sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Assim na Terra como no Céu! (II)


Pe. David Francisquini *

A doutrina, os ensinamentos e os sacramentos da Igreja Católica elevam o homem à vida sobrenatural e o fazem conhecer as verdades da fé. À Igreja cabe civilizar a humanidade, tornando a mensagem do Evangelho presente na arte, na música, na arquitetura, na escultura, na pintura, no desenvolvimento econômico, social, político, jurídico, nas ciências naturais e humanas.

Ela propicia assim o ambiente para que o homem desenvolva seus talentos e as sociedades tendem à perfeição, obtendo o grau de felicidade possível neste vale de lágrimas, antecipação do gozo do Céu.

Ainda se pode notar muitos elementos disso no continente europeu, cujos alicerces foram profundamente marcados pelos sinais da fé católica [como na foto acima], que aprimora e completa a Lei natural, inserida por Deus na própria natureza humana. Tal lei inclina o homem a praticar o bem.

De outro lado, devido ao pecado original, existe também no homem uma tendência arraigada que o impele ao vício, agravada pelas quedas no pecado e pelas tentações provocadas pelo demônio. O homem tem sede de absurdo e de pecado, por ter sido sua natureza vulnerada pelo pecado de soberba e de desobediência de nossos primeiros pais, Adão e Eva.

Um regime comunista — como o vigente além da antiga Cortina de Ferro, e atualmente na China, em Cuba [foto da capital, Havana] ou do neocomunismo bolivariano de Chávez na América Latina —, poderia ser classificado como aquele cujas leis e costumes são moldados visando impulsionar, em toda a medida do possível, os efeitos do pecado original na sociedade, impedindo qualquer bom movimento dela rumo a Deus.

Tais regimes promovem perseguição religiosa, procuram por todos os meios a extinção da fé, levam os homens à blasfêmia e criam obstáculos para a normal e pacífica celebração do culto, além de espalhar toda sorte de vícios, tendentes ao completo desregramento dos homens. Por isso, tais regimes antinaturais e anticristãos surgem e se mantêm pela força.

Sua conseqüência? — A barbárie da qual decorrem a decadência, a preguiça, o caos mental, a violência, a loucura, o suicídio, a bebedeira, o autoritarismo, as injustiças de toda ordem, a miséria, a sujeira. Nada funciona e as doenças proliferam. Há fome, guerras, rebeliões, massacres, campos de concentração.

São regimes cuja missão é construir uma sociedade inteiramente oposta aos dez Mandamentos da Lei de Deus. Rejeitam a propriedade privada, invadem a esfera privada do indivíduo e da família, propagam o amor livre e toda sorte de vícios para causar a completa dissolução da família. A Terra transforma-se numa imagem do inferno.
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(*) Sacerdote da Igreja do Imaculado Coração de Maria, Cardoso Moreira - RJ

Jornal inglês pergunta: China saqueia o Brasil?


O presidente chinês, Hu Jintao, recebido em Brasília pelo presidente Lula 
 O periódico britânico “The Guardian” indaga se a China é uma saqueadora do Brasil. A construção de um enorme complexo portuário e industrial no estado do Rio de Janeiro, apelidado “Estrada para a China”, está na origem do comentário. Entre diversos empreendimentos chineses no Brasil, os investimentos no super-porto do Açu garantiriam à China o acesso a recursos naturais fundamentais de nossa Pátria. Na África a China expande-se rapidamente, e após garantir a presença, utiliza métodos extorsivos contra os países e contra o grande número de empregados que contrata.
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Agência Boa Imprensa

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Fraqueza da família é sinal claro de totalitarismo


Gabriel J. Wilson

Na família “aprendemos que o verdadeiro papel do Estado é de estar ao serviço dos cidadãos e não de reinventar a humanidade segundo pressupostos ideológicos artificiais: o primeiro e o mais evidente sinal de que o totalitarismo se aproxima é o afundamento da família”, afirmou a deputada Anna Záborská [foto], representante da Eslováquia no Parlamento Europeu de Estrasburgo, em entrevista ao semanário francês Valeurs Actuelles, de 18 de Novembro de 2010.

Filha do médico e bioquímico Anton Neuwirth, católico praticante, condenado pelo regime comunista checo a 12 anos de prisão por ensinar as teorias de um americano, prémio Nobel de química, Anna Záborská foi eleita deputada europeia em 2004, sendo escolhida para chefiar a comissão dos Direitos das mulheres. Ela aí descobre que sua tarefa não é fácil:

“Sob a pressão de lobbies bem organizados, por vezes financiados pela própria Comissão europeia, torna-se difícil fazer valer a ideia de que nenhum compromisso é possível sobre a dignidade da mulher, o respeito à vida desde a concepção até a morte natural e à família composta de esposo, esposa e seus filhos.”

Mas ela não desanima ao lembrar-se de uma parte de sua família desaparecida nos campos nazistas e das raras visitas que pôde fazer a seu pai nas prisões comunistas.

“Nós, do Este europeu, acrescenta, temos uma espécie de sistema antivírus no nosso cérebro. O maior perigo é o politicamente correcto, que pode nos fazer trair as nossas convicções. Quando o virus da mentira se aproxima, nós o percebemos por instinto”.
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(*) Gabriel J. Wilson é colaborador da ABIM

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Assim na Terra como no Céu! (I)


Pe. David Francisquini *

Muitos leitores já se terão talvez perguntado sobre as repercussões na vida do homem e da sociedade de um dado regime político. Da monarquia, aristocracia ou democracia, por exemplo. Se tal influência existe, ela deverá também existir num regime totalitário, materialista e igualitário, que nega o Direito natural e divino.

Com efeito, o Estado exerce uma grande e contínua influência pedagógica sobre a população. Esta será boa se seus dirigentes com sua conduta pessoal derem bons exemplos e elaborarem leis gerais condizentes com essa conduta; e será má, caso suceda o contrário.

Um povo cujos dirigentes negam a existência de Deus, do Céu e do inferno e procuram estabelecer a negação sistemática dos mandamentos da Lei de Deus, tende para o caos e a desordem, o morticínio, a violência, o desregramento e o preternatural. É o que constatamos na maioria das nações do mundo de hoje, incluindo o Brasil.

Assim como nas plantas existe o fenômeno do heliotropismo, que é a busca da luz solar, há no homem um movimento natural e possante que poderíamos chamar de Teotropismo, que é a busca de Deus. Por ser essencialmente religioso, o homem tende para Deus.

Seu fim é conhecer, amar e servir a Deus neste mundo, e depois da morte contemplá-Lo face a face no Céu, no gozo da felicidade eterna. E a Igreja Católica Apostólica Romana, instituída por Nosso Senhor Jesus Cristo, é o instrumento necessário para a salvação, pelo fato de dispor de todos os meios para o homem alcançar o fim último que é Deus.

Sobre isto especificamente, tratarei no próximo artigo.
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(*) Sacerdote da igreja do Imaculado Coração de Maria, Cardoso Moreira - RJ

Na tragédia, o Chile voltou-se para a Religião

O dramático e feliz resgate dos 33 mineiros chilenos, soterrados durante 70 dias, inspirou um movimento de religiosidade no povo chileno. Essa religiosidade parecia soterrada pelo ambiente hodierno de laicismo, imoralidade e igualitarismo. Porém, diante da ameaça de morte, os mineiros montaram um altar no refúgio que poderia ter sido seu túmulo; e, logo que puderam, pediram imagens religiosas. O exemplo repetiu-se em todo o país, e até o presidente chileno “instalou no palácio presidencial uma imagem de São Lourenço, padroeiro dos mineiros”.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

A mídia sob ameaça no Brasil

Na infeliz Venezuela a mídia não pode divulgar notícias desagradáveis ao governo chavista

Leo Daniele *

No mundo das nuvens, nada mais “inocente” do que a expressão “conselho popular”. É pelo menos o que insinua o texto do PNDH-3 (Terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos), onde esta palavra pode ser encontrada em grande profusão. E emerge de nosso subconsciente, talvez, a imagem tão brasileira de uma vovó, sentada com sua netinha no colo, e sussurrando-lhe bondosas palavras de conselho.

Dificilmente nos virá à mente que o poder comunista na Rússia começou exatamente com conselhos populares, chamados sovietes, os quais, antes de tomar o poder, formaram uma instância alternativa, uma espécie de governo paralelo, até que os tempos ficaram maduros para esse poder paralelo derrubar o “outro”, tornando-se o único, e ditatorial, governo da nação russa.

Essa introdução vem a propósito da lei fiscalizadora da imprensa já elaborada no Ceará, e em pauta nos Estados governados pelo PT, Alagoas, Piauí e Bahia, nos quais se pretende constituir conselhos populares para atuar no controle dos órgãos de comunicação.

Evidentemente, com os recentes êxitos eleitorais do PT, essa tendência vai se ampliar, sendo com certeza alegada a “necessidade de democratização da mídia”.

O passo seguinte vai ser a necessidade de coordenação nacional, surgindo então um Conselho Brasileiro de Comunicação (que chamarão talvez de Cobraco), diverso do Conselho de Comunicação, previsto na Constituição e já existente. Sob o tacão desse órgão por enquanto imaginário, a mídia estará sob controle do governo, como o está na infeliz Venezuela de Chávez.

Veremos então a contradição de ser cerceado o direito humano à informação, em nome de hipotéticos "direitos humanos" tais como os expõe o Programa Nacional de Direitos Humanos, que poderia ser chamado Programa Nacional de Cerceamento dos Direitos Humanos. O poder público disporá então de um dispositivo que bem poderia ser chamado de “direito” à mentira, por parte da esquerda encastoada no Governo.

Mas o conselho para controle da mídia não será o único potencial soviete. Segundo o PNDH-3, haverá um serviço especializado na criação e administração de inúmeros conselhos populares das mais variadas formas e conteúdos, inclusive – pasme-se! – um “para a diversidade religiosa e espaços de debate e convivência ecumênica para fomentar o diálogo entre estudiosos e praticantes de diferentes religiões” (PNDH-3). É o Estado intrometendo-se claramente no campo religioso. Seria ridículo se não fosse um desatino tremendo e potencialmente persecutório.

Admitindo-se a semelhança de tais conselhos com os “sovietes” comunistas, teremos chegado, de fato, se não oficialmente, à condição de República soviética do Brasil. Pois a palavra “soviética” vem de “soviete”, e os sovietes − quem não vê isso − são o modelo dos conselhos como o PNDH-3 indica.

Quem viver, verá.
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(*) Leo Daniele é colaborador da ABIM