quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Renasce perseguição religiosa no Equador

  • Hélio Viana (*)
No séc. XXI, o presidente do Equador, Rafael Correa, parece estar retomando o caminho de seu tio-bisavô, o presidente Eloy Alfaro, perseguidor da Igreja católica em fins do século XIX e início do século XX, ao alinhar-se ao bolivarianismo de Hugo Chávez, notoriamente socialista e anticatólico, cuja constituição, com as devidas adaptações, adotou.

E de tal maneira, que nem sequer dissimula quem são seus mentores: os mesmos encarregados de elaborar os projetos de constituição de Hugo Chávez e de Evo Morales, segundo informa a Agência Católica de Notícias (ACI). Trata-se dos espanhóis Roberto Viciano e Albert Noguera, da Fundación Centro de Estudios Políticos y Sociales (CEPS), ONG valenciana simpatizante das FARC e do ELN da Colômbia e ligada ao governista Partido Socialista Obrero Español (PSOE).

Em seus 444 artigos, a nova constituição equatoriana, entre outras coisas censuráveis, abre as portas à introdução do aborto e do “casamento" homossexual, além de subtrair dos pais a função de educar os filhos.

Por exemplo, embora em seu artigo 66, inciso 1º, ela reconheça a “inviolabilidade da vida”, em nenhum lugar menciona que essa inviolabilidade deve ser respeitada desde o momento da concepção, e não a partir do nascimento. E no inciso 10º assegura um pretenso direito das pessoas a tomarem decisões livres sobre a “vida reprodutiva”, sem alusão ao respeito devido à vida dos seres que estão no ventre materno.

Por outro lado, o projeto de constituição, que já foi aprovado por referendo em 28 de setembro, não assegura o direito de propriedade, ao valer-se da vaga expressão direito ao acesso à propriedade, que se tornará efetivo com a adoção de políticas públicas.

O documento vem provocando grandes reações naquele país majoritariamente católico. A própria Conferência Episcopal, que assistiu com simpatia a ascensão de Rafael Correa, sentiu-se impelida a divergir dele a partir do momento em que tomou conhecimento do texto da constituição. Mas seus pronunciamentos vêm sendo rudemente rebatidos por Correa, que chegou a declarar que “não toleraria sermões nem instruções de ninguém”, ao mesmo tempo em que conclamava os equatorianos a “dizerem sim ao futuro, sem os medos ancestrais à batina ou à vingança final de Lúcifer”. Afirmou ainda que esta “é a última oportunidade para uma mudança pacífica no Equador”.

Partidários de Rafael Correa estão sendo acusados de perpetrar sacrilégios em pelos menos três igrejas de Guayaquil, a cidade mais populosa do país, onde as hóstias foram tiradas dos sacrários e pisoteadas. O arcebispo da cidade organizou missas de desagravo pelas inomináveis ofensas, tendo seu porta-voz afirmado que Nosso Senhor está sendo novamente crucificado no Equador.
Hélio Viana é colaborador da Agência Boa Imprensa (ABIM)

Um comentário:

Anônimo disse...

mt obrigada pl blog, sendo eu d portugal. espero k cont a dar a verdadeira informação, pois pouco s sabe sobre as verdades do mundo e s sertas "instituições" anti-cristãs.
Espero cont a receber as informações por mail.
Abraço,
Olga