Paulo Henrique Chaves (*)
Junto com as narrativas da covarde execução de quatro colonos e vigias de uma fazenda em Pernambuco por integrantes do MST, chegou a nossas mãos farto material sobre a invasão da fazenda São Vicente, no município de Salgadinho, no mesmo Estado, onde a sanha revolucionária do MST não poupou sequer os cadáveres que jaziam em suas tumbas.
O macabro episódio teve seu início com a invasão em 18 de maio de 2003 da fazenda pertencente ao Dr. Raimundo Barbosa Braga, à Profa. Neuciene Souto Maior Braga e a mais dois outros herdeiros por uma horda do MST. O primeiro ato praticado pelos ditos sem terra foi o de trocar a placa da fazenda “São Vicente” por outra: “Assentamento Carlos Marighela”.
A fazenda de apenas 123 hectares era produtiva, e, quer pelo tamanho quer pela produtividade, não se enquadrava em nenhum dos requisitos que pudesse justificar a sua desapropriação para efeitos de Reforma Agrária, infelizmente contemplada pela espúria lei vigente no Brasil sobre a polêmica questão fundiária, que se arrasta por mais de meio século.
Quem narra a tragédia acima é Raymundo Wilsom Barbosa Braga, filho de um dos proprietários. “Sou mais uma das verdadeiras vítimas do terrorismo, junto com minha família. O MST invadiu e ocupou a fazenda São Vicente por quatro meses. Durante todo esse período os invasores não sofreram nenhuma ameaça ou agressão por parte de seus legítimos proprietários”.
E prossegue Raymundo sua narrativa: “Logo após a invasão, minha mãe, minha irmã e tia foram obrigadas a entrar na própria casa para fazer a remoção forçada de seus pertences [...] Meu pai foi obrigado a vender seus bois e cavalos sob ameaça de que se ele não os vendesse, simplesmente os perderia.
“Durante os quatro meses que permaneceram na fazenda, os invasores do MST ocuparam todas as suas dependências, arrasaram todas as suas plantações, arrombaram o escritório de meu pai e destruíram vários livros manuscritos que ele ainda não havia publicado. Roubaram centenas de objetos, destruíram a reserva florestal permanente”.
Era costume do Brasil de antigamente possuir cemitérios nas próprias fazendas. Sobretudo na zona canavieira do Nordeste, em quase todas as fazendas existe um pequeno cemitério. Pois bem, leitor, esses malfeitores chegaram a “violar a sepultura dos meus antepassados à busca de dentes e de outros possíveis objetos de ouro”, afirma Raymundo demonstrando desconsolo.
E justificando suas afirmações sobre esse assombroso acontecimento, Raymundo aponta para os autos do processo, cita – entre outros – o documento de número 4 que consta no livro de registro de queixas da Delegacia de Salgadinho, além de testemunhas que atestam a violação das sepulturas.
Causam pasmo tais monstruosidades que vêm se operando em nosso País. Não são apenas as leis que são desrespeitadas! Nem mesmo o “descanso dos justos que morrem na paz do Senhor”, como tão poeticamente nos diz a liturgia católica para o sepultamento de um fiel, é respeitado.
Com efeito, violam-se as leis civis que tipificam como crime profanar cadáveres. E violam-se também os ditames da Santa Igreja que considera tal prática uma grave profanação.
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(*) Paulo Henrique Chaves é colaborador da ABIM
O macabro episódio teve seu início com a invasão em 18 de maio de 2003 da fazenda pertencente ao Dr. Raimundo Barbosa Braga, à Profa. Neuciene Souto Maior Braga e a mais dois outros herdeiros por uma horda do MST. O primeiro ato praticado pelos ditos sem terra foi o de trocar a placa da fazenda “São Vicente” por outra: “Assentamento Carlos Marighela”.
A fazenda de apenas 123 hectares era produtiva, e, quer pelo tamanho quer pela produtividade, não se enquadrava em nenhum dos requisitos que pudesse justificar a sua desapropriação para efeitos de Reforma Agrária, infelizmente contemplada pela espúria lei vigente no Brasil sobre a polêmica questão fundiária, que se arrasta por mais de meio século.
Quem narra a tragédia acima é Raymundo Wilsom Barbosa Braga, filho de um dos proprietários. “Sou mais uma das verdadeiras vítimas do terrorismo, junto com minha família. O MST invadiu e ocupou a fazenda São Vicente por quatro meses. Durante todo esse período os invasores não sofreram nenhuma ameaça ou agressão por parte de seus legítimos proprietários”.
E prossegue Raymundo sua narrativa: “Logo após a invasão, minha mãe, minha irmã e tia foram obrigadas a entrar na própria casa para fazer a remoção forçada de seus pertences [...] Meu pai foi obrigado a vender seus bois e cavalos sob ameaça de que se ele não os vendesse, simplesmente os perderia.
“Durante os quatro meses que permaneceram na fazenda, os invasores do MST ocuparam todas as suas dependências, arrasaram todas as suas plantações, arrombaram o escritório de meu pai e destruíram vários livros manuscritos que ele ainda não havia publicado. Roubaram centenas de objetos, destruíram a reserva florestal permanente”.
Era costume do Brasil de antigamente possuir cemitérios nas próprias fazendas. Sobretudo na zona canavieira do Nordeste, em quase todas as fazendas existe um pequeno cemitério. Pois bem, leitor, esses malfeitores chegaram a “violar a sepultura dos meus antepassados à busca de dentes e de outros possíveis objetos de ouro”, afirma Raymundo demonstrando desconsolo.
E justificando suas afirmações sobre esse assombroso acontecimento, Raymundo aponta para os autos do processo, cita – entre outros – o documento de número 4 que consta no livro de registro de queixas da Delegacia de Salgadinho, além de testemunhas que atestam a violação das sepulturas.
Causam pasmo tais monstruosidades que vêm se operando em nosso País. Não são apenas as leis que são desrespeitadas! Nem mesmo o “descanso dos justos que morrem na paz do Senhor”, como tão poeticamente nos diz a liturgia católica para o sepultamento de um fiel, é respeitado.
Com efeito, violam-se as leis civis que tipificam como crime profanar cadáveres. E violam-se também os ditames da Santa Igreja que considera tal prática uma grave profanação.
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(*) Paulo Henrique Chaves é colaborador da ABIM