quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Aborto: o artigo que outrora eu não precisaria escrever...


Roger Luis Vargas (*)


Foi recentemente lançado o Catecismo contra o aborto: Por que devo defender a vida humana, de autoria do Pe. David Francisquini. Este opúsculo trata da questão do aborto à luz da doutrina católica, da Lei natural e da ciência médica.


Nele o assunto é apresentado em forma de perguntas e respostas. São respondidas as principais objeções apregoadas e difundidas a todo momento, tanto na mídia como em nossos meios (mesmo em círculos ditos católicos).
O livro explica em que consiste o sagrado dom da vida na Terra. Discorre sobre os diferentes métodos utilizados no procedimento do aborto. Relembra verdades esquecidas como o “aborto é um pecado que brada aos Céus e clama a Deus por vingança”. Aprofunda-se no tema, discorrendo sobre as relações do nascituro e a intimidade deste com Deus. Alerta sobre as seqüelas deixadas na mãe –– não somente físicas, mas também psicológicas.

Por fim, após discorrer sobre a questão legal do aborto no Brasil, termina com um apêndice sobre o aborto em nível internacional.

Não creio que pessoa alguma possa afirmar que tal obra não tenha uma importância fundamental em nossos dias. Livro destinado não apenas àquelas que serão chamadas a ser mães, mas a todos aqueles preocupados com a Lei de Deus e a vida humana.

Segundo estatísticas oficiais, a cada ano são contabilizados 46 milhões de abortos em todo o mundo (perfazendo um total de aproximadamente 1 bilhão a cada 22 anos). Todavia, não é possível chegar ao número real de abortos já cometidos, visto que em 1919 o aborto já era legal na Rússia comunista.

Imagino-me voltando um século no tempo e escrevendo o mesmo artigo, alertando as futuras mães a não incorrerem em tão grave pecado. Creio que, em minha viagem histórica regressiva, eu seria alvo do repúdio da sociedade de outrora, por julgar o artigo deslocado, tão impensável era o aborto naquela época. Donde me veio a inspiração para o título deste artigo, uma maneira de ajudar a todos que vivemos numa sociedade materializada e amoral –– a civilização do século XXI –– a refletir sobre a afirmação: Um artigo que outrora eu não precisaria escrever...
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(*) Roger Luis Vargas é colaborador da ABIM


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