segunda-feira, 30 de maio de 2011

Reims celebra os 800 anos de sua catedral

Gabriel J. Wilson

A cidade de Reims (França) está comemorando os oito séculos de sua belíssima catedral com festividades religiosas e civis, além de apresentações culturais que se desenrolam de 6 de maio a 23 de outubro de 2011.

Em 6 de maio de 1211, o Arcebispo Aubry de Humbert colocava a pedra fundamental da atual catedral de Reims. No mesmo dia, em 1210, um incêndio devastador destruíra parcialmente a cidade, atingindo a catedral anterior.

O essencial do monumento que hoje admiramos só ficou pronto em 1275, recebendo novos acabamentos e enfrentando novos desgastes, inclusive um incêndio da estrutura do teto (charpente) em 1481. Alguns detalhes do projeto inicial tiveram de ser abandonados e na guerra de 1914-18 os alemães a bombardearam impiedosamente, destruindo todo o teto e todos os elementos mais frágeis. Foram necessários 20 anos de árdua reconstrução e restauração das partes danificadas, muitas das quais podem ser vistas no Museu do Tau, antigo palácio arquiepiscopal, contíguo à catedral.

No dia 15 de maio p.p. celebrou-se a Missa solene comemorativa dos 800 anos da catedral medieval, construída sobre os fundamentos das catedrais anteriores. Na nave central, uma pedra assinala: “Aqui São Remi batizou Clóvis, rei dos francos”.

São Remi (ou Remígio) era então Arcebispo de Reims. Além de Clóvis, ele batizou 3.000 de seus guerreiros no dia de Natal de 498. São Remi disse então, ao rei franco, as célebres palavras referentes ao paganismo: “Queima o que adoraste, adora o que queimaste”.

O rei fora convertido por sua esposa, Santa Clotilde. Quando enfrentara os alamanos, dois anos antes, na lendária batalha de Tolbiac (em alemão Zülpich, perto de Colônia), Clóvis pediu ajuda “ao Deus de Clotilde” que lhe deu a vitória. Foi então que teria decidido converter-se.

Conta-se que durante o batismo uma pomba desceu do céu trazendo uma ampola que continha um óleo, utilizado para a unção do rei. Essa ampola foi destruída pelos facínoras na Revolução Francesa, restando hoje apenas algumas gotas, conservadas na basílica de São Remi.

Mais tarde tornou-se tradição os reis se fazerem sagrar em Reims. Na atual catedral foram sagrados nada menos que 25 reis de França: de Luís VIII e seus filhos São Luís IX (1223 e 1226) a Luís XVI e Carlos X (1775 e 1825). Uma das sagrações mais célebres foi a de Carlos VII, em 1429, conduzido ao trono por Santa Joana d’Arc, presente no ato.

Apesar de seu projeto não ter sido inteiramente realizado, a catedral de Reims é das mais belas da França e da Europa. Viollet-le-Duc, o gênio da restauração medieval no século XIX, pensava em concluir as torres da catedral com suas agulhas apontando para o céu. Não foi possível.

De qualquer forma, a catedral é uma verdadeira jóia, figura da Jerusalém celeste, que nos convida ao desprezo das banalidades deste mundo para contemplar as belezas inefáveis do paraíso celestial.

sábado, 28 de maio de 2011

Lourdes: novo milagre reconhecido pela Igreja

O francês Serge François [foto], 56 anos, perdera parcialmente o uso da perna esquerda, devido a uma hérnia de disco, e somente injeção de morfina aliviava-lhe as dores. Mas em 12 de abril de 2002, após rezar na Gruta de Lourdes e beber água da sua fonte, ficou curado. Em ação de graças, ele empreendeu a pé uma peregrinação de 1570 km, de Angers até o santuário de Santiago de Compostela (Espanha). O bispo de Angers, D. Emmanuel Delmas, reconheceu “publicamente” sua inexplicável cura. Trata-se do 68º milagre de Lourdes reconhecido oficialmente pela Igreja. Desde as aparições de Nossa Senhora em 1858, a medicina constatou mais de 7.000 curas inexplicáveis. Menos de 1% desses casos foi reconhecido canonicamente como milagre. Só o bispo da diocese do miraculado pode fazê-lo. A cada ano iniciam-se em Lourdes 40 novos processos de apuração de milagres.
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Agência Boa Imprensa

Internet é “tobogã” para ataques diabólicos

Sacerdotes, psicólogos, médicos, advogados e especialistas que participam de curso sobre o exorcismo em Roma alertam: o acesso a novas tecnologias facilita a aceitação das seitas satânicas e do culto ao demônio. O perigo é grave no caso de jovens frágeis ou que vivem em dificuldades. O porta-voz da Universidade Regina Apostolorum, Carlo Climati, definiu o satanismo como um paroxismo de relativismo: “Uma espécie de sociedade ao revés, onde o bem vira mal e o mal vira bem”. O padre exorcista Gabriele Nanni disse que mesmo pessoas curiosas ou à procura de distração que visitam sites de práticas satânicas e ocultismo apenas para conhecer sem desejá-lo, “sofrem ataques do demônio”. A alavanca principal que os impulsiona a cair nos sites perigosos é a moda, e a Internet funciona como instrumento perfeito para as potências infernais.
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Agência Boa Imprensa

China falsificou em grande escala moedas de euro alemãs

A China aplicou golpe multimilionário na Alemanha, reaproveitando ilegalmente toneladas de moedas retiradas de circulação pelo Bundesbank – o Banco Central alemão. As moedas de 1 e 2 euros, semelhantes às de 1 real, tinham apenas seus anéis externos separados da parte interior. A sucata era vendida à China para reciclagem, de modo “ecologicamente correto”. Mas na China as moedas eram remontadas, reenviadas à Alemanha e trocadas por notas no próprio Bundesbank! Entre 2007 e 2010, esse “negócio da China” teria causado um prejuízo de pelo menos 20 milhões de euros. Falsificar moeda é um delito que existe desde que existe moeda. Porém, as falsificações chinesas correspondem a uma política geral, comercial e econômica, que seria inviável sem a ingenuidade — ou cumplicidade — ocidental.
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Agência Boa Imprensa

terça-feira, 17 de maio de 2011

À procura de almas — II



Pe. David Francisquini (*)

Cumpro a promessa feita e retomo o tema da procura de almas em nossos campos — hoje tão desfigurados em relação a um passado não muito remoto — em que patrões e empregados viviam normalmente em perfeita harmonia na troca amistosa de bons ofícios do compadrio reinante. Tal concórdia não era fruto espontâneo da natureza, mas da fé religiosa que a todos iluminava.

No Brasil, dada à situação em que vive infelizmente a maior parte das pessoas que se mudou para as cidades, os pais deixaram de ensinar o catecismo e a história sagrada a seus filhos, pois nem eles mesmos dão exemplo de vida religiosa, temperante e temente a Deus. Confinados em casas populares, sofrem pressão do ambiente para limitar o número de filhos.

Os pretextos para essa nossa atitude se encontram numa “cartilha” na qual os novos citadinos “aprendem” que a vida se tornou implacável e não comporta mais uma prole numerosa a ser educada e alimentada. Enquanto moravam no campo eles usufruíam da fartura de alimentos, da largueza retratada no espaço, além do ganho, resultando em bem-estar, tranqüilidade e alegria de situação.

Contudo, ninguém está disposto a trocar a vida — ainda que precária — da cidade pela vida temperante do campo, levando em conta todas as condições de conforto da cidade. O vazio de nosso interior, até há pouco estuante de vida e símbolo de abundância e fertilidade, constitui eco das desastradas políticas que resultaram no enorme êxodo rural.

Enquanto pastor e orientador de almas, não creio poder inocentar de culpa os promotores de tal política. Com justa razão contestam os proprietários rurais essa política agrária, que protege os ditos sem-terra, oferecendo-lhes toda sorte de regalias, enquanto aqueles que têm vocação para a agropecuária ficam abandonados e até ameaçados.

Um ruralista autêntico reclamou em conversa recente que trabalha mais para o governo de que para seu próprio sustento. Alega ter se tornado praticamente um concessionário do Estado e não mais um legítimo proprietário. A todo o momento recebe visitas de órgãos governamentais para cobrar isso ou aquilo, além de lhe impor mil e uma obrigações sem nenhuma contrapartida.

A figura do proprietário vai desaparecendo em detrimento da figura de mero concessionário do Estado. Qual um deus laico e impostor, o Estado apresenta-se como onisciente, onipotente e onipresente ao querer saber de tudo, abarcar tudo e controlar tudo.

Outro camponês lembrou-me a figura do chupim — pássaro símbolo da preguiça, da depredação e do aproveitador — que ao “chupar” os ovos do tico-tico e botar lá os seus, faz com que o tico-tico os incube para ele, além de criar seus filhotes, alimentando-os por longo período. Só depois de adultos os novos chupins vão sair da tutela do tico-tico para praticar as costumeiras patifarias.

Vai celeremente desaparecendo a verdadeira liberdade dos filhos de Deus. A ferrenha “escravidão” imposta pelo Estado tende a aumentar dia-a-dia o desânimo entre os produtores rurais, e também urbanos, obrigados tanto uns como os outros a carregar nas costas máquina estatal cada vez maior.

A classe média dá mostras de cansaço, e, sem desmerecer a nobreza do legítimo funcionalismo público, o que vemos são filas sem-fim para concursos a um cargo municipal, estadual ou federal. Afinal, todos querem fazer parte da nova “aristocracia”, semelhante à nomenklatura, que pouco produz e leva a maior parte dos frutos e esforços de quem trabalha.

Com a livre iniciativa cerceada, as mentalidades vão mudando a ponto de quase todos reclamarem da presença do Estado na solução dos problemas do cotidiano: na segurança, na saúde, na educação, enfim, na solução de todos os problemas, inclusive na eliminação da pobreza. A consequência disso só pode conduzir a população ao acomodamento e ao torpor das individualidades.

Ao promover o bem comum, o Estado jamais poderá ser um fardo para a sociedade. Seu papel é criar condições para que os indivíduos desenvolvam seus talentos e contribuam para o sadio progresso da Nação, e não como estamos assistindo atualmente no Brasil. Por ocasião das eleições, jornais noticiaram que os “dependentes” do Estado seriam capazes de eleger o presidente.

O que me faz levantar uma pergunta: Que autenticidade tem uma democracia baseada nesses termos?

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(*) Sacerdote da igreja do Imaculado Coração de Maria, Cardoso Moreira - RJ

terça-feira, 10 de maio de 2011

Campanha anti-aborto — abaixo-assinado pela vida inocente desde a fecundação até a morte natural


Paulo Roberto Campos

O Instituto Plinio Corrêa de Oliveira está promovendo uma importante campanha com o objetivo de garantir o fundamental direito à vida — negado por organizações abortistas que se vangloriam de defensoras dos propalados “direitos humanos”.

Trata-se de uma campanha de coleta de assinaturas a favor da introdução na Constituição do Estado de São Paulo de emenda defendendo a vida inocente desde a fecundação até a morte natural. Assim, dificultar-se-á a legalização do aborto e da eutanásia, pois tais práticas, se tipificadas como crime, serão colocadas no mesmo patamar de qualquer atentado contra a vida humana.

Pela Constituição do Estado de São Paulo (art. 22 §4º), é possível apresentar uma PEC (Projeto de Emenda Constitucional) de iniciativa popular, desde que se obtenha a aprovação de 1% do eleitorado do Estado (aproximadamente 300 mil assinaturas válidas). Com a ajuda da Providência Divina e o esforço de todos, poder-se-á obter uma cifra ainda maior.

A fim de que essa campanha alcance o maior resultado possível, convidamos os correspondentes da Agência Boa Imprensa a participar dessa ação, pedindo-lhes que estendam esse convite a seus respectivos leitores.

Para subscrever o abaixo-assinado basta um click no seguinte link: www.saopaulopelavida.com.br 

Para melhor conhecer a iniciativa, recomendamos o site: http://www.ipco.org.br/home/




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PS: Para participar desse abaixo-assinado virtual é necessário possuir Título Eleitoral do Estado de São Paulo. Os que não o possuírem poderão auxiliar divulgando essa iniciativa entre seus conhecidos paulistas. Caso se alcance êxito no Estado de São Paulo, haverá mais facilidade para obter aprovação análoga em outros estados, e depois na própria Constituição Federal. Será uma grande vitória na luta contra a matança de inocentes no Brasil, e que poderá influenciar movimentos análogos no exterior.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A “bela primavera” descansou em Deus


Helio Dias Viana (*)

Oriunda de estirpes de alta linhagem e célebre pela ferrenha oposição que ofereceu ao comunismo no Vietnã, aos 86 anos faleceu piedosamente em Roma a indômita Madame Ngô Dinh Nhu [foto acima, no centro], cujo nome de solteira – Tran Xuan – significa “bela primavera”. Ela contava 86 anos. Era Domingo da Páscoa, na bela primavera européia.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Continuam as perseguições aos cristãos no mundo islâmico

Missa pelo repouso da alma de Shahbaz  Bhatti, o único ministro católico do governo  paquistanês, assassinado pelo terrorismo islâmico

Heitor Abdalla Buchaul (*)

Vivemos numa época em que as palavras paz, amor, compreensão são banalizadas, esquecendo-se seu significado nobre e profundo, enquanto todos os erros, imoralidades e pecados são justificados. Ao mesmo tempo, a grande mídia e os órgãos políticos internacionais parecem fechar os olhos para a escalada da perseguição contra os cristãos no mundo islâmico.

É neste contexto que no último sábado, dia 30 de abril, uma turba de muçulmanos atacou uma escola dirigida por missionários cristãos no Paquistão, destruindo seus móveis e causando diversos outros danos materiais. Os manifestantes, que diziam estar agindo contra uma suposta “profanação” do Alcorão, eram mais de 500 e tencionavam fazer o mesmo em uma igreja na localidade de Lahore, no centro do país, mas foram impedidos pela polícia.

Anteriormente, no dia 2 de março, em plena luz do dia e após receber diversas ameaças de morte, foi assassinado Shahbaz Bhatti, de 42 anos [foto], o único ministro católico do governo paquistanês. Seu crime? Opor-se à lei islâmica da blasfêmia que castiga com pena de morte quem ofender o Alcorão. Fato análogo aconteceu em janeiro com Salman Taseer, governador do Punjab, morto por um dos seus guarda-costas.

A lei da blasfêmia fora alegada no famoso caso de Asia Bibi [foto], católica condenada à morte naquele país. Em 2009, após discutir com colegas de trabalho que tentavam pervertê-la ao islamismo, ela lhes respondeu com estas corajosas palavras: “Jesus está vivo, mas Maomé está morto; nosso Cristo é o verdadeiro profeta de Deus”. Ela está presa desde então, aguardando a sentença, mas ficou muito doente devido às péssimas condições de higiene da solitária em que foi alojada.