Missa pelo repouso da alma de Shahbaz Bhatti, o único ministro católico do governo paquistanês, assassinado pelo terrorismo islâmico |
Heitor Abdalla Buchaul (*)
É neste contexto que no último sábado, dia 30 de abril, uma turba de muçulmanos atacou uma escola dirigida por missionários cristãos no Paquistão, destruindo seus móveis e causando diversos outros danos materiais. Os manifestantes, que diziam estar agindo contra uma suposta “profanação” do Alcorão, eram mais de 500 e tencionavam fazer o mesmo em uma igreja na localidade de Lahore, no centro do país, mas foram impedidos pela polícia.
Anteriormente, no dia 2 de março, em plena luz do dia e após receber diversas ameaças de morte, foi assassinado Shahbaz Bhatti, de 42 anos [foto], o único ministro católico do governo paquistanês. Seu crime? Opor-se à lei islâmica da blasfêmia que castiga com pena de morte quem ofender o Alcorão. Fato análogo aconteceu em janeiro com Salman Taseer, governador do Punjab, morto por um dos seus guarda-costas.
A lei da blasfêmia fora alegada no famoso caso de Asia Bibi [foto], católica condenada à morte naquele país. Em 2009, após discutir com colegas de trabalho que tentavam pervertê-la ao islamismo, ela lhes respondeu com estas corajosas palavras: “Jesus está vivo, mas Maomé está morto; nosso Cristo é o verdadeiro profeta de Deus”. Ela está presa desde então, aguardando a sentença, mas ficou muito doente devido às péssimas condições de higiene da solitária em que foi alojada.
Quando da condenação à morte do governador do Punjab, Dom Lawrence Saldanha, Arcebispo de Lahore e Presidente da Conferência Episcopal Paquistanesa, alertou para a crescente perseguição aos cristãos: "No Paquistão, o número de pessoas em risco de morte aumentou. Ficou claro com esse assassinato que qualquer pessoa que se oponha à lei sobre a blasfêmia corre risco".
No Ocidente não houve nenhum grande pronunciamento, nenhuma grande campanha contra os referidos crimes. E em muitos lugares de países de maioria católica o crucifixo vem sendo abolido para não “ofender” as chamadas minorias. E quem se levanta pelos cristãos perseguidos? Quem luta contra a cristofobia?
Ao mesmo tempo em que devemos esperar confiantes na Providência, que nunca abandona os que crêem n’Ela, prossigamos no combate pela verdadeira Fé na admiração desses mártires dos nossos tempos.
* * *
_______________
(*) Heitor Abdalla Buchaul é colaborar da ABIM
Nenhum comentário:
Postar um comentário