Os últimos meses foram os mais tumultuados nas fábricas chinesas. Houve greves nas linhas de produção da Honda, Apple e IBM. Segundo a associação China Labor Watch, os gerentes impunham jornadas de trabalho das 7h30 até meia-noite ou ainda mais rigorosas aos empregados. Milhares de operários paralisaram cinco fábricas da Pepsi e sete mil empregados de uma fornecedora para as marcas New Balance e Nike interromperam a produção. Os descontentes coordenam-se através de torpedos e microblogs. Em Dongguan, cidade do trabalho em regime semi-escravo, o governo socialista prometeu mitigações. Mas 400 operárias suspenderam o trabalho em protesto contra “um sistema de pagamento por peça e cotas de produção diária impossíveis de cumprir”. O estopim se acendeu quando o gerente de uma fábrica, respondendo a uma das operárias sobre os suicídios de trabalhadores imigrantes, disse: “Pule do telhado e vá para o inferno!”.
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Agência Boa Imprensa
Um comentário:
E a "grande imprensa"...nada.
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