sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Cuidado!

Evo Morales, Hugo Chávez, Raul Castro e Lula da Silva
Helio Dias Viana (*)
Os médicos cubanos favorecidos pelo programa “Maus Médicos” do governo federal — como já vem sendo chamado — ocuparão lugares de médicos brasileiros. Estes últimos serão dispensados por algumas prefeituras para as quais os cubanos ficarão mais baratos, pois além de se dispensarem de pagar salários mais elevados a profissionais brasileiros, a bolsa de 10 mil [cuja quase totalidade irá para o regime comunista de Cuba!] será totalmente custeada pela União. A informação provém de correspondentes da “Folha de S. Paulo” (30-08- 2013) de Manaus, Fortaleza, Salvador e Recife, que já detectaram 11 prefeituras decididas a tomar essa decisão. As referidas prefeituras só não consideraram — comentamos nós — a qualidade dos serviços oferecidos, além dos riscos de contaminação ideológica a que estarão sujeitos os pacientes.

Deve-se com toda razão recear que depois dos médicos cubanos poderá ser a vez dos professores, cuja atuação seria ainda mais perniciosa que a dos primeiros. Mas, infelizmente, do ponto de vista físico, eles talvez estejam mais bem preparados para lidar com alunos “da pesada”, que agridem e ameaçam de morte seus professores, muito influenciados como estão pela contracultura que o petismo vem inoculando no Brasil.

Engana-se quem supuser que se favorece somente a Cuba miserável. Dois ministros do governo brasileiro estiveram recentemente na China, em tratativas para que aquele regime comunista invista em projetos de infraestrutura em nosso País. Ou seja, analogamente ao que vem sucedendo com os médicos cubanos, é possível que os empresários brasileiros sejam preteridos em benefício do governo escravagista chinês, que nas licitações poderá oferecer lances muito superiores aos dos nacionais e assim suplantá-los.

O oferecimento da cabeça do ministro das Relações Exteriores e do valoroso diplomata Eduardo Sabóia — que arriscou sua vida para livrar o senador boliviano Roger Pinto Molina da perseguição de Evo Morales — parece não ter sido suficiente para aplacar a cólera do “deus” do Altiplano. Como a cunhada do infanticida Herodes, que exigiu deste a cabeça de João Batista como mostra de seu amor por ela, Evo pede agora a Dilma, como prova de sua lealdade ao bolivarianismo, a cabeça não de um Profeta, mas de seu opositor trânsfuga — trânsfuga que os nascituros brasileiros bem gostariam de poder imitar... Por isso, a imprensa noticia que o senador libertado está agora cogitando em pedir asilo a outro país, pois não se sente seguro no Brasil. Aliás, o governo de Evo Morales — que o acusa de corrupção e que já acionou a Interpol para prendê-lo — deveria ter dado o próprio endereço do palácio presidencial da Plaza Murillo para a captura, pois seu governo está de há muito atolado até o pescoço não somente na corrupção, mas também em pesados crimes ligados à mesma e noticiados pela imprensa boliviana.
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(*) Hélio Dias Viana é colaborador da Agência Boa Imprensa (ABIM)

Sim, a “Pílula do Dia Seguinte” é abortiva

Da esq. para dir.: Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da República), Alexandre Padilha (Ministro da Saúde), Eleonora Menicucci (Secretaria de Políticas para as Mulheres), concedem entrevista sobre o PLC 3/2013, sancionado pela Presidente Dilma Rousseff no dia 1º de agosto. [foto: José Cruz/ABr]

Sim, a “Pílula do Dia Seguinte” é abortiva
Um “aborto quimicamente induzido” — uma “bomba hormonal que provoca um aborto” 
Paulo Roberto Campos
Apesar do pedido de milhões de brasileiros que se opõem ao aborto, a presidente Dilma, como já tratamos, sancionou o PLC 3/2013, que afronta a Lei divina e viola a natureza humana.

Entre vários itens inaceitáveis, a nova lei estabelece que hospitais vinculados ao SUS forneça à mulher o “contraceptivo de emergência” (a abortigênica “Pílula do Dia Seguinte”). Para isso, basta que ela alegue ser “vítima de violência sexual” — ainda que não apresente provas de ter sido violentada, bastando declarar que teve “relação sexual não consentida”. 

Manifestação em Curitiba (PR) contra a aprovação
do PLC 3/2013 (a nova lei do aborto no Brasil.
No 1º cartaz os dizeres: A mesma mão que
apertou a mão do Papa assinou Projeto
favorecendo o aborto!
Como tal aprovação despertou manifestações indignadas de norte a sul do País, [como esta ao lado] membros do governo, sobretudo o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, estão procurando amortecer as reações. Ele chegou a declarar que a “Pílula do Dia Seguinte” não é abortiva...

Entretanto, estudo elaborado por especialistas apontam os reais efeitos da “Pílula do Dia Seguinte” ou RU-486. Em comunicado oficial, a “Pontifícia Academia para a vida” declara que: “a comprovada ação ‘anti-implantação’ da ‘pílula do dia seguinte’ é realmente nada mais do que um aborto quimicamente induzido. [...] Do ponto de vista ético, a mesma absoluta ilegalidade dos procedimentos abortivos também se aplica à distribuição, prescrição e uso da ‘pílula do dia seguinte’”.(1)

O próprio fato de ser denominada “do dia seguinte” é porque tal pílula impede a natural implantação na parede uterina do embrião possivelmente gerado no dia anterior. Ela não é um mero anticoncepcional, mas uma forte droga que conduz ao aborto quimicamente induzido, pois elimina o ser concebido (o embrião humano) ao evitar que o óvulo fecundado se implante no útero materno. Disso a renomada cientista, bióloga e biomédica brasileira Lilian Piñero Eça [foto ao lado] não tem a menor dúvida, quando declarou: “A pílula do dia seguinte nada mais é do que uma bomba hormonal que provoca um aborto”.(2)

Assim sendo, devemos fazer tudo que estiver ao nosso alcance para que a nova lei seja revogada; devendo os médicos e todo o pessoal de saúde alegar “objeção de consciência” e não oferecer às mulheres a “Pílula do Dia Seguinte”. Assim, eles estarão agindo em conformidade com o prescrito no artigo 28º do Código de Ética Médica (em vigor desde 1988): “É direito do médico recusar a realização de atos médicos que, embora permitidos por lei, sejam contrários aos ditames de sua consciência”. 
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1. Original desse muito bem fundamentado documento encontra-se disponível no site do Vaticano. Click aqui. Abaixo segue sua tradução.
2. http://www.bioetica.org.br/?siteAcao=Noticias&id=1061


PONTIFÍCIA ACADEMIA PARA A VIDA

Comunicado sobre a “pílula do dia seguinte”

Como sabemos, foi posta à venda nas farmácias da Itália a denominada “pílula do dia seguinte”. Trata-se de produto químico (de tipo hormonal) que frequentemente tinha sido apresentado por muitos da área e pela mídia como um simples contraceptivo ou, mais precisamente, como um “contraceptivo de emergência”, que se usado dentro de um curto tempo depois de um ato sexual presumivelmente fértil, deveria unicamente impedir a continuação de uma gravidez indesejada.

As inevitáveis reações polêmicas daqueles que levantaram sérias dúvidas sobre como esse produto funciona, em outras palavras, que sua ação não é meramente “contraceptiva”, mas “abortiva”, receberam rapidamente a resposta de que tais preocupações mostravam-se sem fundamento, uma vez que a “pílula do dia seguinte” tem um efeito “anti-implantação”, assim sugerindo implicitamente uma clara distinção entre o aborto e a intercepção (impedimento da implantação de um ovo fertilizado, isto é, o embrião, na parede uterina). 

Considerando que o uso deste produto diz respeito a bens e valores humanos fundamentais, a ponto de envolver as origens da própria vida humana, a Pontifícia Academia para a Vida sente a responsabilidade premente e a necessidade definitiva de oferecer alguns esclarecimentos e considerações sobre o assunto, reafirmando, além disso, as já bem conhecidas posições éticas sustentadas por precisos dados científicos e reforçadas pela Doutrina Católica. 

1. A “pílula do dia seguinte” é um preparado à base de hormônios (pode conter estrogênio, estrogênio/progestogênio ou somente progestogênio) que, dentro de e não mais do que 72 horas após um ato sexual presumivelmente fértil, tem uma função predominantemente "anti-implantação", isto é, impede que um possível ovo fertilizado (que é um embrião humano), agora no estágio de blástula de seu desenvolvimento (cinco a seis dias depois da fertilização) seja implantado na parede uterina por um processo de alteração da própria parede. O resultado final será assim a expulsão e a perda desse embrião. Somente se a pílula fosse tomada vários dias antes do momento da ovulação poderia às vezes agir impedindo a mesma (neste caso ela funcionaria como um típico “contraceptivo”). De qualquer forma, a mulher que usa esse tipo de pílula, usa pelo medo de poder estar em seu período fértil, e assim pretende causar a expulsão de um possível novo concepto; sobretudo não seria realista pensar que uma mulher, encontrando-se na situação de querer usar um contraceptivo de emergência, pudesse saber exatamente e oportunamente seu atual estado de fertilidade. 

2. A decisão de usar o termo “ovo fertilizado” para indicar as fases mais primitivas do desenvolvimento embrionário não pode de maneira alguma conduzir a uma distinção artificial de valor entre diferentes momentos do desenvolvimento do mesmo indivíduo humano. Em outras palavras, se pode ser útil, por razões de descrição científica, distinguir com termos convencionais (ovo fertilizado, embrião, feto etc.) os diferentes momentos em um único processo de crescimento, nunca pode ser legítimo decidir arbitrariamente que o indivíduo humano tem maior ou menor valor (com a resultante variação da obrigação de protegê-lo) de acordo com seu estágio de desenvolvimento.

3. Portanto, é evidente que a comprovada ação “anti-implantação” da “pílula do dia seguinte” é realmente nada mais do que um aborto quimicamente induzido. Não é intelectualmente consistente nem cientificamente justificável dizer que não estamos tratando da mesma coisa. Além disso, parece suficientemente claro que aqueles que pedem ou oferecem essa pílula estão buscando a interrupção direta de uma possível gravidez já em progresso, da mesma forma que no caso do aborto. A gravidez, de fato, começa com a fertilização e não com a implantação do blastocisto na parede uterina, que é o que tem sido sugerido implicitamente.

4. Como resultado, a partir do ponto de vista ético, a mesma absoluta ilegalidade dos procedimentos abortivos também se aplica à distribuição, prescrição e uso da “pílula do dia seguinte”. Todos os que, compartilhando ou não a intenção, cooperam diretamente com esse procedimento, são também moralmente responsáveis. 

5. Uma outra consideração deve ser feita com respeito ao uso da pílula do dia seguinte em relação à aplicação da Lei 194/78, que na Itália regula as condições e procedimentos para a interrupção voluntária da gravidez. Dizer que a pílula é um produto "anti-implantação", em vez de usar o termo mais transparente “abortivo”, torna possível evitar todos os procedimentos obrigatórios requeridos pela Lei 194 a fim de interromper a gravidez (entrevista prévia, verificação da gravidez, determinação do estágio de crescimento, tempo para reflexão etc.), praticando uma forma de aborto que é completamente oculta e não pode ser registrada por nenhuma instituição. Tudo isso parece, então, estar em direta contradição com a aplicação da Lei 194, ela mesma contestável. 

6. Finalmente, como tais procedimentos estão se tornando mais disseminados, nós encorajamos fortemente a todos os que trabalham nesse setor a fazer uma firme objeção de consciência moral, o que gerará um testemunho prático e corajoso do valor inalienável da vida humana, especialmente em vista das novas formas ocultas de agressão contra os mais fracos e mais indefesos indivíduos, como é o caso de um embrião humano.
Cidade do Vaticano, 31 de outubro de 2000 (*) 
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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Apelos desesperados escondidos em produtos chineses


Luis Dufaur (*)

Em outubro de 2012, Julie Keith, [foto abaixo] uma mãe do Oregon (EUA), enregelou-se: num pacote para Halloween “made in China” que ela comprara na loja Kmart havia uma carta escondida meticulosamente. Grafada num inglês trêmulo, a mensagem [foto abaixo] falava de um cenário de horror. O autor estava preso num campo de trabalho forçado no norte da China, trabalhando 15 horas diárias durante toda a semana sob o látego de desapiedados guardas.

“Se você comprar este produto, por favor, mande esta carta para a Organização Mundial de Direitos Humanos” – leu Julie. “Milhares de pessoas na China, que sofrem a perseguição do Partido Comunista, ficar-lhe-ão gratas para sempre”.

Entrementes, o autor – Zhang, 47 – conseguiu sair da fábrica-prisão. Como muitos outros ex-detentos, ele descreveu o universo carcerário socialista marcado por abusos estarrecedores, espancamentos frequentes e privação de sono de prisioneiros acorrentados semanas a fio em posições doloridas. A morte de colegas por suicídio ou doenças fazia parte do pão quotidiano.

Corrobora-o Chen Shenchun, 55, que passou dois anos num desses campos: “Às vezes os guardas puxavam-me pelos cabelos, colavam na minha pele barras ligadas à eletricidade, até que o cheiro de carne queimada enchia a sala”, disse.

A maioria dos escravos-operários de Masanjia foi presa por causa de sua crença. Mas o regime os mistura com prostitutas, drogados e ativistas políticos. As violências se concentram naqueles que se recusam a renegar sua fé.

Nem os responsáveis do campo de concentração, nem a Sears Holdings, dona da loja Kmart, quiseram atender pedidos de entrevista. Julie repassou a carta para um órgão governamental americano, mas a administração Obama adota uma atitude de subserviência diante das práticas inumanas chinesas. Por exemplo, um funcionário disse que o esclarecimento deste caso levaria muito tempo. O que equivale mais ou menos dizer que ele nunca será esclarecido.

Como aconteceu com Zhang...

Da próxima vez que o leitor for comprar algum produto chinês, pense na tragédia que pode estar levando para sua casa.
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(*) Luis Dufaur é colaborador da Agência Boa Imprensa (ABIM)

Desfazendo um equívoco


Gregorio Vivanco Lopes (*)
Cresce o número dos que se dizem decepcionados com o Partido dos Trabalhadores. As manifestações de rua e as páginas dos jornais o atestam com exuberância. O PT do Mensalão, da introdução da Venezuela no Mercosul e das capitulações diante de Evo Morales ter-se-ia tornado fisiológico, oportunista, enganador e, ademais, só preocupado com o avanço da esquerda no mundo, pouco ligando para o interesse público.

Uma decepção inteiramente explicável, mas que repousa sobre um equívoco, a respeito do qual queremos tratar aqui.

O equívoco consiste em achar que houve uma mudança no PT. Não, não houve. O PT nunca foi aquele partido idealista, impoluto, voltado para o bem do País, que a propaganda anunciava. Aqui reside o engano. Explico-me.

Desde sua origem o PT sofre forte influência marxista, que lhe vem tanto da esquerda católica quanto da esquerda leiga que o constituíram. O PT não é nem nunca foi um partido criado para resolver os problemas da vida presente; pelo contrário, seu objetivo é conformar a sociedade e o Estado segundo os ditames teóricos traçados no século XIX por Marx e seus sequazes. Suas ideias sobre a pobreza, a luta de classes, as desigualdades, e tantas outras, recendem ao marxismo mais transato.

Coerente com a doutrina marxista existe a moral marxista –– na realidade, a não moral ou imoral –– segundo a qual é bom tudo que ajuda a implantar o socialismo, e mau o que impede ou dificulta sua implantação. Apropriar-se dos bens públicos será bom se ajudar a socialização, e manter a palavra dada ou desmenti-la se fará na medida em que favorecer a causa. Perseguir alguém ou favorecê-lo independe de seus méritos pessoais, o importante é saber o que convém mais à causa.

Já o teórico comunista V. Kolbanoski escrevia em 1947: “Só é moral a conduta dos homens baseada na grande luta pela libertação da humanidade de todos os jugos e de quaisquer formas de exploração. [...] Durante a transformação socialista da sociedade, realiza-se entre os homens uma renovação do sistema moral. [...] Ensinar a moral comunista é, antes de tudo, educar os homens soviéticos, a juventude soviética em particular, no espírito de uma dedicação sem limites à causa do comunismo e de abnegação ao serviço da pátria socialista” (A Moral Comunista, Problemas - Revista Mensal de Cultura Política nº 17 – Rio de Janeiro, Fevereiro/Março de 1949).

De acordo com essa lógica, para um petista autêntico, nada do que o PT tem feito é imoral. De modo que o PT não mudou. É o mesmo de sempre, desde que foi articulado pela esquerda católica e a esquerda leiga.

Fica a pergunta: os novos impolutos que estão aparecendo no cenário político serão diferentes?
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(*) Gregorio Vivanco Lopes é colaborador da Agência Boa Imprensa (ABIM)

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Alinhamento bolivariano

"Lé com lé, cré com cré"...
Helio Dias Viana (*)

À contratação dos médicos cubanos, dispensados do exame do Revalida, somou-se o “affaire” do senador boliviano Roger Pinto, cuja introdução no Brasil custou a cabeça do chanceler Antonio Patriota.

Enquanto sobre os primeiros a presidente Dilma declarou no dia 28 em Belo Horizonte que existe “um grande preconceito contra os cubanos”, no caso do segundo, o antigo chanceler censurou a atitude do conselheiro Eduardo Saboia — que trouxe o senador — afirmando que o governo brasileiro “agiu sempre em respeito à soberania boliviana, sem deixar de buscar uma solução negociada”.

Quanto à existência de “um preconceito contra os cubanos” — declaração seguida da informação de que os mesmos talvez possam permanecer depois no Brasil, dependendo da avaliação a ser dada ao seu trabalho, contrariando assim o afirmado pelo advogado-geral da União, Luís Inácio Adams —, a presidente quis com isso sugerir que os brasileiros não desejam tais médicos pelo simples fato de serem cubanos.

Não é verdade. Tal recusa provém, de um lado, do fato de os mesmos não darem prova de conhecimentos suficientes da profissão e serem escravos de um regime opressor, para o qual será destinada a quase totalidade de seus salários, e de outro lado por não se excluir de nenhum modo a possibilidade de que tais médicos venham a desempenhar no Brasil o mesmo papel exercido por seus colegas na Venezuela e na Bolívia, ou seja, de agentes do regime cubano.

Sobre a declaração de Antonio Patriota de que o governo brasileiro “agiu sempre em respeito à soberania boliviana, sem deixar de buscar uma solução negociada”, eu não a contesto, por desconhecer os precedentes do caso. Mas convém lembrar que o princípio que rege toda e qualquer diplomacia é o da reciprocidade, a qual nem de longe vem sendo observada pelo governo de Evo Morales. Basta recordar sua intolerável atitude em relação à Petrobrás, tomada no mesmo dia em que aquele presidente chegava da Venezuela...

Mas admitindo que em relação ao caso do senador boliviano o governo brasileiro tenha se pautado segundo o declarado acima, no caso de Honduras ele pura e simplesmente hostilizou o governo e o povo hondurenhos ao receber Manuel Zelaya na embaixada do Brasil em Tegucigalpa e ali mantê-lo durante vários meses em aberta confrontação com o governo legitimamente instituído de Roberto Micheletti, o que é contrário à praxe diplomática. E na mesma ocasião, entrevistado por uma jornalista de “O Globo”, o então chanceler Celso Amorim apoiou Zelaya e disse que a direita não tinha mais vez na América Latina.

A conclusão é clara: os governos petistas tomam o maior cuidado em não melindrar os cubano-bolivarianos seus aliados, mas são truculentos e despóticos quando se trata de governos de tendência oposta.
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Quando já havia concluído o presente artigo, leio a notícia de que o governo boliviano pediu ao Brasil a devolução do senador. Do mesmo modo como quatro semanas depois de sancionar a assassina lei do aborto a presidente Dilma declarou que esteve preocupada pelo fato de Eduardo Saboia ter exposto a vida do senador Roger Pinto, não causará surpresa se também agora, esquecida do escandaloso caso do terrorista e assassino italiano Cesare Battisti, cuja extradição foi negada, ela decida devolver Roger Pinto.
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(*) Hélio Dias Viana é colaborador da Agência Boa Imprensa (ABIM)

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Osteoporose religiosa e moral

Estátua do Papa Pio IX, venerada na Basílica de Santo Ambrósio (Milão), esculpida por Francesco Confalonieri em 1880 [foto: PRC]

Pe. David Francisquini (*) 

Fazendo um retrospecto não muito distante na História, emerge a figura ímpar, imponente e categórica de um grande Papa, o bem-aventurado Pio IX. Seu aspecto, sua personalidade firme e suas corajosas tomadas de posição perante os erros de sua época nos enchem de enlevo e veneração, sentimentos próprios a nos conduzir pelos caminhos da dedicação.

Mesmo sob os clangores das árduas batalhas que ele teve de travar, Pio IX sempre zelou pela feliz concórdia entre a Igreja e o Estado que, sendo sociedades perfeitas, devem conviver como aliados: a Igreja zelando pela salvação eterna das almas e formando em consequência homens obedientes às leis, e o Estado coadjuvando-a no seu escopo pelo incentivo e pela promoção de tudo quanto favoreça a virtude e, ao mesmo tempo, reprovando e combatendo tudo quanto a ela se opõe.

Infelizmente, pelo estabelecimento do relativismo religioso que estadeia hoje até dentro da própria Igreja Católica, esta passou a ser considerada apenas uma religião entre outras, e não mais a única religião verdadeira instituída e fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo, fora da qual não há salvação. O que, aliás, ela continuará sendo, ainda que o mundo inteiro possa pretender o contrário.

Tal descaracterização se acentuou nas últimas décadas com a liberdade religiosa e o ecumenismo, como também pelo estabelecimento de um pacto com os protestantes que abalou não pouco a fé dos fieis.

Embora impulsionado muitas vezes por autoridades insignes, o colaboracionismo ecumênico chega a ser escandaloso, ao colocar o reluzente diamante que é a Igreja Católica no mesmo patamar das pedras falsas que são as demais igrejas. Vale lembrar aqui a admoestação de São Paulo, quando execrou quem quisesse ensinar um evangelho diferente do pregado por Jesus Cristo, ainda que fosse um anjo do Céu.

Quem agir de forma dúbia, além de violar o princípio dogmático de que a Igreja é o meio necessário para a salvação, põe em risco a própria alma e a dos fiéis. Para bem avaliar esse falso ecumenismo, basta recorrer à literatura de alguns anos atrás, como a do Pe. Júlio Maria e a do jesuíta Pe. Leonel Franca.

Tal estado de espírito colaboracionista pode ser comparado a uma osteoporose religiosa e moral que enfraquece e carcome o edifício monolítico da Igreja. É ainda São Paulo quem, ao orientar Timóteo, prevê tempos em que os homens, não suportando a sã doutrina, contratariam mestres conforme a seus desejos, atraindo assim os aplausos do mundo.

Nesse sentido, o publicitário Alex Periscinotto certa vez foi convidado pela CNBB para ministrar uma reunião aos bispos, a fim de lhes explicar como eles deveriam proceder para se comunicarem eficazmente com os fiéis. Em tempo oportuno me ocuparei de comentar com os leitores essa reunião.
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(*) Sacerdote da igreja do Imaculado Coração de Maria, Cardoso Moreira - RJ

domingo, 25 de agosto de 2013

Ainda os médicos cubanos


§ Helio Dias Viana (*)

De volta ao candente tema da importação de médicos cubanos, começo retificando um lapso sobre o custo aproximado deles para o contribuinte: não será de 250 milhões de reais, mas de dólares, uma vez que, além do salário de 10 mil reais, haverá um auxílio para moradia e refeição, sem falar dos gastos com passagens aéreas e outros eventuais.

Mais grave, contudo, é em primeiro lugar o fato de o governo — tão pressuroso em combater o suposto trabalho escravo no Brasil —, coadjuvá-lo de modo despudorado e ilegal recebendo escravos cujo salário será pago ao regime opressor, não lhes restando senão uma pequena quantia.

Depois há o fato de que sobre esses cubanos pesa a fundada suspeita de que não passam de agentes do regime comunista, como o são seus pares que atuam na Venezuela e na Bolívia. Sua presença aqui neste momento coincide com os ingentes esforços da esquerda católica para relançar as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) sob a batuta de Frei Betto.

Além do mais, o dinheiro a ser repassado pelo Brasil aos ditadores cubanos só servirá para perpetuar o regime de escravidão que eles exercem sobre os habitantes da Ilha-prisão, cuja miséria não advém do embargo econômico norte-americano, mas do regime socialista ali vigente, contrário à livre iniciativa e à propriedade privada. Quem quiser saber como é Cuba sob este ponto de vista, basta olhar para os nossos assentamentos de Reforma Agrária, verdadeiras “favelas rurais”.

Às recentes declarações do ministro da Saúde de que não se atemoriza com as ameaças contra a contratação desses médicos para atender à população de 701 municípios, redarguo dizendo que quem se sente ameaçada é a população brasileira diante do fundado temor de que, sob o pretexto de curar males menores, tais médicos terminem por espalhar metástases do câncer comunista de Cuba aos mais de cinco mil municípios de todo o Brasil.
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(*) Hélio Dias Viana é colaborador da Agência Boa Imprensa (ABIM)

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Chegam os médicos cubanos

Médicos cubanos na Venezuela, controlados pelo governo comunista de Cuba, com o tempo passaram a atuar como agentes e espiões do governo chavista. E no Brasil? 
§ Helio Dias Viana (*) 

A insistência do governo brasileiro em contratar médicos cubanos — oficializada na última terça-feira, após ter sido desmentida mais de uma vez — é inquietante e revela que os atuais responsáveis pelo País parecem decididos a encaminhá-lo no mesmo rumo da Venezuela.

De um lado, como o Brasil tem 400 mil médicos, nosso problema não é a falta deles, mas de condições básicas para o exercício da medicina nas zonas periféricas e recônditas, conforme declararam os órgãos competentes da classe. E não deixa de ser curioso imaginar que um País com uma tal quantidade de médicos ainda precise de apenas de 15 mil, como se esse contingente não pudesse ser preenchido por nacionais.

De outro lado, o custo desses quatro mil cubanos — cujos contratos deverão ser de três anos prorrogáveis — será na ordem de 250 milhões de reais. Está previsto um salário mensal de 10 mil reais, além de ajuda de custo para moradia e refeição. Fica explicado por que esse invejável salário não é suficiente em lugares tão pobres, sendo necessária uma ajuda adicional: o mesmo não será pago aos médicos, mas ao regime cubano, que dele destinará algumas migalhas para seus escravos a serviço do governo brasileiro.

— Sim, deste mesmo governo que para perseguir a propriedade privada blasona a existência de trabalho escravo no Brasil... É só imaginar o que aconteceria com qualquer produtor rural ou empresário que se entregasse à prática absurda e injusta de não pagar o salário integral a seus empregados, mas que o destinasse a um órgão que os controlasse de modo despótico que depois lhes destinasse uma quantia irrisória.

A tais médicos cubanos — que enxameiam na Venezuela chavista e cujos 400 primeiros chegarão imediatamente ao Brasil, segundo se anunciou — não se exigirá a prova de aptidão para o exercício da profissão, justamente requerida pelos órgãos representativos da classe, beneficiando-os assim com uma espécie de cota preferencial. Nem tampouco o conhecimento do português, o que poderá dar azo a toda sorte de confusão na sua interlocução com pessoas mais simples.

E eles chegam no exato momento em que, em localidades com características semelhantes às descritas para a sua atuação, estão sendo rearticuladas — com o decidido apoio de várias dioceses — as famigeradas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), que constituem verdadeiros soviets para convulsionar o Brasil.

À vista disso, uma pergunta se impõe: não estarão esses médicos chamados a desempenhar — sob a batuta de Frei Betto, o principal articulador das CEBs e “muy amigo” de Cuba — uma ação conjunta com estas?

Por fim, esta decisão do governo brasileiro aproxima-o dos países onde se exerce uma democracia sui generis, baseada numa ideologia que a torna surda tanto aos clamores da opinião pública quanto das associações representativas de classe.
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(*) Hélio Dias Viana é colaborador da Agência Boa Imprensa (ABIM)

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

China: Comércio de órgãos humanos baseado em execuções capitais

São realizados anualmente na China 10 mil transplantes de órgãos, 65% dos quais extraídos de condenados à morte. O diretor de um grande hospital de Xangai fala em 80%. As execuções quase não são praticadas na presença de um médico, mas no próprio tribunal, e quando este “não está equipado” usa-se uma van parecida com viatura policial. A Jinguan Automobiles exporta essas vans-matadouro, jactando-se de que “nossos clientes incluem Varas Penais em todos os níveis da China”. A empresa oferece o modelo SLT 5040XZXE1, montado sobre um chassi Ford. O esquartejamento é feito às pressas, muitas vezes sem testes sanguíneos, e após receber o pagamento, o próprio médico leva os órgãos de avião até a cidade do interessado. Sobre o consentimento da vítima, “não se pergunta, não se sabe”. O governo marxista alega que a doação é voluntária, sem oferecimento de dinheiro pelo meio. Porém, ninguém arrisca doar voluntariamente algum órgão.
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Agência Boa Imprensa (ABIM)

Exploração do gás de xisto: fator de declínio do gás russo

A exploração no Ocidente do gás e do petróleo de xisto utilizando a tecnologia do fracking (fragmentação) está arruinando a estatal petroleira russa Gazprom, que controla 15% das reservas planetárias. Em 2007, ela era a terceira maior companhia do mundo, avaliada em cerca de US$ 360 bilhões, mas que desvalorizou quase 80% em 2013, caindo para US$ 77 bilhões. Além de a Gazprom ter perdido o mercado americano, sua frota de superpetroleiros ficou superdimensionada. Razão da decadência: sobra gás no mercado internacional, os preços despencam, e a Europa, sua grande cliente-vítima, dispõe atualmente de uma gama de possibilidades mais atraente do que o gás fornecido por Putin. Desta maneira, o gigante russo — que desejava realizar o sonho de Lênin de estrangular a Europa livre — enreda os próprios pés em imensos gasodutos e oleodutos que se tornam cada vez menos aproveitados.
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Agência Boa Imprensa (ABIM)

domingo, 11 de agosto de 2013

Outro milagre em Lourdes


§ Luis Dufaur (*)

Acaba de ser reconhecido o 69º milagre de Lourdes. A beneficiada Danila Castelli [foto acima], nascida em 1946 em Bereguardo, Itália, mãe de família e hoje residente em Pavia.

Ao completar 34 anos, ela começou a sofrer crises de hipertensão graves. Em 1982, exames radiológicos e ecografias revelaram a existência de um tumor para-uterino. O calvário de Daniela começara: sucessivas cirurgias não impediram que sua saúde fosse piorando sempre.

Em 1983 ela decidiu ir a Lourdes para banhar-se com a água da gruta, como Nossa Senhora pedira a Bernadette: “Vinde à gruta para beber a água e vos lavar”. Mas em 1989, pareceu ser sua última peregrinação e seu último banho, pois estava desenganada.

Ao deixar a banheira, no entanto, ela sentiu um bem-estar extraordinário, tendo ido se apresentar ao Escritório de Constatações Médicas para declarar o ocorrido, pois se sentia curada. Examinada, como de praxe, teve de fornecer os resultados dos exames anteriores, bem como responder a todas as perguntas médicas.

Apenas em 2010, depois de muitas análises e debates, os médicos declararam por unanimidade que a sua cura tinha sido completa, imediata, irreversível e inexplicável pela ciência, “sem relação com as intervenções e tratamentos médicos”.

O caso de Danila foi revisto pelo Comitê Médico Internacional de Lourdes – CMIL, espécie de segunda instância, composta por outras autoridades, muitas vezes estrangeira. Em 2011, o CMIL, confirmou “que a cura continua inexplicável no atual estágio dos conhecimentos científicos”. 

A ciência dera a sua última palavra. Era a hora de a Igreja falar, pois o milagre é acontecimento religioso. Dom Giovanni Giudici, Bispo de Pavia, cidade onde reside Danila, sem temer os céticos e os cristianófobos, declarou no dia 20 junho p.p., o caráter “prodigioso” da cura – a 69ª reconhecida oficialmente pelo CMIL de Lourdes e por um bispo de acordo com a lei da Igreja.

Danila hoje é voluntária em Lourdes, onde ajuda os doentes. Quem sabe se o leitor já passou ao seu lado e não percebeu, de tal maneira o sobrenatural impregna o ambiente desse santuário.
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(*) Luis Dufaur é colaborador da Agência Boa Imprensa (ABIM)

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

O pé da Luísa Carneiro e os 100 mil cristãos mortos a cada ano

Católicos nigerianos mortos pela sua Fé em dezembro de 2011
§ Leo Daniele (*)

Bem se vê a genialidade de um dos maiores literatos da língua portuguesa — Eça de Queiroz — pela maneira como ele nos introduz no cenário de um tema bizarro: o pé da Luísa Carneiro. Primeiramente, ele descreve o cenário.
Bem recordo uma noite em que, numa vila de Portugal, uma senhora lia, à luz do candeeiro, um jornal da tarde. Em torno da mesa outras senhoras costuravam. Espalhados pelas cadeiras e no divã, três ou quatro homens fumavam, na doce indolência do tépido serão de maio. 
Catástrofes em pontos longínquos do planeta enunciados pela senhora causavam indiferença ou sono. Até que se passou o seguinte:
A leitora, tão cheia de graça, virou a página do jornal doloroso, e procurava noutra coluna, com um sorriso que lhe voltara, claro e sereno… E, de repente, solta um grito, leva as mãos à cabeça: 
— Santo Deus!…Todos nos erguemos num sobressalto. E ela, no seu espanto e terror, balbuciando: 
— Foi a Luísa Carneiro, da Bela Vista… Esta manhã! Torceu um pé! 
Então a sala inteira se alvorotou num tumulto de surpresa e desgosto. As senhoras arremessaram a costura; os homens esqueceram charutos e poltrona; e todos se debruçaram, reliam a notícia no jornal amargo, se repastavam da dor que ela exalava!… A Luisinha Carneiro! Desmanchara um pé! Já um criado correra, furiosamente, para a Bela Vista, buscar notícias por que ansiávamos. Sobre a mesa, aberto, batido da larga luz, o jornal parecia todo negro, com aquela notícia que o enchia todo, o enegrecia. 
Dois mil javaneses sepultados no terremoto, a Hungria inundada, soldados matando crianças, um comboio esmigalhado numa ponte, fomes, pestes e guerras, tudo desaparecera – era sombra ligeira e remota. Mas o pé desmanchado da Luísa Carneiro esmagava os nossos corações… Pudera! Todos nós conhecíamos a Luisinha – e ela morava adiante, no começo da Bela Vista, naquela casa onde a grande mimosa se debruçava do muro, dando à rua sombra e perfume. 
Foi a essa altura que Eça de Queiroz chegou aonde queria chegar, o papel da distância em nossos sentimentos: um carro esmagando a pata de um cão, em frente à nossa janela, é um caso infinitamente mais aflitivo do que a heroica e adorável Joana d’Arc queimada na praça de Rouen!

Esta constatação feita, voltemos ao Terceiro Milênio, e veremos algo do mesmo gênero. Segundo levantamento consignado à ONU pelo embaixador do Vaticano, D. Silvano Maria Tomasi, mais de 100 mil cristãos – repetindo, cem mil cristãos – são mortos a cada ano em razão do fanatismo anticristão.[1] Ou seja, o massacre de 273 vítimas por dia – repetindo: por dia.

Será que alguém julgará que isto é menos digno de atenção que o pé machucado de uma menina? Talvez seja a explicação da pouca atenção que a mídia dá a esses números impressionantes!

Vejamos o julgamento de Plinio Corrêa de Oliveira a quem assim procede: É um homem de horizontes estreitos, de vontade acanhada, medíocre em toda a força do termo. Um egoísta que julga que está no centro do universo e acha legítimo que para ele as coisas só interessem enquanto forem próximas a si.[2]

Da mesma forma, uma pessoa ouve, por exemplo, que vai haver uma novena na própria paróquia e se interessa muito. Mas se lhe dizem que Nossa Senhora apareceu em Fátima. a pessoa se move menos, porque Fátima é longe e é um outro continente. Assim, ela não julga das coisas nem de acordo com a razão, nem de acordo com o espírito de fé. 

Não se trata de estremecer no sentido sensível, nervoso, da palavra. Não é isto! Mas é fazer um juízo a respeito da gravidade desse acontecimento, à vista das razões sobrenaturais e às vezes também materiais, que levam a conferir a ele toda sua gravidade. 
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[1] “O Estado de S. Paulo, 8-6-13 
[2] Tudo o que está em itálico foi extraído de conferência pronunciada por Plinio Corrêa de Oliveira, em 27-8-71.
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(*) Leo Daniele é colaborador da Agência Boa Imprensa (ABIM)

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Ar rarefeito na China

Por razões diferentes, lá como no Brasil, os habitantes optaram por contestar as autoridades que os intoxicam 

§ Luis Dufaur (*)

Na China, o nível de contaminação do ar, da terra e das águas atingiu níveis jamais vistos na história e começa a ficar intolerável para os seus quase um bilhão e meio de habitantes — escreveu o jornal “Clarín”, de Buenos Aires. A causa foi e continua sendo os brutais métodos socialistas.

Estudos independentes afirmam que até 70% das terras chinesas estariam contaminadas, provocando crescentes revoltas populares. Apesar de proibidos, os protestos se multiplicam nas ruas, enquanto se fazem milhares de denúncias pelas redes sociais.

Em Dalian, cidade situada no leste do país, um protesto multitudinário bloqueou a ampliação de uma petroquímica, e o sucesso da manifestação se difundiu em outras regiões. Pequim tenta ludibriar os descontentes com o anúncio de estudos para detectar o nível de contaminação do solo, que na China é “segredo de Estado”.

Para o Ministério de Meio Ambiente, as terras estão contaminadas com metais pesados e pesticidas proibidos desde os anos 80. Como os males andam atrelados, Zhuang Guotai, responsável pela pasta do Trabalho, disse que essa contaminação decorre da Reforma Agrária.

No Brasil, fizemos e continuamos a fazer críticas pertinentes à Reforma Agrária socialista e confiscatória, tão a gosto de nossos bispos progressistas e de todas as esquerdas. Pois ela conduzirá aos mesmos resultados desastrosos da China, cujos métodos dirigistas de produção obrigaram seus dirigentes a apelar para o Brasil e a Argentina em busca de alimentação saudável.

Desconhecem-se até o momento na China os resultados a que chegou o primeiro estudo nacional de contaminação do solo, iniciado em 2006. Os acadêmicos que dele participaram disseram que o governo apagou os dados colhidos desde o início, mas que a contaminação continua intoxicando toda a cadeia alimentar pelo uso indiscriminado de chumbo, arsênico ou cádmio.

E saber que apesar de tudo isso o Brasil acaba de trazer da China feijão duro, caro — e, ao que tudo indica, contaminado — para concorrer com o custo-Brasil imposto aos nossos heroicos ruralistas! Feijão importado de um país cuja população escravizada se intoxica ao respirar, comer, beber, ou até ao tomar banho.
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Por esta e por outras razões o Príncipe Dom Bertrand escreveu o livro Psicose Ambientalista — Os bastidores do ecoterrorismo para implantar uma “religião” ecológica, igualitária e anticristã. Formato 16 x 23 cm – 176 paginas – R$.23,90 – Distribuição Editora Petrus
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(*) Luis Dufaur é colaborador da Agência Boa Imprensa (ABIM)

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Escolhendo entre a liberdade e a honra

Cel. Plazas concede entrevista por ocasião da invasão, perpetrada pelos guerrilheiros do M-19, do Palácio de Justiça de Bogotá (Colômbia), em 1985
§  Hélio Dias Viana (*)
Valor moral hoje cada vez mais raro e, por isso mesmo, digno de todo louvor por aqueles que o prezam, a honra acaba de ser enaltecida na Colômbia por um lídimo representante da classe militar. Enaltecimento que não poderia ser mais adequado, pois proveniente de alguém oriundo de uma classe que não se deve mencionar sem reverência, por sua afinidade intrínseca com esse valor, bem como com três outros valores correlatos de que nosso mundo está tão carente, a saber, a ordem, a hierarquia e a disciplina.

É por ser uma representação viva de tais valores, e não pelos seus excessos, aliás, que a classe militar é hoje tão criticada e acerbamente combatida pela grande mídia e pelos meios progressistas civis ou religiosos, arautos de contra-valores, que não contentes em vilipendiar e reduzir drasticamente sua capacidade de atuação pelo ardiloso manejo do decálogo laico e unilateral dos “direitos humanos”, sonham finalmente vê-la um dia substituída por milícias populares, como acontece em Cuba, na Venezuela ou na China comunista. Mas então os excessos não mais existirão para humanos cujos legítimos direitos devem ser respeitados.

É em nome desses malfadados “direitos humanos” que hoje na Colômbia mais de dez mil militares das três armas, mas especialmente do exército, de generais a soldados, encontram-se presos e condenados, vários a altas penas, por lutarem para defender sua pátria contra a agressão interna de guerrilheiros que querem subjugá-la para transformá-la em outra Cuba ou Venezuela.

Uma dessas vítimas é o coronel Alfonso Plazas Vega [foto], considerado pelos colombianos como um heroi, por ter evitado um provável golpe de estado por terroristas do M-19 que tomaram de assalto o Palácio da Justiça em Bogotá, em 1985 [foto abaixo]. Ele foi condenado a 25 anos de prisão. Sem falar das várias centenas de vítimas, militares e civis, que anualmente perdem um ou vários membros do corpo, quando não a própria vida, em decorrência de minas criminosas das FARC e do ELN; jovens soldados na sua imensa maioria, privados com frequência da visão, entretanto caminham eles resignados e altaneiros pelas ruas, por terem fé e compreenderem que diante de Deus seu sacrifício não foi em vão.
Mesmo perseguida, a honra não se altera, nem pode ser arrebatada em favor de outro valor tão falado e cada vez mais ameaçado: a liberdade, da qual, aliás, gozam hoje terroristas que protagonizaram o assalto de 1985. Mas o senso da honra não se alterou no coronel Plazas. Com efeito, através de seu advogado, Dr. Jaime Enrique Granados Peña, ele acaba de enviar uma carta ao fiscal geral da Colômbia, Dr. Eduardo Montealegre Lynett, dizendo-lhe que não deseja beneficiar-se do Marco Jurídico para a Paz e que pretende demonstrar sua inocência pelos meios legais vigentes no país.

De acordo com esse Marco, o atual o governo colombiano de Juan Manuel Santos, apoiado entre outros por Cuba e Venezuela, deseja anistiar os terroristas das FARC, para que eles possam participar da vida política do país. Ou seja, se o coronel Plazas fosse um oportunista, simplesmente aproveitaria para entrar no mesmo “pacote” com criminosos terroristas; mas isso não somente feriria seus princípios, como também importaria o não reconhecimento de sua inocência. Prevaleceu assim a honra, e com ela a verdade que o libertará na mais alta acepção do termo.
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(*) Hélio Dias Viana é colaborador da Agência Boa Imprensa (ABIM)

domingo, 4 de agosto de 2013

Aborto — Infelizmente aconteceu-se o que se temia: o PLC 3/2013 foi sancionado

Da esq. para dir.: Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da República), Alexandre Padilha (Ministro da Saúde), Eleonora Menicucci (Secretaria de Políticas para as Mulheres), concedem entrevista sobre o PLC 3/2013, sancionado pela Presidente Dilma Rousseff no dia 1º de agosto. [foto: José Cruz/ABr]
§ Paulo Roberto Campos

Mais um dia de luto na História do Brasil: 1º de agosto de 2013. Nesta data a presidente Dilma sancionou o PLC 3/2013 (Projeto de Lei da Câmara que amplia ainda mais os casos de aborto “legal” (sic) no Brasil), sem vetar qualquer artigo.

Dilma Rousseff não honrou a palavra dada por ocasião das últimas eleições, quando prometera que nada faria que facilitasse a ampliação da prática abortiva durante seu mandato. Lembrem-se que foi com tal promessa que ela obteve a vitória eleitoral...

Para aprovar o projeto abortista, a presidente não assinou com tinta extraída do sangue de inocentes abortados, mas perante Deus e a História ela ficou — assim como Herodes quando ordenou a “Matança dos Inocentes” — com suas mãos tintas de sangue. E com ela todos aqueles que favoreceram de forma sub-reptícia e na velocidade de um raio essa aprovação, principalmente o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e os congressistas petistas, como a deputada petista por São Paulo, Iara Bernardi.

O que dizer daqueles congressistas que não promoveram diretamente tal projeto, mas acabaram emitindo votos favoráveis, alegando que não perceberam a manobra, pois o projeto não empregava o termo “aborto”? Não perceberam que o texto abusava de eufemismos justamente com o objetivo de enganar e de não levantar reações daqueles que desejam evitar uma nova “Matança de Inocentes”? — Deus, que conhece o mais íntimo de todos os corações, saberá!

E o que dizer da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil? — Não pressionou o governo pelo VETO INTEGRAL do PLC 3/2013, como milhões de brasileiros pleiteavam. A CNBB pediu apenas o VETO PARCIAL...

Com receio de não obter da presidente Dilma o veto total do herodiano projeto, a CNBB pediu a ela que vetasse somente dois artigos do PLC. Resultado: preferindo ceder para não perder, a CNBB acabou por perder tudo, pois a presidente sancionou totalmente o projeto.

Inclusive foram feitos abaixo-assinados, um dos quais com milhares de assinaturas entregue diretamente na Cúria Metropolitana do Rio de Janeiro, para que os bispos pedissem ao Papa Francisco, durante sua estadia no Rio, que exortasse a Presidente Dilma a VETAR TOTALMENTE o PLC.

Infelizmente aconteceu o que se temia: O pedido ao Papa Francisco não foi oficialmente transmitido pela CNBB e o Papa não falou com a Presidente sobre o tema.

Assim, a CNBB atuou nos meios católicos como “a voz que adormece e a mão apaga”. Ela trabalhou para “adormecer” e “apagar” a chama das boas reações que surgiram.

Se o Papa tivesse pedido à Presidente Dilma para não aprovar o projeto abortista, ela o teria sancionado? — Certamente não, pois não teria a ousadia de contradizer o Pontífice tão popular no Brasil. Se ele tivesse pedido o veto do projeto, a presidente não o teria assinado. “Roma locuta, causa finita” (Roma falou, a causa está encerrada) — ou seja, o veto total estaria garantido!

O pedido de milhões de brasileiros que defendem a moral e são contrários ao aborto não foi ouvido. Agora não se trata mais de um projeto. Tendo sido sancionado pela presidente, em 90 dias entra em vigor a lei: os hospitais da rede pública serão obrigados a “prestar atendimento emergencial e multidisciplinar às vítimas de violência sexual”; a encaminhar a mulher que alegar ser “vítima de violência sexual” a um serviço de “profilaxia da gravidez” (leia-se “aborto”); a aconselhá-la ao abortamento; bem como dar “informações às vítimas sobre os direitos legais e sobre todos os serviços sanitários disponíveis”, oferecendo-lhe, por exemplo, “contraceptivo de emergência” (leia-se "pílula abortiva"). A gestante sequer precisará provar que realmente sofreu “violência sexual”, ou ao menos apresentar um laudo do IML ou um BO.

Além de desonrar a palavra empenhada, Dilma Rousseff não quis “ouvir as ruas” — a voz de milhões de inconformados de todos os quadrantes do Brasil. O descontentamento desses inconformados em relação ao governo petista percorre o País, com manifestações alastrando-se por todas as partes sob o lema VEM PRA´RUA. Agora, com a nova e ignóbil lei imposta ocorrerá um aumento da “Matança de Inocentes” no Brasil. Devido a isso, seria bem o caso de novas manifestações, um de cujos slogans poderia ser o seguinte:
COM O ABORTO O PT QUER IMPEDIR BRASILEIROS DE NASCER / PORQUE SABE QUE COM O PT ELES NADA VÃO QUERER.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Quando a utopia dos ecologistas tropeça na realidade

Os ecologistas que se cuidem, pois nem a natureza nem a ordem natural das coisas gostam de trabalhar ao lado de seus autoproclamados defensores. O gás de xisto está aí para desmitificar mais uma vez o fascínio europeu de reduzir 20% de suas emissões de CO2 para “salvar” o planeta.

Com efeito, a produção americana desse gás não convencional vem pondo de lado o uso do carvão, cujo excedente os EUA vendem a preço baixo. Para Kash Burchet, analista do IHS Energy, as empresas geradoras de energia vêm apanhando por operar centrais de gás, inclusive as de última geração, em decorrência do carvão barato.

Resultado: um número crescente de empreendimentos europeus geradores de energia elétrica fecha suas modernas plantas de ciclo combinado de gás, enquanto as termoelétricas à base de carvão fazem a festa, escreveu o "Wall Street Journal".

A geradora norueguesa Statkraft acabou de fechar uma central na Alemanha. Por sua vez, a empresa alemã E•ON considera hibernar mais centrais de gás, incluindo uma planta de última geração na Eslováquia, diante de uma queda de 94% nos lucros do primeiro trimestre de 2013.

A eletricidade gerada com o carvão americano é mais barata e alivia as precárias economias europeias. Os opositores argumentam que os países europeus se engajaram em utópicos planos e tratados internacionais para reduzir as emissões de CO2 e instalar fontes de energias renováveis.

Os europeus já não vinham respeitando esses tratados, cuja violação escancarou-se agora, imposta pela necessidade. Em 2012, as exportações americanas de carvão à Europa cresceram por volta de 23%, atingindo 66,4 milhões de toneladas, segundo o Departamento de Energia dos EUA.

No Reino Unido, o volume de eletricidade gerada pelo carvão atingiu seu nível máximo em 17 anos, enquanto o produzido com gás convencional caiu a um mínimo histórico equivalente. Também a geradora checa CEZ manterá fechada sua nova usina. A britânica SSE, além de fechar uma usina dessas, não pensa em construir mais nenhuma.

Por esta e por outras razões o Príncipe Dom Bertrand escreveu o livro – Psicose Ambientalista – Os bastidores do ecoterrorismo para implantar uma “religião” ecológica, igualitária e anticristã. Formato 16 x 23 cm – 176 paginas – R.23,90 – Distribuição Editora Petrus.
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Contatos com o autor: 
Dom Bertrand de Orleans e Bragança: dom.bertrand@paznocampo.org.br

Exemplar de cortesia para jornalistas, contato e informações: 
Marcos Balthazar – 11-2765-4770 – marbalthazar@gmail.com

Vendas: 
www.livrariapetrus.com.br ou nas principais livrarias 

Release do livro: 
http://psicoseambientalista.blogspot.com.br