- Heitor Abdalla Buchaul (*)
Representava a Igreja o prelado Dr. Ludwig Schwarz, bispo diocesano de Linz, que ressaltou a importância do descanso dominical, como prática milenar instituída pela Igreja Católica, com efeitos benéficos para a boa convivência entre as pessoas e repouso necessário, devido ao trabalho semanal.
Thomas Mann (EPP/CDU), vice-presidente da Comissão do Emprego e Assuntos Sociais no Parlamento Europeu [foto], foi quem propôs a realização da conferência, cabendo-lhe a abertura e também foi o moderador.
Estava presente o comissionario da E.U., Lázló Andor, que prometeu ouvir todos os lados envolvidos na questão, tendo afirmado anteriormente que cada país pode decidir o que desejar quanto à questão do domingo.
Foi interessante a exposição do Prof. Dr. Friedhelm Nachreiner, lente de psicologia experimental na Universidade de Oldenburg (Alemanha). Ele comprovou, baseado em estatísticas, a importância do repouso dominical para a saúde, produtividade e mesmo quanto aos acidentes de trabalho, muito mais numerosos entre os que trabalham aos domingos.
O deputado Elmar Brok (EPP/CDU) ressaltou a importância do repouso dominical como fator da indiscutível herança da tradição cristã na Europa.Vários representantes pronunciaram-se no mesmo sentido. Uma das deputadas salientou que o povo europeu é em sua maioria conservador no que se refere ao repouso dominical.
Martin Kastler tomou a iniciativa de recolher assinaturas no site http://www.freesunday.eu/ , contra o trabalho aos domingos.
Praticamente todos os discursos ressaltaram a importância das reuniões sociais e familiares aos domingos, como fator fundamental para a educação das crianças e estabilidade familiar.
Alguns poucos oradores abordaram o tema das minorias na Europa e as pontes que devem ser estabelecidas para a integração das mesmas, que é um dos objetivos da União Européia. Dentre essas minorias destacam-se os muçulmanos. Sendo o repouso dominical uma prescrição cristã, segundo tais oradores, deve ser ele abolido em nome da anti-discriminação de minorias. O que a Europa fará então em face dessa situação?
________________
(*) Heitor Abdalla Buchaul é colaborar da ABIM
Um comentário:
Acho muito triste esta busca para acabar com o carater proprio do domingo, do repouso, da missa, do almoço em família, das visitas etc., para que o domingo seja um dia comum, como os demais dias da semana, de trabalho.
Além de ser um dia do Senhor, é uma dia da família. Aqueles que querem acabar com o domingo, querem tambem acabar com Deus e com a família. Esta é minha colocação sobre esta discussão. Por isso acho muito importante esta notícia da discussão no parlamento europeu, porque daqui há pouco será no Brasil. Aqui já é muito ruim esse tipo de abrir o comércio aos domingos, supermercados etc.
GOSTARIA MUITO DE FAZER UMA MOVIMENTAÇÃO COM O LEMA: "O DOMINGO É NOSSO, É DE DEUS, É DA FAMÍLIA E NÃO DO TRABALHO!".
Podendo as pessoas ter um domingo livre, elas até produzirão muito mais no trabalho nos outros dias.
Viva o domingo da missa, da macorronada, das visitinhas aos parentes, do bolinho da tarde, das rodinhas, das crianças brincando enquanto seus pais põem o papo em dia. Uma semana sem domingo é um doce sem açucar, um "doce" de sal.
Abraços dominicais do Pacheco
Postar um comentário