (11/08/2009), pela sua incontestável atualidade reproduzo abaixo excertos de um indignado artigo publicado na revista “Human Events” pelo ator e jornalista americano Carlos Ray “Chuck” Norris, no qual ele analisa aspectos de um análogo intervencionismo de Barack Obama nos Estados Unidos.

      Que outras afinidades existirão entre o novo Programa Nacional de Direitos Humanos — compêndio do que pensa e deseja implantar o governo petista — e a impopular Reforma da Saúde de Obama?

      Deste Obama a cujo respeito pelo menos os institutos de pesquisas americanos não mentem, e lhe atribuem a baixa popularidade contra a qual, apesar de todas as evidências, seus símiles brasileiros se encarregam de proteger sistematicamente o presidente Lula.

      Segredo Sujo N° 1
      no Serviço de Assistência de Obama

      As reformas do sistema de saúde estão se transformando numa revolta. Os americanos estão indignados com os parlamentares, nas reuniões realizadas em prefeituras ao longo dos EUA. [N.R.: Eles foram ao interior consultar as bases eleitorais a respeito do assunto, reunindo-se nas prefeituras, mas a indignação foi tal que alguns quase foram agredidos].

      Enquanto observava essas aquecidas noites políticas de agosto, decidi pesquisar as razões pelas quais tantos se opõem ao Serviço de Assistência de Obama, para separar os fatos da fantasia. O que descobri é a existência até mesmo de pequenos segredos sujos, profundamente enterrados dentro das mais de mil páginas do projeto sobre a saúde.

      O Segredo sujo Nº 1 do Serviço de Assistência de Obama versa sobre a intromissão do governo no interior das residências e a usurpação dos direitos dos pais quanto aos cuidados na criação dos filhos.

      Isso está esboçado nas seções 440 e 1904 do projeto da Casa (página 838), sob o título “programas de visita às casas de famílias com filhos pequenos e de famílias esperando filhos”. Os programas — concedidos através de concessão aos Estados — aconselhariam os pais sobre o procedimento a observarem no tocante à criação dos filhos.

      O projeto prevê que os agentes do governo — “quadros bem treinados e competentes” — forneçam aos pais os conhecimentos necessários ao desenvolvimento adequado à idade da criança nos domínios cognotivo, lingüístico, social, emocional e motor […], “modelando-os, consultando-os e instruindo-os quanto às práticas paternas a tal respeito”, bem como sobre suas “condições para interagir com os filhos a fim de intensificar o desenvolvimento próprio à idade”.

      Uma refutação do governo é a de que o programa seria “voluntário”. É verdade? Isso implica que essa agência apoiaria passivamente, até que, necessitados em saber como criar seus filhos, alguns pais dissessem: “Não penso chamar meus pais, padre ou amigos, ou ler uma pletora de livros, mas irei aos escritórios do governo?”

      Ao contrário, na página 840, o projeto aponta para grupos e problemas especificamente indicados: O Estado “deverá identificar e priorizar comunidades que estejam com grande necessidade de tais serviços, especialmente aquelas com alto índice de famílias de baixa renda”.

      É tudo isso o que você deseja ou espera de um plano universal de saúde impulsionado através do Congresso? Você quer que agentes do governo cheguem à sua casa e lhe digam como educar seus filhos? Quando é que o serviço de saúde do governo se tornou serviço de cuidado da criança?

      O governo precisa exercer menos o papel de dirigir a vida de nossas crianças e mais o de apoiar as decisões dos pais em relação aos filhos. Os filhos pertencem aos seus pais, não ao governo. E os pais devem ter o direito — e o apoio do governo — para criar seus filhos sem ordens, educação ou intervenção federal em suas casas.
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      (*) Hélio Dias Viana é colaborador da ABIM

      segunda-feira, 6 de setembro de 2010

      Natureza da vocação sacerdotal

      • Pe. David Francisquini*
      A missão do sacerdote é por natureza vocação de suma importância e valor, porquanto ele é investido dos mesmos poderes de Nosso Senhor Jesus Cristo. “Tu es sacerdos in aeternum secundum ordinem Melchisedech” Tu és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque.

      Trata-se de uma escolha que Deus faz entre os homens, a fim de que os chamados para o sacerdócio ofereçam dons e sacrifícios pelos pecados do povo e pelos próprios, além de se compadecerem dos que ignoram e erram.

      O nascedouro natural da vocação sacerdotal — o sal que salga e a luz que ilumina — encontra-se sempre no seio das famílias verdadeiramente cristãs, dentro do lar imbuído da fé e da mentalidade da Igreja, bem como da pureza de costumes, da piedade e devoção.

      De tão sublime, tal chamado de Deus é comparável a uma cidade sobre um monte ou a uma torre inexpugnável, pois um bom padre salva consigo uma multidão, enquanto um mau padre pode levar atrás de si outra multidão.

      Na Epístola aos Efésios, São Paulo engrandece o sacramento do matrimônio ao compará-lo com a instituição da Igreja. Ao ressaltar a submissão da Igreja a Cristo, o Apóstolo convida as mulheres a seguirem o exemplo d´Ela quanto à submissão aos seus maridos; e a estes, a amarem suas esposas como Cristo ama sua Igreja. Em suma, fazer do lar o que faz Cristo com a Igreja: digna, pura, resplandecente, sem mancha nem ruga, santa e imaculada.

      Toda a grandeza do matrimônio se patenteia nessa consideração do Apóstolo em relação ao amor de Cristo à sua Igreja. E São Paulo ressalta que o relacionamento de Cristo com a maior das instituições é um verdadeiro mistério, pois a própria Igreja Católica Apostólica Romana é de origem divina.

      Como sacerdote, tenho certeza de que a aprovação do novo projeto de emenda constitucional sobre o divórcio prejudicará ainda mais as famílias, aumentando as separações conjugais. A nova legislação referenda o amor livre que, na prática, já vigora há tempos. Como esperar que de tal sociedade surjam vocações sacerdotais e religiosas? Como pretender o aparecimento de santos e heróis? A família monogâmica e indissolúvel, nascida no altar diante do sacerdote com todo requinte e pompa, se reduz a um contrato provisório. E já se propugna a absurda instituição de “família” formada por casais do mesmo sexo!

      Através de uma mudança cultural profunda, vai-se assim fazendo o que a União Soviética tentou implantar pela força. Mãos hábeis, cabeças inteligentes e corações empedernidos souberam trabalhar a sociedade para descristianizá-la e levá-la ao torpor, tornando-a indiferente e atéia.

      Não é de espantar que, sem nenhuma reação, o Estado vá ocupando cada vez mais o lugar dos pais e das famílias. Afinal, são eles próprios que correm pressurosos a entregar seus filhos nas creches públicas, onde estes são educados desde a mais tenra idade.

      Em troca, os pais recebem uma pensão do Estado, a dita “bolsa escola”. A continuar assim, não tardará o dia em que as crianças passarão a dormir nas escolas como internos, e ao serem indagadas sobre quem são os seus pais, respondam: — “Meu pai é o Estado socialista, e minha mãe, a Pátria laica e atéia”.

      Nessa perspectiva, o que fazer? “Ad te levavi, oculos meos, qui habitas in coelis”. (Sl 122, 1). Sim! Voltemos nossos olhos para Deus, para a Virgem de Fátima, pedindo perdão e misericórdia; pedindo, sobretudo, a grande vitória prevista por Ela em 1917: “Por fim, meu Imaculado Coração triunfará”.
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      (*) Sacerdote da igreja do Imaculado Coração de Maria, Cardoso Moreira— RJ

      Encontrado champagne presenteada por Luís XVI ao Czar

      A champagne mais antiga do mundo, ainda em condições de ser bebida, foi resgatada de um navio no fundo do mar Báltico. Segundo Christian Ekstrom, um dos descobridores do “tesouro”, as garrafas datam de 1780 e eram um presente de Luís XVI para o Czar da Rússia. Os mergulhadores (foto) não sabiam que se tratava de champagne, abriram uma garrafa para conferir o conteúdo e ficaram entusiasmados: “O gosto era fantástico. Uma champagne muito doce, com gosto que lembra o tabaco e o carvalho”. As obras-primas da ordem cristã ganham valor com o tempo, sobretudo quando vinculadas a instituições como as monarquias francesa e russa. Em sentido contrário, os produtos da modernidade, ainda quando aproveitáveis, costumam depreciar-se e são rapidamente descartados, gerando amiúde ingentes problemas de lixo no planeta.

      quarta-feira, 1 de setembro de 2010

      O PNDH-3, AMEAÇA PARA O FUTURO, OU PARA AGORA?




      • Léo Daniele


      Dir-se-ia que não é para já. Estamos num ano de eleições, e o bom senso pede que aqueles inúmeros itens do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) fiquem para serem discutidos em 2011.

      Mas o bom senso não parece ser uma qualidade corrente em certos meios. Por isso, evitando o que possa dar idéia de um perigo, de uma ameaça, vai-se aplicando o conteúdo do PNDH-3 gradualmente, ponto por ponto.

      Seria um pouco como se, em vez de promover uma invasão maciça, uma tropa executasse uma infiltração soldado a soldado aproveitando da penumbra.

      Assim sempre haverá quem não se dê conta da manobra, e fique com a impressão do que o PNDH-3 jaz adormecido nalguma gaveta, devido à forte reação contrária.

      Um exemplo? O PNDH-3 defende a “desconstrução da heteronormatividade”, ou seja, fazer com que desapareça a idéia corrente no povo brasileiro de que o normal, o habitual, o santificado por um Sacramento é o casamento entre pessoas de sexo diferente.

      O PNDH-3 tocou a trombeta da “desconstrução da heteronormatividade”, e um órgão do Ministério da Justiça agora ecoou seu som (Portaria nº 25, de 25 de agosto de 2010), constituindo um Grupo de Trabalho para “diagnosticar, elaborar e avaliar a promoção das políticas de segurança pública” para os LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais,Travestis e Transexuais).

      Em vez de apoiar o casamento verdadeiro e “desconstruir” suas deturpações, vão fazer o contrário: promover “linhas de apoio” — como diz a resolução governamental — para as aberrações, e a “desconstrução” para o verdadeiro casamento, para as autênticas famílias, com base na “heteronormatividade”! Inversão total!

      Encontramos na Profecia de Ezequiel: “Tu não só não ficaste atrás em seguir os seus caminhos (de Sodoma), e em obrar segundo as suas maldades, mas quase foste mais perversa que elas em teu proceder” (16, 47). É de se meditar.

      Esse é apenas um item do PNDH-3, que escolhemos a título de exemplo. Estamos sob a ameaça do conjunto deles, e essa ameaça em boa parte é para hoje.

      O perigo, diz um ditado, vem mais rapidamente quando é desprezado. No nosso caso, ele está às nossas portas. Não o desprezemos.
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      (*) Léo Daniele é colaborador da ABIM

      Dom Sebastião, um rei de legenda

      • Heitor Abdalla Buchaul (*)


      No dia 4 de agosto de 1578 desaparecia na batalha de Alcácer-Quibir, Dom Sebastião, soberano de Portugal — “rei engendrado pela esperança e pelas saudades”, conforme o qualificou o pensador católico Plinio Corrêa de Oliveira.

      Nascido em pleno Renascimento, o ilustre príncipe português representava, em meio à corrupção dos costumes de seu tempo, um protótipo do cavaleiro medieval.

      Suas três orações diárias consistiam em pedir a Deus:
      • Que o inflamasse no zelo da fé, a qual desejava propagar pelo mundo;
      • Que Deus o tornasse um combativo guerreiro;
      • Que Deus o conservasse casto (Cfr. Dom Sebastião, de Antero de Figueiredo).
      Numa época em que o permissivismo moral grassava em todas as cortes da Europa, esse jovem monarca queria armar-se com a castidade para melhor combater e dedicar-se inteiramente às necessidades de seu povo. Em seu livro de confidências, foi encontrada a seguinte aspiração: “Terei a Deus por fim de todas as minhas obras e em todas elas me lembrarei d´Ele”.

      Seu sonho de conquista tinha como objetivo a propagação da verdadeira fé, conquistar o norte da África para proteger a Europa do perigo muçulmano. Ao mesmo tempo essa conquista tornaria mais fácil o envio de missionários e, com isso, aumentaria a possibilidade da conversão de novas almas para Jesus Cristo.

      Dom Sebastião era o exemplo do casto guerreiro inflamado pelo amor divino, contra a moleza luxuriosa dos apaixonados pelo paganismo greco-romano. Mas o soberano virgem desapareceu naquela batalha... nem por isso deixou de sobreviver no coração dos portugueses. “Portugal teve a nobreza de reconhecer em Dom Sebastião, o rei de seus sonhos”. (Plinio Correa de Oliveira, apud A Inocência Primeva e a contemplação sacral do universo).

      Assim chegaram até nossos dias, especialmente no Nordeste do Brasil, diversas lendas sebastianistas algumas até com certa beleza, parecendo contos de fadas. Dom Sebastião ultrapassou o seu tempo, séculos passaram e continuaram a esperar sua volta. Muitos negaram-se a acreditar no desastre de Alcácer-Quibir. Na verdade, queriam ver triunfar na civilização cristã, o verdadeiro, o bem e o belo tão bem espelhados naquele rei cognominado O Desejado.

      Porém, a Providência divina ainda se serviria do território português para um acontecimento mais sublime do que teria sido aquele tão almejado retorno. Em 1917, na Cova da Iria, é a própria Rainha do Céu e da Terra que vem anunciar uma mensagem universal, de advertência e de esperança, prometendo o triunfo do seu Coração Imaculado, não só naquelas terras, mas em todo o mundo.

      Podemos, pois, concluir que tantas esperanças não foram em vão, que a decadência já iniciada antes do nascimento de Dom Sebastião não perdurará, e dos atuais restos da civilização cristã Nossa Senhora fará brotar o seu Reino.
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      *Heitor Abdalla Buchaul é colaboraror da ABIM