domingo, 29 de abril de 2012

Heroísmo católico na Nigéria

Na igreja de Santa Teresa em Madalla, Nigéria, na saída da missa de Natal, a milícia islamita de Boko Haram assassinou covardemente 44 fiéis e feriu mais de cem. A imagem de Nossa Senhora da Piedade ficou coberta com o sangue dos mártires, espalhado por violenta explosão. Na confusão, forças do exército começaram a disparar contra milhares de fiéis em pânico, quando o Pe. Isaac Achi se interpôs entre os militantes e os paroquianos. Os soldados cessaram então o tiroteio. Para os fiéis, seu pároco passou a ser considerado um verdadeiro herói católico que enfrentou destemidamente o ódio satânico da cristofobia que assola vários países.
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Agência Boa Imprensa

2011: recorde de conflagrações desde a II Guerra Mundial

Desde o fim da II Guerra Mundial nunca se verificou tanta violência quanto em 2011. A constatação é do Instituto para a Investigação dos Conflitos de Heidelberg, Alemanha, segundo o qual eclodiram 20 guerras, superando o funesto recorde de 16 no ano de 1993. Houve também outros 38 conflitos com uso maciço da violência, sendo a maior parte deles no Oriente Médio e na África. Os investigadores incluíram no cômputo o conflito do Estado mexicano contra os cartéis da droga, que ganhou dimensões de guerra civil. Cabe perguntar: não poderia ser também considerado início de conflito insurrecional a luta da polícia contra grupos criminosos que controlam a droga nos morros do Rio de Janeiro e em bairros de São Paulo?
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Agência Boa Imprensa

Destacado alarmista climático confessa fraude e renuncia


O hidrologista norte-americano Peter Gleick [foto] — um dos arautos da teoria do aquecimento global causado pelo homem — assumiu de público que se fez passar por outra pessoa a fim de denegrir os que denunciam as fraudes sobre o aquecimento do clima. Ele enviou a órgãos oficiais documentos que ele atribuiu falsamente ao Instituto Heartland, destacado grupo que denuncia fraudes do ambientalismo catastrofista. Gleick foi condenado publicamente pela União Geofísica Americana e renunciou ao seu cargo no Pacific Institute, na Califórnia. Mais um golpe desmoralizador contra esta ofensiva fraudulenta e pseudocientífica.
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Agência Boa Imprensa

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Realidade, esta coisa tão necessária...

O conhecido jornalista francês Gilles Lapouge declarou que, se fosse diretor de jornal, sua primeira providência seria mandar os repórteres para a rua, a fim de conversarem com as pessoas e verem a realidade do dia-a-dia

Hélio Dias Viana (*)

Qualquer consulta para auscultar a opinião das pessoas sobre segurança, ensino público e serviço de saúde — para citar só estes itens —, ou a respeito do nível moral dos nossos programas televisivos, receberia respostas altamente negativas. E caso ainda se lhes perguntasse que perfil elas considerariam ideal para os governantes e demais lideranças — religiosas, políticas, judiciais, militares — a grande maioria das respostas teria um perfil conservador.

Embora esta seja a realidade do Brasil — a qual é reconhecida inclusive pelos próprios esquerdistas, que reclamam hoje de uma guinada à direita —, não se entende por que quase todos os candidatos aos mais altos cargos são de esquerda e, quando não o são, fazem tantas concessões a essa orientação que não se sabe bem o que dela os separa.

O resultado é que estamos sendo governados por pessoas que parecem cegas quanto à situação real deste país, que ainda tem muito de conservador, e que vão avançando como se vivêssemos no oposto. O que constitui uma temeridade, pois, por mais que os atuais governantes se sintam apoiados pelas instâncias do mundo oficial e pelos meios de comunicação, nenhum governo se mantém estavelmente sem o apoio da opinião pública, a não ser numa ditadura, e assim mesmo por tempo não muito longo. 

Mas essa cegueira parece não ser apanágio apenas de governantes. Em entrevista à TV Estado, o conhecido jornalista francês Gilles Lapouge declarou que, se fosse diretor de jornal, sua primeira providência seria mandar os repórteres para a rua, a fim de conversarem com as pessoas e verem a realidade do dia-a-dia. A partir daí redigiriam as notícias, e não ficariam mais nas redações elaborando matérias cerebrinas sem nexo com a vida real.

O que se depreende de suas observações é que inúmeros jornalistas vêem a realidade mais ou menos como os nossos governantes, ou seja, como algo supérfluo. Porém, mesmo adotando essa falsa visualização, deveriam lembrar-se do que disse o ímpio Voltaire: “o supérfluo, esta coisa tão necessária”. 


Qual poderá ser o resultado de tudo disso? 
Creio que pelo menos boa parte da resposta se encontra no que sucede nos EUA. Ali — para dar apenas um exemplo — o ex-candidato católico de discurso “politicamente incorreto” Rick Santorum [foto], que era considerado por isso mesmo sem nenhuma chance, ameaçou suplantar seu rival Mitt Romney para disputar com Obama a presidência. E sua ascensão veio se afirmando na razão direta em que subia o tom conservador de sua fala. Mesmo que ele tenha desistido da disputa eleitoral, o fato concreto é que sua campanha pôs em realce a enorme força e empuxe do conservadorismo americano.

Pois bem, nos EUA do século XXI, no qual se mostra uma forte corrente de opinião conservadora, que por muitos aspectos se diria “ultramontanizada”, o presidente Obama continua a pisar obstinadamente no acelerador em direção à esquerda, como se não visse que diante dele se ergue essa enorme barreira, em face da qual a única atitude sensata seria frear. Sua última “acelerada” foi o decreto obrigando as instituições — inclusive as católicas — a financiar medidas anticoncepcionais e abortivas para os seus funcionários, o que gerou um clamor nacional de grandes proporções. Pelo menos 181 Arcebispos e Bispos se declararam fortemente contrários à medida, sendo acompanhados por mais de 2.500 líderes de diversas confissões religiosas.

No Brasil, um claro e recente “avançar contra a barreira” foi, por exemplo, a nomeação para o Ministério de Eleonora Menicucci [foto]— antiga companheira de prisão da presidente Dilma —, a qual, entre outras coisas extremamente chocantes, declarou ter praticado dois abortos e aprendido como executá-los.


Manter, a qualquer custo, um regime falido 
Resta perguntar por que tanta pertinácia da esquerda em continuar avançando, ao invés de imitar os beduínos que, diante da tempestade de areia no deserto, se deitam com seus camelos até a tempestade passar. A resposta parece ser que, no árido e imenso deserto no qual a esquerda se encontra, não lhe restaria outra saída senão continuar avançando, mesmo ao preço de perder parcelas cada vez maiores do grande público, pois se não fizer progredir as causas revolucionárias, acabará desapontando suas próprias bases e ficando à deriva.

Nesse sentido, pode-se admitir que a manutenção a todo custo do esfarrapado regime comunista em Cuba foi tão-só para conservar acesa a chama revolucionária nas bases esquerdistas no mundo inteiro, mais especialmente da América Latina.

Mas essas mesmas bases devem agora entender que o problema que se põe atualmente para o comunismo cubano é o da sobrevivência. Assim, como sucedeu com a China, chegou o momento de — sem prejuízo do regime comunista da geriatria cubana — estabelecer ao mesmo tempo na ilha-prisão um arremedo de livre mercado segundo a “fórmula chinesa”. É o que está sendo esboçado na região em que se localiza o porto de Mariel.

Para o êxito desta nova manobra não faltarão as bênçãos do Cardeal Dom Jaime Ortega, Arcebispo de Havana, e abundante dinheiro do Brasil — aplicação tão distante de tantas de nossas reais e prementes necessidades.
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 (*) Helio Dias Viana é colaborar da Agência Boa Imprensa (ABIM)

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Cardeal Mindszenty — 120 anos

Herói da resistência anticomunista, o Cardeal József Mindszenty foi Arcebispo-Príncipe de Esztergom e Primaz da Hungria. Mesmo preso pelo regime comunista [foto ao lado], cruelmente torturado e obrigado a ausentar-se de seu povo, jamais dobrou os joelhos diante da tirania vermelha. 


Hoje em dia, quando a Hungria vem sendo perseguida por órgãos internacionais pelo fato de ter adotado uma Constituição contrária ao comunismo, ao aborto e ao “casamento” homossexual e ter rememorado as glórias de seu passado cristão, a figura do Cardeal Mindszenty paira sobre a nação como uma bênção e uma inspiração. 


Em homenagem pelos 120 anos do nascimento desse imortal Purpurado — nascido em Csehimindsent (Áustria-Hungria), em 29 de março de 1892, e falecido em Viena (Áustria), em 6 de maio de 1975 —, reproduzimos o trecho de artigo de Plinio Corrêa de Oliveira, publicado na “Folha de S. Paulo” em 10-2-1974, sob o título: A glória, a alegria, a honra... 
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“O bom pastor dá a vida por suas ovelhas” (S. João 10,11). Nestes tristes dias, marcados por sua destituição [por Paulo VI] do Arcebispado de Esztergon, o Cardeal Mindszenty mais uma vez deu provas de que é um bom pastor, representante genuíno e íntegro do Bom Pastor por excelência. Para lutar contra o comunismo, que reduziu à miséria espiritual e material as suas ovelhas, o Purpurado magiar acaba de sofrer o último sacrifício. E talvez o mais doloroso.

Comemora-se neste ano [1974] o 25º aniversário de sua encarceração pelos comunistas. Ficou célebre a fotografia [a cima] que o mostra no banco dos réus com olhar aterrado mas inquebrantável na resolução de cumprir até o fim seu dever. O mundo inteiro viu essa fotografia, e estremeceu de horror e de admiração. Veio depois o rápido intermezzo da sublevação anticomunista. E começou então para Mons. Mindszenty o longo cativeiro na embaixada norte-americana.

Cativeiro no qual — ó mistério! — lhe era vedado o contato até com os habitantes do edifício. Mas, como coluna solitária no meio das ruínas de sua pátria, Mons. Mindszenty permanecia de pé, continuando na sua conduta as grandezas religiosas e nacionais do reino de Santo Estêvão, e preparando, por seu exemplo, a ressurreição de seu povo".

terça-feira, 10 de abril de 2012

FARC e MST

MST destrói fazenda no Pará
Hélio Dias Viana (*)

Os leitores medianamente informados devem se lembrar que o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe, que combateu rijamente as FARC, havia pedido aos demais países que as considerassem como um grupo terrorista. O governo Lula, amigo de regimes terroristas como os de Cuba, Irã e Líbia, se negou a fazê-lo.

Algo semelhante ocorre agora na comissão encarregada da reforma do Código Penal brasileiro. Ao prever os crimes de terrorismo, ela eximiu cuidadosamente o MST, cujas práticas contrárias às leis e à Constituição não configuram outra coisa. Mas como lhe afixaram malandramente a etiqueta de “movimento social”, esta prevalece para acobertar os seus atos criminosos.

Por outro lado, é preciso ser míope para não ver as analogias existentes entre as FARC e o MST, movimentos que inclusive já estiveram lado a lado no Fórum Social de Porto Alegre e cujo objetivo comum é derrubar a atual ordem sócio-econômica dos respectivos países onde atuam para substituí-la pelo socialismo marxista.

E curiosa contradição de governos que se dizem contrários à ditadura e desejosos de consolidar a democracia, mas que favorecem ao mesmo tempo movimentos criminosos que atuam para nos conduzir – e ao Continente – à pior de todas as ditaduras.
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 (*) Helio Dias Viana é colaborar da Agência Boa Imprensa (ABIM)

sexta-feira, 6 de abril de 2012

A Cristo a glória e o Império

O círio Pascal com cinco cravos lembra as cinco chagas de Nosso Senhor ressuscitado. Com a Cruz recorda a nossa redenção. 

Pe. David Francisquini (*)

Em artigo anterior sobre a Páscoa da Ressurreição, acenamos para os sacramentos da confissão e da comunhão freqüentes como fonte de nossa fortaleza e penhor de nosso triunfo sobre o demônio, a morte e o pecado.

Nesse sentido, é lapidar do pensamento de São Paulo Apóstolo: “Purificai-vos do velho fermento, para que sejais uma nova massa, agora que já sois ázimos; pois, Cristo nosso cordeiro pascal, foi imolado. Celebremos, portanto, a festa, não com o fermento velho nem com o fermento da malícia da corrupção, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade”. (I Cor. V, 7-8).

O tempo pascal se reveste de beleza única. A Igreja como verdadeira mãe manifesta seu aspecto jubiloso e triunfante. Muito mais do que em qualquer outro tempo litúrgico, o culto católico apresenta-se de modo solene, grandioso, festivo, majestoso, o que contrasta com o tempo de penitência, de tristeza e de jejum em voga na quaresma e, sobretudo, na Semana Santa.

A Igreja parece não encontrar em seus cânticos outra manifestação de júbilo a não ser Aleluia. O círio Pascal com cinco cravos lembra as cinco chagas de Nosso Senhor ressuscitado. Com a Cruz recorda a nossa redenção.

Com o alfa e o ômega, manifesta a divindade de Jesus, que é o princípio e fim de todas as coisas. E com o ano atual que celebra a Páscoa, esse ano está iluminado com a luz de Cristo, triunfador do gênero humano.

Essa luz do círio lembra que ele é verdadeiramente Rei. O círio aceso nos fala da grandeza e da sublimidade dessa luz que brilhou nas trevas, cujas trevas a rejeitaram, mas que para os cristãos renovados pela graça, comemoram com alegria esse tempo que transluz a beleza e a superioridade de Cristo ressuscitado, com suas chagas que são diademas de seu triunfo e de sua realeza: Porque dele são os tempos e os séculos. A Ele a glória e o Império, por todos os séculos da eternidade. Amém.
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(*) Sacerdote da igreja do Imaculado Coração de Maria, Cardoso Moreira - RJ 

quinta-feira, 5 de abril de 2012

“Vã seria nossa religião”

Representações da Vida, Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo [click para ampliar]
Pe. David Francisquini  (*)

A comemoração da Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo desperta na alma do fiel a idéia de que, ao nos regenerar, nosso Divino Salvador procedeu como um general que toma de assalto uma fortaleza e derruba suas sentinelas, libertando-a do cativeiro quatro vezes milenar do demônio.

Após morrer pela nossa eterna salvação, Nosso Senhor prova sua divindade de maneira altissonante, superior à maldade de seus inimigos, ao afirmar que depois de três dias ressuscitaria, lembrando o fato histórico ocorrido com o profeta Jonas que permaneceu durante três dias e três noites no ventre da baleia.

Em vida, nosso Divino Redentor ressuscitou os mortos. Mas eis o maior portento: ressuscitou a Si mesmo. Por sua própria virtude e poder, aquele corpo, que três dias antes era todo ele uma chaga, se erguera triunfante e glorioso, impassível e imortal, deixando aturdidos os guardas que vigiavam o sepulcro.

A Ressurreição de Nosso Senhor é o fundamento das verdades de nossa Fé. Segundo São Paulo, “se Cristo não tivesse ressuscitado, vã seria nossa religião”. Atestada na ocasião por centenas de pessoas, a Ressurreição apresenta-se como argumento irrefutável da veracidade da religião católica. 

Para o povo hebreu, a Páscoa estava ligada à passagem do Anjo exterminador dos primogênitos do Egito que poupou a casa dos hebreus tingindo a soleira da entrada com o sangue do cordeiro sacrificado. Mas o verdadeiro Cordeiro de Deus nos libertou da escravidão infame do pecado, do demônio e da morte eterna.

A Páscoa dos judeus foi assim prefigura da Paixão e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. E como eles, em solenes cerimônias, imolavam e comiam o cordeiro assado ao lúmen, também Nosso Senhor se imolou pelos nossos pecados, dando-nos como comida o seu corpo e como bebida o seu sangue.

As portas do Céu, que estavam até então cerradas pela culpa original de nossos primeiros pais, se reabriram com a morte cruenta de Jesus na Cruz. É essa mesma morte que se renova de modo incruento na Santa Missa, o sacrifício da Nova Lei. A confissão e a comunhão freqüentes fortalecem o fiel e são penhor de sua futura ressurreição, quando selará seu triunfo sobre o demônio, a morte e o pecado.
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(*) Sacerdote da igreja do Imaculado Coração de Maria, Cardoso Moreira - RJ 

terça-feira, 3 de abril de 2012

De Henrique IV a Raul Castro

No recente encontro do Papa Bento XVI com Fidel Castro, na sede da Nunciatura Apostólica em Havana, parece que esqueceram de retirar o quadro do Papa Pio XI (que se vê ao fundo), pois este Pontífice declarou que “O comunismo é intrinsecamente mau” e que “Ninguém pode ser, ao mesmo tempo, bom católico e verdadeiro socialista”. 
Hélio Dias Viana (*)

Na esteira dos acontecimentos relacionados com a recente visita de Bento XVI a Cuba, a imprensa noticiou que em atendimento a um pedido do Sumo Pontífice, o regime comunista e ateu de Cuba decidiu decretar que a próxima Sexta-Feira Santa será feriado na ilha-prisão.

Para quem conhece a índole do regime comunista, negador de todos os Mandamentos do Decálogo e da Lei Natural, essa concessão do tirano Raul Castro nos remete ao fato histórico sucedido em 25 de julho de 1593, quando o rei calvinista Henrique IV, para fazer-se aceitar pelos católicos franceses, teria se “convertido” por segunda vez ao catolicismo, afirmando: “Paris vale bem uma Missa”.

Em fidelidade não só às raízes igualitárias herdadas do protestantismo, mas também às táticas que os fautores do erro costumam usar ao longo da História para conseguirem prevalecer, Raul Castro bem poderia agora dizer: “Cuba vale bem uma Sexta-Feira Santa”.

E enquanto nesta nossa “civilização da imagem” as palavras que Bento XVI pronunciou sobre Cuba tenderão a cair no olvido, o mesmo não sucederá com as suas vistosas fotografias com Raul e Fidel Castro, as quais, negadas aos dissidentes, que queriam posar ao lado do Sumo Pontífice, continuarão sendo exploradas largamente pela propaganda comunista para impressionar em seu favor o infinito número de estultos que imaginam que a essência do comunismo mudou ou pode algum dia mudar.
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 (*) Helio Dias Viana é colaborar da Agência Boa Imprensa (ABIM)