A esquerda está em crise em toda a Europa, deplorou o diário “Le Monde” de Paris. Dos 27 países da União Européia, 19 têm governo de direita, e os de esquerda estão em maus lençóis. O Partido Democrata Italiano (ex-comunista) desapareceu do Parlamento. A extrema-direita agigantou-se nas eleições de setembro na Áustria. O Partido Socialista Francês perdeu três eleições presidenciais consecutivas e é devorado por acusações internas.
O resultado das recentes eleições no Brasil foi um “banho de água fria” nos partidos de esquerda. Sobretudo o PT saiu muito enfraquecido. O professor de filosofia Paulo Arantes, porta- voz de um marxismo anacrônico, afirmou na USP (Universidade de São Paulo) que a esquerda brasileira está fazendo “uma confissão tácita de que não temos futuro”. Arantes defendeu como “única opção disponível” a dos “direitos humanos”. Opção, aliás, bem modesta para os defensores incorrigíveis da utopia marxista.
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