sábado, 31 de julho de 2010

Lula marca mais um gol contra o Brasil



  • Wilson Gabriel da Silva

O presidente Lula marcou mais um gol contra o seu próprio time, em inconsistente entrevista sobre o conflito, por enquanto diplomático, entre a Colômbia e a Venezuela.

As declarações de Lula foram feitas após a denúncia do presidente colombiano Álvaro Uribe comprovando a presença de dezenas de acampamentos de guerrilheiros das Farc em território venezuelano, junto à fronteira com seu país.

Em longa e demagógica entrevista ao lado de Diego Maradona, o próprio presidente da Venezuela, Hugo Chavez, (foto acima) reconheceu a existência desses acampamentos em seu território… mas a culpa seria da Colômbia que deixou os guerrilheiros passarem a fronteira!

A resposta de Chavez à denúncia do presidente Uribe foi o rompimento das relações diplomáticas da Venezuela com a Colômbia e a mobilização de suas tropas junto à fronteira com o país vizinho.
Entretanto, o presidente Lula não vê nisso nenhum conflito sério. Apenas “conflito verbal”. “Temos (Lula e Chavez?) de ter paciência… até que Santos [o recém-eleito presidente da Colômbia] tome o poder”, declarou.

As palavras do presidente brasileiro soaram como um desaforo contra o presidente da Colômbia, que até a transmissão do mandato continua sendo Álvaro Uribe. Este deplorou que Lula apresentasse o caso como se fosse apenas uma briga pessoal entre ele. Uribe, e Hugo Chavez.

Sem dúvida, essa tática escamotearia aspectos mais importantes da questão: os crimes das Farcs e o envolvimento de forças ideológicas incrustadas em regimes latino-americanos.

O comentarista Alexandre Garcia destacou na "Globo" o mal-estar criado na América Latina pelas declarações de Lula. E viu aí mais uma derrota da “diplomacia” brasileira, depois das intromissões indevidas em Honduras, do apoio às reivindicações atômicas do Irã e de meter-se na briga entre árabes e judeus na Palestina. Uma verdadeira “catarse extemporânea de terceiro-mundismo”, conclui Alexandre.

Mais um gol contra de Lula. O problema é que o maior prejudicado é o Brasil.

Veja também em video o que diz Alexandre Garcia sobre esse assunto no portal da "Globo":

http://g1.globo.com/videos/bom-dia-brasil/v/alexandre-garcia-fala-sobre-o-clima-de-mal-estar-na-america-latina/1309764/

Sonho e pesadelo (II)



  • Pe. David Francisquini*

Sob o título “Sonho e pesadelo”, escrevi recente artigo em que procurei analisar o justo ideal de jovens que contraem matrimônio na perspectiva de iniciar uma família bem constituída, mas que não tardam a ter que enfrentar obstáculos quase intransponíveis quanto à educação e à formação moral e religiosa dos filhos.

Sinteticamente, procurei “dar nomes aos bois” ao enumerar os referidos obstáculos, contrastando-os com a boa ordem das coisas criadas por Deus, e recorrendo a um profundo estudo histórico e sociológico de autoria do líder católico Plinio Corrêa de Oliveira, consubstanciado em sua obra-prima Revolução e Contra-Revolução.

Neste estudo mundialmente conhecido, o autor demonstra que a atual crise que abala os alicerces da nossa sociedade é de origem religiosa e moral, tendo atingido, sobretudo, a civilização ocidental e cristã. Depois ela se difundiu por todo o mundo. Não se pode entender, pois, a intricada situação em que se encontra a família descrita no referido artigo, abstraindo-se dessa visão.

Muitas pessoas, diante dos alarmantes índices de violência e da vertiginosa expansão das drogas, bem como da dissolução da sociedade familiar e das concepções geradas fora do casamento, recorrem a nós se perguntam como proceder de modo equilibrado na educação e formação da prole, a fim de preservá-la dos perigos que campeiam no mundo atual.

Há algum tempo, a imprensa de Belo Horizonte registrou para a História entrevista com um assassino confesso. Entre outras perguntas que lhe foram dirigidas, uma era no referente ao que ele faria se fosse solto. Arrogante e duro de coração, o delinqüente respondeu que não estava arrependido dos crimes que cometera, que não procuraria trabalho e continuaria matando e roubando.

Em seguida, perguntaram-lhe a razão de sua atitude e por que ele chegara a tal ponto. O homicida respondeu com frieza: “Tudo começou quando, aidna menino, cheguei em casa com um doce roubado no bar e minha mãe, ao invés de me corrigir, deu um sorriso”.

Salta aos olhos que uma concessão, por menor que possa parecer, pode trazer conseqüências desastrosas para o resto da vida. Pois nada de grande — quer no sentido do mal ou quer no sentido do bem — acontece repentinamente. O segredo para as famílias é a integridade na formação moral e religiosa de seus filhos.

Portanto, pais e educadores, no cumprimento de seus deveres, estejam atentos para não fazer concessões à maldade e traquinagens das crianças, pensando conseguir detê-las no caminho da ruína e da perdição. “Porque, a fascinação das frivolidades obscurece o bem e a inconstância da paixão transtorna o espírito inocente” (Sab. 4, 12).

Como sacerdote de Nosso Senhor Jesus Cristo, assisto com tristeza pais tomarem a defesa de filhos, quando eles cometem infrações e são repreendidos. Além de não corrigirem os filhos, ainda se aborrecem quando um professor os admoesta, chegando, não raras vezes, a romper com a escola onde estudam suas crianças, defendendo-as por ocasião de uma simples travessura infantil.

Outros abdicam da responsabilidade da educação, permitindo que os filhos permanençam longamente diante da televisão ou da internet. Mais tarde, ao se deparar com os desvios praticados pelos filhos, perguntam-se como aquilo aconteceu! Talvez seja demasiado tarde. De acordo com espírito católico, sempre haverá uma forma equilibrada e sensata de educar a prole.
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*Sacerdote da igreja do Imaculado Coração de Maria, Cardoso Moreira— RJ

Alegria dos reféns resgatados pelo exército na Colômbia

Vídeo liberado pelo exército colombiano mostra cenas do resgate de quatro oficiais e suboficiais que passaram 12 anos em cruel cativeiro das FARC. Podem-se ver as longas correntes com que os desumanos guerrilheiros marxistas impediam os reféns de tentar a fuga. A heróica operação militar desgostou muito os “grupos humanitários”, os adeptos da Teologia da Libertação e os “hermanos socialistas” da guerrilha marxista na América Latina, notadamente em Caracas, Havana e Brasília.
Segundo comunicações dos sediciosos, interceptadas pelas Forças Armadas colombianas, o chefe das FARC, Jorge Briceño, ordenou fuzilar cerca de 40 guerrilheiros que eram carcereiros dos prisioneiros liberados. É com este tipo de subversivos que grupos de “direitos humanos” civis e eclesiásticos julgam ser possível um diálogo humanitário e sincero!
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Agência Boa Imprensa

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Chaveropapismo


Hélio Dias Viana(*)

Se o leitor estiver tendo a paciência de ler este artigo, não deixe de rezar uma jaculatória pelo cardeal-arcebispo de Caracas, D. Jorge Urosa Savino, que talvez nesse mesmo momento esteja tendo que dar explicações à Assembléia Nacional de seu país sobre “por que condena o socialismo do século XXI” de Hugo Chávez.

Sua convocação partiu do majoritário Partido Socialista Unido da Venezuela. Mas o jornal espanhol “El País” (20/6/2010) informa que o governo venezuelano não estaria contente com o comparecimento do prelado apenas ao Congresso; Hugo Chávez o exortou a dar explicações também ao Tribunal Supremo de Justiça.

Quais são os “crimes” imputados ao cardeal?

Ter declarado em Roma que o presidente Chávez “passa por cima da Constituição” e pretende conduzir o país “pelo caminho do socialismo marxista, que é totalitário e conduz a uma ditadura”.

Ele também é acusado de participação no golpe que derrubou Chávez durante 48 horas em 2002 (desse tipo de golpe que não dá em nada e que a gente fica com séria desconfiança de ter sido promovido pelo próprio governo para depois este sentir-se livre para incriminar quem quer se lhe oponha).

No dia 5 de julho, durante a cerimônia de comemoração dos 199 anos da Independência, Hugo Chávez – na presença do Núncio Apostólico, Mons. Pietro Parolini –, após referir-se ao Arcebispo de Caracas dizendo que “este senhor Urosa é indigno de chamar-se cardeal”, repetiu várias vezes que ele era um “troglodita”.

Dirigindo-se depois ao Núncio, vociferou: “Mande uma mensagem a Sua Santidade: enquanto mandarem estes bispos aqui, lamentavelmente nos sentiremos bem afastados da hierarquia da Igreja católica”.

Chávez – que declarou recentemente não reconhecer o Papa como embaixador de Jesus Cristo, pois, segundo ele, tal embaixador é o povo – num delírio chaveropapista queixou-se ainda do fato de o Sumo Pontífice não tomar em consideração sua opinião sobre quem nomear para cardeal e para bispo: “Mandei dizer ao Papa que eu tinha meu candidato, que é um senhor que deveria ser supercardeal porque o merece”, referindo-se a D. Mario Moronta, bispo de San Cristóbal. Este último, entretanto, apesar de suas posições progressistas, repreendeu o presidente pelas suas palavras e se solidarizou com o Arcebispo de Caracas.
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Hélio Dias Viana é colaborador da ABIM

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Espanha campeã: meu barbeiro já previra



Hélio Dias Viana(*)
Não é necessário ser profeta para prever o desenlace das atuais Copas do Mundo. Meu barbeiro, muito antes de iniciar-se esta última, já havia acertado na mosca: “A Espanha vai ganhar!”.

Com efeito, de há muito essa competição de esportista se tornou política, e seus resultados se tem conformado com certas necessidades internas de determinados países.

Além de sua tradicional e popular tourada – que enfrenta cerrada campanha de pacifistas que a querem ver abolida –, o que mais importa atualmente na Espanha é a truculenta lei de aborto que o governo socialista acaba de implantar, pela qual a idade para matar cai para os 16 anos, e para morrer sobe para 14 semanas.

Tal lei vem causando enorme reação em todo o país, até mesmo na classe médica e sanitária em geral, cujos membros se recusam a matar os inocentes. E nada neste momento poderia ser mais oportuno para os socialistas do que uma vitória na Copa do Mundo, para tentar assim encher a opinião pública de otimismo e ao mesmo tempo desviar o foco das atenções. – Conseguirão?

E a Espanha – que, importa reconhecer, possui muitos valores bem superiores ao futebol – ganhou logo de quem? Da Holanda, país onde tanto o aborto quanto as piores aberrações morais são oficialmente permitidas, e que é também conhecido pelo fato de seus navios abortistas ancorarem próximo à costa de países onde essa lei assassina não vigora, para realizá-los ali.

– Mera coincidência?
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(*) Hélio Dias Viana é colaborador da ABIM

domingo, 4 de julho de 2010

“E daí? Dizem os candidatos


Leo Daniel
Os pré-candidatos desta eleição de 2010 estão muito calados a respeito de suas intenções e convicções. Até parece que a eleição será por cargos na lua, sem nenhuma relação com nossa sofrida Terra. Só palavras vagas e sonoras.

Teotonio Vilela Filho reconheceu que “temos mais semelhanças que nos unem que diferenças que nos separem”. Afinal, são três candidatos ou um único candidato, vestindo três estilos de roupas, de siglas e de amigos? Ou são três pessoas?

Os assuntos-chave são evitados cuidadosamente. Por exemplo, o que parece a eles do Terceiro (e vasto) Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), tão alardeado pelo governo Lula da Silva, do qual se pode dizer que é um chavismo sem Chavez? Não se trata apenas de um programa de reformas várias, mas sim, em bloco, de uma reforma-do-Brasil. Não é pouco! Que acham os srs. candidatos dessa reforma socialista? Será para melhor? Ou…

E a Quinta Internacional? Chavez lançou recentemente um projeto de internacional comunista, pouco antes de termos cedido nossa embaixada em Honduras para abrigar Zelaya (lembra-se?). Diz ele: “Atrevo-me a convocar a 5ª Internacional para retomar a 1ª, a 2ª, a 3ª e a 4ª (…) Que esta se converta num instrumento de unificação da luta pelos povos para salvar o planeta”. Chavez recordou que passaram 145 anos desde que Karl Marx convocou a 1ª Internacional Socialista, 120 desde que foi convocada a 2ª, por Friedrich Engels, 90 desde que Lenin convocou a 3ª e 71 anos desde que Trostsky convocou a 4ª.

Vamos aderir a essa Internacional, ou vamos repudiá-la com desdém? Ou se vai fingir que não se viu nada?

Os candidatos “acham que não devem nada para o eleitor, muito menos explicações” (Josias de Souza).

Mais uma pergunta. Segundo pesquisa do Datafolha sobre a ideologia dos brasileiros: 35% dos entrevistados que se disseram petistas, por livre vontade e protegidos pelo anonimato se declararam de direita (“O Globo”, 4-6-2010). No geral, dos eleitores de Serra, 61% se dizem de centro à extrema-direita; de Dilma, 51%; e de Marina, 54%. É incrível, mas você leu certo, cada um dos candidatos tem mais da metade dos seus eleitores nesse espectro ideológico: de centro à extrema-direita.

“E daí?” Parecem dizer os srs. candidatos…

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(*) Leo Daniele é colaborar da ABIM