Ao meditarmos o mistério da Paixão de Nosso Senhor Cristo cravado no madeiro da Cruz, salta-nos uma pergunta: por que Nosso Senhor — a própria inocência, que passou a vida fazendo o bem — tem morte tão cruel e é abandonado por todos, exceto por Nossa Senhora?
Ele não só disse, mas acompanhou com o exemplo de sua dolorosa Paixão que não se pode amar mais alguém do que dar a vida por ele. Assim, Nosso Senhor nos amou com infinito amor, e depois de nos ter amado, ofereceu-se a Si mesmo como vítima imaculada e resplandecente.
A divina oblação pelos nossos pecados nos remiu, abriu as portas do Céu e, ao mesmo tempo, nos concedeu os meios eficazes para aplicar sobre nós os frutos de sua Paixão: os sacramentos. Deus se compadece de nós mais do que nós mesmos. E infinitamente mais do que as nossas próprias mães, que nunca se esquecem do fruto de suas entranhas.
E, ainda que o fizessem, “Eu nunca me esquecerei de ti”, diz o próprio Deus. (Is. 49, 15). Outras figuras nos livros sagrados que nos mostram o desvelo de Deus pelos homens são os campos férteis, os prados ensolarados, os regatos, as fontes, os vinhedos e o pastor de ovelhas que com cuidado apascenta seu rebanho.
Jesus Cristo é o verdadeiro Pastor. Ele instituiu — qual rochedo inabalável junto às águas tempestuosas — a Santa Igreja Católica Apostólica Romana, com a promessa de que as portas do inferno nunca prevalecerão contra Ela. Cumulou-a da cura das almas, a economia da graça divina, das armas espirituais para combater o mal e promover o bem.
Tal como o pastor zeloso por seu rebanho, a Santa Igreja afugenta os lobos e os perigos que nos rondam. Infunde-nos pelo Batismo a vida sobrenatural e purifica nossas consciências das obras mortas; concede-nos o privilégio inaudito da Confissão, que restaura a graça perdida pelo pecado mortal; fortalece-nos com uma graça que sequer os anjos têm: a sagrada Eucaristia.
Ezequiel profeta diz: “Dar-vos-ei um coração puro, e um novo espírito porei no meio de vós; tirarei o coração de pedra de vosso corpo e vos darei um coração de carne. Colocarei o meu espírito em vosso interior, e farei que caminheis em meus preceitos, guardando e praticando meus mandamentos”. (Ez. 36; 26).
Devido ao pecado original e às nossas faltas atuais — sobre cuja malícia nunca é demais insistir —, seríamos incapazes de apetecer essa vida divina. Quem no-la proporciona é o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo, pelos merecimentos de sua dolorosa Paixão e Morte de cruz.
Como um sol que se põe a brilhar no firmamento das almas, Ele abriu para o homem uma perspectiva cheia de esperança e de certeza. Nossa salvação — bem ao contrário do que sucedia no mundo antigo — tornou-se muito mais fácil com a Paixão. Com a Nova Lei, só se perde quem quiser.
Distante de Nosso Divino Salvador, o mundo neopagão de nossos dias vive inutilmente à procura do gozo da vida, da felicidade já, agora e para sempre... Com isso, de que adiantou Nosso Senhor ter sofrido e padecido a morte de cruz com padecimentos inenarráveis, a ponto de exclamar: “Deus meu, Deus meu, por que me abandonastes?”
Na morte de Nosso Senhor, os elementos da natureza se desencadearam: o sol se velou, a terra estremeceu, os sepulcros dos mortos se abriram e houve desolação em toda a parte. Por quê? — “Povo meu, que te fiz eu, em que te contristei? Como paga de todos esses bens, tu preparaste uma Cruz para teu Salvador? Que mais deveria fazer que não tivesse feito?”
A exemplo dos Apóstolos, também nós devemos procurar a Virgem das Dores, em quem encontraremos a bondade, a misericórdia, o perdão e a clemência. Arrependamo-nos sinceramente, confessemos com toda a confiança os nossos pecados diante de um sacerdote e aproximemo-nos da sagrada mesa da Eucaristia. Assim teremos aproveitado a Semana Santa, e, quiçá, a vida como peregrino nesta Terra.
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* Sacerdote da igreja do Imaculado Coração de Maria, Cardoso Moreira – RJ
quarta-feira, 31 de março de 2010
Que utilidade há no Meu sangue?
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Internet e celulares geram patologias psiquiátricas

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(Agência Boa Imprensa)
China: enfrentamento católico à perseguição comunista

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(Agência Boa Imprensa)
segunda-feira, 22 de março de 2010
Marcha contra o aborto e o PNDH-3
- Paulo Roberto Campos
Organizada pelo Comitê Estadual do Movimento Nacional em Defesa da Vida – Brasil sem Aborto (São Paulo), a 4ª Marcha em Defesa da Vida ocorreu
no dia 20 p.p., com muito êxito, contando com aproximadamente 8 mil manifestantes.
no dia 20 p.p., com muito êxito, contando com aproximadamente 8 mil manifestantes.
“Homens de Brasília
Prestem atenção!
Quem libera o aborto
O meu voto não tem não!”
Muitos manifestantes não portavam faixas e cartazes, mas usavam camisetas com dizeres anti-aborto, como esses nas fotos abaixo.
Tal decreto ditatorial é um “pacote” disforme repleto de normas desumanas, no qual o governo tenta “embrulhar” os brasileiros incautos. Assim, ele visa abater uma série de valores morais; desagregar a instituição familiar (por exemplo, instituindo o “casamento” homossexual e defendendo a prostituição); abolir o direito de propriedade; proibir o direito de ostentar símbolos religiosos etc. Apenas um ser é destituído de todo e qualquer direito: o nascituro. Este, segundo os signatários do decreto — sobretudo o principal deles —, não tem sequer o direito de nascer, podendo ser arrancado do ventre materno e jogado no saco de lixo. Na foto abaixo, faixa da associação Nascer é um Direito com referência direta vinculando o PNDH-3 ao aborto e na foto seguinte, faixa com uma referência indireta.
Outras fotos do ato, vide http://blogdafamiliacatolica.blogspot.com/
quinta-feira, 18 de março de 2010
Santa Maria Goretti — Parte II
• Pe. David Francisquini*
Nessa época em que as praias são tomadas pelo neopaganismo que estadeia toda corrupção da civilização moderna, o caso de Santa Maria Goretti é modelar: uma pequena virgem entrega a sua vida a Deus para não perder aquilo que ela mais amava, mais do que a luz de seus olhos, mais do que a sua própria existência, aquela virgindade que se aprende a amar como o dom mais precioso da vida, quando se tem uma alma verdadeiramente eucarística.
Lendo sua vida, salta-nos uma pergunta: Como puderam seus pais analfabetos colher o inesperado tesouro de santidade em um de seus filhos? A Igreja usufruía naqueles tempos de uma situação na qual os homens regiam suas vidas sob a influência benfazeja das Leis de Deus.
Santa Maria Goretti nasceu num ambiente preservado, onde não havia evanescido a noção do bem e do mal. Seus pais ensinaram aos seis filhos o catecismo, ensinaram-lhes a rezar, a fazerem a primeira Comunhão. Reunidos, eles rezavam a oração da manhã e da noite.
Além de terem a vida muito ocupada na lida do dia, para proverem o sustento da casa, os pais eram exemplares. Aos domingos, caminhavam duas horas para assistir a Santa Missa, enfrentando as intempéries próprias de cada estação.
Com tal programa familiar, pode-se ainda perguntar: Como Santa Maria Goretti conseguiu trilhar a avenida da alta santidade sem a concorrência de nenhum sábio e experiente educador, a ponto de deixar perplexos os promotores de sua canonização?
Viveu ela num lar inteiramente cristão. Sua mãe, quando solteira, teve de trabalhar em casas de família para tirar o seu sustento, e com isso teve de tomar cuidado com os perigos de se perder. Possuía ela uma consciência reta e bem formada na noção do bem e do mal.
Soube ela transmitir à filha o senso do dever para com Deus que vê todas as coisas. Certo dia, a filha se escandalizou com conversas que ferem os ouvidos inocentes. Contudo, a mãe soube dizer à filha que se cuidasse para dominar suas expressões, a fim de não chocar as pessoas.
Seus pais a chamaram Maria para ter uma poderosa padroeira no Céu, e, cheios de zelo, levaram-na a pia batismal apenas 24 horas após o nascimento a 19 de outubro de 1890. E Maria foi crescendo em graça e santidade. Todos os olhares recaíam sobre sua beleza, sobretudo da alma.
O sobrenatural como um perfume se emanava dela. Daí o ódio do assassino que a todo custo queria fanar a beleza resplandecente de sua castidade. Gostava de estar sempre ocupada e serviçal. Pronta para qualquer empresa, não tendo medo de sacrifícios e de renúncias.
O próprio Nosso Senhor dirigia sua alma com inspirações, graças e dons. As primeiras palavras que aprendera ainda balbuciando foram os nomes de Jesus e Maria. Seus primeiros ósculos foram para a Santíssima Virgem. Sua primeira palavra pela manhã era Ave Maria!
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*sacerdote da igreja do Imaculado Coração de Maria, Cardoso Moreira - RJ
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*sacerdote da igreja do Imaculado Coração de Maria, Cardoso Moreira - RJ
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Muitas horas diante da TV encurtam a vida

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(Agência Boa Imprensa)
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Miséria cubana tornou-se indisfarçável

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quarta-feira, 3 de março de 2010
Santa Maria Goretti — Sagacidade e força

- Pe. David Francisquini*
Na sua infinita sabedoria, Deus dotou a natureza com admirável perfeição: os mais fracos servem aos mais fortes e os inferiores aos superiores, resultando numa excelência que dá equilíbrio e grandeza à criação. Sabe-se que os coelhos se reproduzem muito para servir de alimento a outros animais. Encanta-nos observar os pássaros. Quando um deles é atacado pelo predador, surgem seus congêneres para defendê-lo.

O gato gosta de agrado e sempre se manifesta de forma a cativar aqueles que habitam a residência onde ele vive. Ostenta-se de forma afetiva com o seu ronronar, com seus trejeitos no convívio da casa. Ele sempre se comporta bem dos embaraços que se lhe apresentam.
Se Deus assim favoreceu os animais irracionais, como Ele se esmerou quanto ao homem, criado à Sua imagem e semelhança, e, portanto, capaz de levar vida superior e excelente! Afinal, não somos todos beneficiados pela vida da graça, protegida e majorada pelos sacramentos?

Tais considerações me ocorreram ao analisar a vida de Santa Maria Goretti [pintura no alto]. Ela reúne em seu espírito uma agilidade pouco comum. Ainda menininha, ajudava os pais nos afazeres da casa e do campo. E fazia tudo isso com alegria contagiante.
Rezava contemplando as estrelas e as maravilhas criadas por Deus. Assim, aos poucos forjou seu caráter até o momento de sua grande prova. Aos 12 anos, enfrentou um homem devorado pela luxúria e por outros vícios — um monstro —, de cujas mãos ela escapou vitoriosa.
Maria Goretti soube edificar sua casa sobre a rocha firme. Veio a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos que investiram contra aquela casa. Ela não caiu, porque estava fundada sobre a rocha. (Mt VII, 25). Foi sábia, forte, destemida e altaneira. Soube vencer a mais furiosa tempestade, a do enlouquecido homem que queria arruinar a sua vida.
Ela não demonstrou medo ante o perigo de perder a vida, pois sabia que nada poderia contra sua alma. Seu único temor era ofender a Deus. Ela colocou em prática as palavras do Divino Mestre: seguir o seu exemplo e trilhar o seu caminho. Sua fé e ousadia não são inferiores às das virtudes praticadas pelas primeiras mártires lançadas nas arenas e devoradas por feras.
Em razão de sua fé e de sua vida temperante, soube ela encontrar energia e confiança em Deus, não cedendo ao ataque do monstro. Quem consegue penetrar no olhar de uma menina com aquela sagacidade e força? Nada há de mais belo que o olhar dela. Quanta sabedoria, quanta contemplação, quanta visão da realidade! Diante do pecado sentiu-se cheia de força, preferindo morrer a se entregar.
Faz lembrar a leveza, o encanto e a sagacidade do gato — o faro, a coragem — e o ímpeto do cachorro. Guardou o que mais estimava: a inocência e a virgindade.
De onde lhe veio a força senão da Eucaristia e da Virgem Mãe, Rainha das virgens? Quando o punhal assassino penetrou desapiedadamente em seu corpo, a sua alma se elevou Àquela que é a Mãe de Deus.
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*sacerdote da igreja do Imaculado Coração de Maria, Cardoso Moreira - RJ
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Cidades lituanas entronizam Jesus Cristo como Rei

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