quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Fraqueza da família é sinal claro de totalitarismo


Gabriel J. Wilson

Na família “aprendemos que o verdadeiro papel do Estado é de estar ao serviço dos cidadãos e não de reinventar a humanidade segundo pressupostos ideológicos artificiais: o primeiro e o mais evidente sinal de que o totalitarismo se aproxima é o afundamento da família”, afirmou a deputada Anna Záborská [foto], representante da Eslováquia no Parlamento Europeu de Estrasburgo, em entrevista ao semanário francês Valeurs Actuelles, de 18 de Novembro de 2010.

Filha do médico e bioquímico Anton Neuwirth, católico praticante, condenado pelo regime comunista checo a 12 anos de prisão por ensinar as teorias de um americano, prémio Nobel de química, Anna Záborská foi eleita deputada europeia em 2004, sendo escolhida para chefiar a comissão dos Direitos das mulheres. Ela aí descobre que sua tarefa não é fácil:

“Sob a pressão de lobbies bem organizados, por vezes financiados pela própria Comissão europeia, torna-se difícil fazer valer a ideia de que nenhum compromisso é possível sobre a dignidade da mulher, o respeito à vida desde a concepção até a morte natural e à família composta de esposo, esposa e seus filhos.”

Mas ela não desanima ao lembrar-se de uma parte de sua família desaparecida nos campos nazistas e das raras visitas que pôde fazer a seu pai nas prisões comunistas.

“Nós, do Este europeu, acrescenta, temos uma espécie de sistema antivírus no nosso cérebro. O maior perigo é o politicamente correcto, que pode nos fazer trair as nossas convicções. Quando o virus da mentira se aproxima, nós o percebemos por instinto”.
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(*) Gabriel J. Wilson é colaborador da ABIM

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