Leo Daniele (*)
Poucas coisas existem simples como a desigualdade. Poucas
complicadas, torcidas e equivocadas, como o igualitarismo.
Neste mundo sem dogmas e sem religião, o igualitarismo é uma
espécie de “dogma”. Para os igualitários, as desigualdades são como as doenças:
não se consegue evitá-las completamente, mas é preciso afastá-las o quanto for
possível.
Verdadeiro ou falso? Falso! Como se lê no livro Nobreza e
Elites Tradicionais análogas, de Plinio Corrêa de Oliveira (ao lado foto da capa) . E inclusive a
sabedoria imemorial de todos os povos rejeita essa concepção igualitária.
A falta de espaço impede uma explanação metódica e completa
sobre o tema das desigualdades, como a faria o ilustre autor, considerado “o teólogo
das desigualdades sociais”. Ouçamos, entretanto, em breves sentenças o eco da
sabedoria dos povos e dos milênios, sobre esse asssunto.
- O velho Eurípedes afirmava que a igualdade não tem outra existência que a de seu nome.
- Plutarco observava que a distância de animal a animal de espécies diversas não é tão grande quanto a que vai de homem a homem.
- Constatam os árabes que até os cinco dedos da mão não são iguais.
- Os alemães, de seu lado, recomendam a quem procura a igualdade, que vá ao cemitério.
- Dizem os indianos: “Entre os homens, uns são jóias, outros pedregulhos”.
- Com espírito, acrescentam os turcos: “Os cisnes pertencem à mesma família que os patos, só que eles são cisnes”.
- Os gregos sentenciam: “Se o sol não existisse, seria noite apesar da presença de todas as estrelas”.
- Vauvenargues remata: “A natureza nada fez de igual; sua lei soberana é a submissão e a dependência”.
E cada leitor pode acrescentar suas observações, pois até
duas gotas de água da chuva que caem numa vidraça são desiguais. Se isso é
assim, é porque Deus quis que assim fosse. Vamos, então, para as alturas! “Sede
perfeitos, como vosso Pai celeste é perfeito”, ensinava Nosso Senhor Jesus Cristo.
O que concluir? Deus é o autor de todas as desigualdades e,
respeitada a igualdade fundamental proveniente do fato de todos os homens terem
a mesma natureza e os mesmos direitos fundamentais, devemos amar as
desigualdades acidentais entre eles, se queremos amar a Deus.
Bem… se isto for visto assim por muitos, será natural a
formação de numerosas elites. Sim, de verdadeiras elites. De elites
tradicionais. De elites autênticas. De cuja ausência, hoje tanto se ressente a
sociedade brasileira.
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(*) Léo Daniele é colaborar da ABIM
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(*) Léo Daniele é colaborar da ABIM
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