Tem sido feita uma associação de ideias entre a crise econômica da China e o monstro Frankenstein. Veremos porque.
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Leo Daniele (*)
Iniciemos com a crise econômica da China. Não parece que seja coisa passageira. “Há preocupações com a China e há pouca coisa para as pessoas ficarem otimistas no momento. As coisas têm caído como uma pedra. Parece um pouco brutal demais para que seja apenas uma retração saudável”, disse o diretor de negociações da MB Capital, Marcus Bulius.[1]
Notícias econômicas veiculadas pela imprensa estatal da China provocaram uma queda generalizada nas bolsas de valores de todo o mundo. Um comentário publicado pela agência estatal de notícias Xinhua sugeriu que o governo não tomará qualquer ação em breve.
No passado, tais perdas foram acompanhadas pela entrada de investidores a fim de comprar ações na baixa, mas Bulius disse que ele não compraria ações nos níveis atuais. “Eu não iria querer pegar uma faca em queda”, afirmou.[2] Tais notícias derrubaram as bolsas de valores de todo mundo, inclusive do Brasil. A bolsa brasileira teve “um desempenho ainda pior que o das outras bolsas ao redor do mundo, [...] Notícias veiculadas pela imprensa estatal da China no fim de semana sinalizaram que essa crise de liquidez deve persistir”.[3]
Mas por que motivo comparar a economia chinesa com o terrível Frankenstein? Como se sabe, era um personagem criado pela romancista Mary Shelley. O romance relata a história de Victor Frankenstein, um estudante de ciências naturais que constrói um monstro em seu laboratório. O ser fantástico se volta contra seu criador. A história se desenvolve através de vários assassinatos.
É uma história de horror. Será de horror a história dessa economia, e do mundo paganizado que a deixou expandir-se acima de qualquer limite, e que é o cenário onde os acontecimentos se passam?
[1] "O Estado de S. Paulo", 25-6-2013.
[2] OESP, 25-6-2013.
[3] OESP, 25-6-2013.
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(*) Leo Daniele colaborador da Agência Boa Imprensa (ABIM)
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