quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Revolução gramsciniana: novo conceito de família


Heitor Buchaul  (*)

O famigerado teórico comunista italiano Antônio Gramsci (1891-1937) desenvolveu o conceito de que a tomada do poder deveria ser precedida por uma mudança na mentalidade das pessoas.

Com essa nova visão, os intelectuais passam a ser os combatentes, o ensino se torna a arma mais importante, e a escola se transforma no campo de batalha.

Para Gramsci, as massas deveriam livrar-se dos “preconceitos e tabus” que faziam parte da visão do mundo da classe dominante.

Não é preciso ser um grande intelectual ou um sociólogo para concluir que, a partir de uma análise da situação atual, o ensino vem se tornado cada vez mais gramsciniano. Exemplo disso são as cartilhas de educação sexual difundidas em diversos países, bem como a questão do gênero, segundo a qual as crianças de ambos os sexos devem ter entre si um tratamento indefinido e igualitário livre de todo paradigma, e possam escolher livremente a própria sexualidade e o modo de vivê-la.

É interessante analisarmos nesse contexto a crítica feita pela atual ministra dos direitos das mulheres e porta-voz do governo francês, Najat Vallaud-Belkacem, de origem marroquina, sobre os manuais escolares: "Hoje, esses manuais ignoram obstinadamente a orientação LGBT (lésbicas, gays, bi e trans) de figuras históricas ou autores, mesmo quando essa orientação explica uma grande parte de seu trabalho, como no caso de Rimbaud [...] seria útil para as famílias homoparentais serem representadas nas campanhas de comunicação do governo em geral, a fim de banalizar esse fato, tornando-o mais popular." 

A ministra sabe bem que defender isso no seu país de origem ou nos demais países islâmicos é simplesmente impensável. E que é este um dos pontos pelos quais os muçulmanos caçoam do Ocidente e ameaçam conquistá-lo, pois nele todas as aberrações não são apenas permitidas, mas são punidos aqueles que ousam agir em sentido contrário...

A ministra promete recorrer à Missão Interministerial de Vigilância e Luta Antisectária (Miviludes) “para pôr fim a estes verdadeiros abusos que são as ‘terapias de transição’”. Essas terapias, que podem evitar que pessoas com tendência homossexual caiam no abismo moral.[1]

Por fim, ela acrescenta: “A França sustentará o discurso político pela despenalização universal da homossexualidade e vamos colocar nosso aparelho diplomático em movimento para exigir uma resolução das Nações Unidas neste sentido. Vou trabalhar em nível europeu para que a União Europeia adote medidas e orientações contra a homofobia”.

Este discurso da ministra reflete o pensamento dos pretensos defensores da democracia e da liberdade, para os quais uma pessoa não tem o direito de tentar reverter a sua tendência desordenada, mas o Estado, sim, tem o dever de empregar sua máquina para mudar a maneira de pensar dos cidadãos, forçando-os a aceitar o novo tipo de “família” que se quer implantar. São palavras dignas daqueles mesmos revolucionários que, para derrubar o trono e o altar, gritavam: “igualdade, liberdade, fraternidade ou morte”, porém transpostas para o século XXI, onde o objetivo é liquidar de vez com a instituição da família através de um incentivo constante às relações estéreis e antinaturais.

A isso muito se presta a teoria gramsciniana, que propõe através do ensino mudar as concepções e mentalidades tradicionais, criando novas gerações totalmente vulneráveis aos erros revolucionários e prontas para realizar o velho sonho dos inimigos de Deus, ou seja, a destruição da própria Humanidade.
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[1] O que causa indignação à ministra, talvez indignasse também o ex-presidente da mesma Miviludes, que está ameaçado pela Justiça com prisão por caluniar leviana e gravemente a Sociedade Francesa de Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP).

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(*) Heitor Buchaul é colaborador da Agência Boa Imprensa (ABIM)

sábado, 27 de outubro de 2012

Uma leitura indispensável

Adquira agora mesmo este livro indispensável em sua casa, por meio da Livraria Petrus: http://www.livrariapetrus.com.br/Default.aspx?cod=yrjk0
Paulo Roberto Campos
Se você não deseja ser enganado pelas ciladas do movimento ambientalista, não deixe de ler o livro recentemente lançado pelo Instituto Plinio Corrêa de Oliveira: Psicose ambientalista — Os bastidores do ecoterrorismo para implantar uma “religião” ecológica, igualitária e anticristã.

Seu autor, o Príncipe Imperial do Brasil Dom Bertrand de Orleans e Bragança [foto], bisneto da Princesa Isabel, desmascara o falso alarmismo disseminado pelos “ecoterroristas” em torno do propalado “aquecimento global”. Alegando um inexistente consenso dos cientistas sobre este tema, eles procuram provocar um pânico generalizado que leva os incautos a acreditarem que a ação do homem está conduzindo à destruição do planeta!

Nada mais falso! A obra do Príncipe demonstra que isso é um mero pretexto criado pelos ambientalistas radicais para atingir seus escusos objetivos: a implantação de uma sociedade e uma “religião” igualitária e neotribal. Isso mesmo: uma nova religião, em que os Dez Mandamentos da Lei de Deus são substituídos por dez mandamentos laicos e pagãos, que rebaixam o homem à condição de servidor e escravo da natureza.

Mas chegou a hora da verdade — a verdade sobre as falsas alegações do ecologismo. Com a leitura da obra ficará claríssimo que as esquerdas ecológicas não pretendem com o terrorismo climático senão o retorno dos falidos regimes marxistas. Não mais com a surrada e frustrada bandeira vermelha do comunismo, mas com a bandeira verde da ecologia.

NÃO SE DEIXE ENGANAR! Adquira o livro Psicose ambientalista e fique sabendo tudo que a máscara do movimento ambientalista esconde!
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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Islamização forçada de crianças cristãs no Bangladesh

Na Índia, muçulmanos fazem corte na cabeça de criança durante o ritual "Ashura" do islamismo
 Heitor Buchaul (*)

A mídia, que frequentemente não pesa seus comentários agressivos contra o Cristianismo, acusando — sobretudo os católicos — de retrógrados, inimigos da liberdade, etc., apresenta paradoxalmente o Islã como uma religião de paz, e seus terroristas como meros fundamentalistas distantes do verdadeiro ensinamento de Maomé.

A realidade, porém, é precisamente o contrario. A cada dia vêm à tona novos casos de abusos cometidos pelos muçulmanos contra os cristãos. Um dos exemplos mais recentes está nas declarações feitas por Dom Moses M. Costa [foto], Bispo de Chittagong, no Bangladesh, segundo as quais em seu país as crianças cristãs são raptadas, vendidas às madrassas (escolas religiosas muçulmanas) e convertidas à força ao Islã.

Quando não acabam nas mãos de traficantes que as vendem a estrangeiros como escravas.

Eis suas palavras textuais: “Falei com algumas pessoas de nossas comunidades, pessoas que relataram à polícia esta prática ilegal. A população está com medo. Famílias que encontram seus filhos após terem sido enganadas, são então forçadas a fugir e se esconder para evitar represálias. Procuramos oferecer abrigo e assistência. Fazemos um apelo para uma intervenção decisiva da polícia que garanta a legalidade e a liberdade de nossas comunidades". 

O processo é conhecido: intermediários que passando por operadores de organizações humanitárias e agências oferecedoras de trabalho vão até às famílias tribais e prometem proporcionar educação a seus filhos. As famílias pagam até 145 euros para poder se inscrever. Os traficantes então vendem as crianças para as islamizar. Existe também o tráfico de seres humanos. Neste caso, as crianças são vendidas no exterior, muitas vezes para famílias ricas da Península Arábica, tornando-se pequenos escravos.

Cerca de 105 crianças cristãs foram recuperados nos últimos meses, após terem conseguido escapar das madrassas.

A escravidão — prática abominável comum no mundo pagão, trazida de suas entranhas ao Ocidente pelo Renascimento — foi sendo paulatinamente eliminada com o advento do Cristianismo.

Noticia horrível como esta sobre islamização forçada de crianças cristãs não é veiculada pela grande mídia Internacional, nem recebe o apoio de políticos e ideólogos, porém nos conscientiza de um perigo real e cada vez mais próximo de nós.
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(*) Heitor Buchaul é colaborador da Agência Boa Imprensa (ABIM)

sábado, 20 de outubro de 2012

Contra a Santíssima Virgem, ultraje que clama a Deus por vingança!

Anunciação do arcanjo São Gabriel a Nossa Senhora, por Fra Angélico.
Obra que se encontra exposta no convento de São Marcos em Florença.
O belíssimo quadro acima é de Fra Angélico (1387-1455). Numa admirável atmosfera de muita pureza, ele pintou a cena da Anunciação, um dos fatos mais sublimes da História, quando o arcanjo São Gabriel anunciou a Maria Santíssima que Ela seria a Mãe de Deus. Sua resposta foi: “Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a vossa palavra". Neste augusto momento o Verbo de Deus se fez carne e habitou entre nós.

Imagine, caro leitor, que um pervertido obcecado em pornografia deturpasse completamente esta cena. E que, preservando exatamente o fundo do quadro acima, substituísse a figura de Nossa Senhora pela de uma mulher inteiramente despida e o anjo por outra mulher com asas e igualmente nua. Perversidade maior é difícil imaginar!(*) 


Mas isso não é apenas uma horrível profanação imaginada e que faz mal só em pensar. A ignóbil e blasfema adulteração aconteceu! Uma reprodução sacrílega do quadro sacral e maravilhoso de Fra Angélico encontra-se exposta na famosa National Gallery de Londres (Inglaterra). Seu autor foi o “artista” Richard Hamilton, falecido no ano passado. 


Diante da tão brutal agressão à nossa Santíssima e Puríssima Mãe, seus filhos não farão nada para reparar sua honra ultrajada? Que amor tem um filho quando vê sua mãe assim aviltada? Cala-se? 


Recentemente, islamitas do mundo inteiro protestaram violentamente contra o filme Inocência dos Muçulmanos, porque satirizava Maomé. Em alguns desses protestos ocorreram incêndios e até mortes, como o assassinato do embaixador americano na Líbia. Por incrível que pareça, até personalidades do clero católico solidarizaram-se e defenderam os muçulmanos por tal sátira.


Protestos do mundo islâmico são comuns, sempre que alguém faz uma simples charge, considerada ofensiva à religião maometana. 


E os católicos o que fazem para reparar a honra de Nossa Senhora, tão gravemente ofendida? Do Brasil, até o momento — exceto do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira (www.ipco.org.br), da Associação Devotos de Fátima (www.adf.org.br) e da revista Catolicismo (www.catolicismo.com.br) — não nos chegaram notícias de manifestações ou protestos, nem mesmo de pessoas do clero. Esperamos que muitas outras entidades e pessoas se manifestem ao tomarem conhecimento do grave sacrilégio. 


Para protestar, não precisamos praticar atos de violência. No entanto, devemos exigir a imediata retirada de tal quadro da referida exposição. É o que pedimos a todos os devotos e filhos da Santíssima Virgem. Vamos dar uma prova de que A amamos muito e muito. 


O que podemos fazer? 

Nossa Mãe e Mãe do Redentor da humanidade merece muitíssimo mais. Entretanto, para obter a cessação de tal blasfêmia, podemos fazer pelo menos o seguinte: 
• Organizar manifestações e protestos pacíficos. Os católicos são cidadãos ordeiros, respeitosos das leis e não fazem justiça pelas próprias mãos;  
• Envie uma mensagem à National Gallery, onde o quadro está sendo exposto, pelo e-mail: information@ng-london.org.uk . No seu texto, exija a imediata remoção do quadro sacrílego. Manifeste sua indignação, dizendo que a deturpação da pintura de Fra Angélico é um insulto que agride gravemente Nossa Senhora, sua fé e a moral; 
• Multiplique seu e-mail pela Internet, pedindo a todos que façam o mesmo e também mandem mensagens para o e-mail acima;  
• Envie esta notícia para todas as autoridades civis e eclesiásticas que conheça, pedindo-lhes que protestem também;  
• Publique esta notícia em blogs e sites e a comente em todas as redes sociais. 
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Os inimigos da Religião Católica contam com nossa omissão para promover perversidades como esta ignomínia exposta no National Gallery. Mas vamos desmentir o dito de que a força dos maus está na fraqueza dos bons. Para isso, não sejamos fracos! Vamos reparar essa infâmia! 


Se agirmos agora, à maneira de advogados, ainda que indignos, da honra de Nossa Senhora ultrajada, podemos ter esta certeza: no dia do Juízo Ela será nossa advogada diante do Tribunal de Deus. Haverá coisa melhor? 

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(*) Não publicamos aqui a foto do quadro blasfemo, pois seria contrário à moral e ao pudor. Tal foto encontra-se em certos sites, mas desaconselhamos procurá-la, pelo respeito e veneração devidos a Nossa Senhora.


Envie uma mensagem de protesto ao National Gallery, onde o quadro sacrílego está exposto, para o e-mail information@ng-london.org.uk

domingo, 14 de outubro de 2012

Discriminação contra os cristãos na Europa


Heitor Buchaul (*)

O título em epigrafe foi tema de um seminário, realizado no dia 2 de outubro, no Parlamento Europeu em Bruxelas por iniciativa da COMECE (Comissão dos Episcopados da União Europeia) em cooperação com alguns membros dos Grupos parlamentares EPP e ECR.

A atualidade do assunto atraiu grande assistência, que ouviu atenta e estarrecida os relatos dos inúmeros tipos de perseguições a que os cristãos estão sujeitos no continente europeu.

O representante do Observatório sobre Intolerância e Discriminação contra os Cristãos na Europa citou surpreendentes estatísticas: “84% do vandalismo na França em 2010 foram dirigidos contra lugares cristãos; em 2006, 48% do clero no Reino Unido sofreram alguma forma de violência”. E acrescentou: “Os cristãos do Reino Unido sentem-se mais marginalizados do que nunca; 74% dizem que há mais discriminação contra os cristãos do que contra qualquer outro crente; mais de 60% acreditam que a marginalização aumenta no governo, no local de trabalho e na vida publica”.

A perseguição aos cristãos é um fato também nas instâncias da Comunidade Europeia e, como acontece em outros países, é perpetrada em grande medida pelo Poder Judiciário. Coube ao Dr. Javier Borrego [foto abaixo], antigo juiz da Corte Europeia de Direitos Humanos, discorrer sobre este tema.
O jurista espanhol começou seu discurso fazendo o Sinal da Cruz, comentando em seguida: “Ter feito este sinal pode espantar a muitos, embora não causasse surpresa se fosse um muçulmano dizendo uma oração em árabe”. Segundo o magistrado, o tribunal europeu está ficando cada vez mais ideologizado, emitindo sentenças frívolas e propondo-se “o grande legislador da Europa; criando direito e fazendo engenharia social, algo que não é de sua atribuição”. Ele citou o famoso caso dos crucifixos na Itália, onde nenhuma autoridade nacional italiana foi ouvida, tendo mesmo alguns juízes europeus declarado com ironia: “Não se preocupem, em um ano não haverá mais crucifixos em lugares públicos da Europa”. No entanto, isso gerou uma saudável reação popular.

Por sua vez, chamou a atenção o discurso do jovem Mons. Florian Kolfhaus, da Secretaria de Estado da Santa Sé, salientando a enorme propaganda midiática contra a Santa Igreja e comparando-a com o caso muçulmano: “Há enorme rebuliço se desrespeitam a figura de Maomé, mas o que fazem quando o desrespeito é contra os católicos, contra Nosso Senhor ou o Santo Padre?”. E acrescentou: “Para nós, cristãos, não basta termos o direito de existir; temos que poder nos dirigir livre e abertamente a Nosso Senhor Jesus Cristo e dizer que Ele é a único Salvador. […] Nos Estados Unidos, para se ganhar a eleição, é necessário falar em Deus. Algo não anda bem na sociedade europeia”.

Houve também outras interessantes intervenções de deputados europeus, como a da deputada lituana Laima Liucija Andrikiene: “Os feriados cristãos desapareceram dos calendários enquanto subsistem as festas muçulmanas e judaicas. Para onde vamos? Qual deverá ser a nossa posição? O que devemos fazer para defender os nossos valores? [...] Os católicos têm o direito de protestar. A liberdade de expressão, alegada em casos que ofendem os cristãos, tem de ter limite. Os lituanos estão perplexos, pois a perseguição antes soviética agora se apresenta com face mais humana”.

O deputado Charles Tannock, do Reino-Unido, não poupou críticas à União Europeia: “A perseguição pela UE é maior contra os cristãos. A discriminação dos cristãos é um tabu no Parlamento Europeu”. E mais adiante: “Duas mulheres no Reino Unido foram demitidas de seus empregos por portarem crucifixos, mas isso não ocorre com judeus ou muçulmanos”.

No mesmo sentido foi o discurso da deputada eslovaca Anna Zaborska: “É bom que os cristãos se mobilizem, a liberdade religiosa não é a mesma para todos e não é respeitada em todo o mundo. Há um desequilíbrio da União, da Comissão e do Parlamento [europeus] sobre a perseguição em relação aos muçulmanos e aos cristãos. A perseguição pode ser feita de maneira sutil. Por exemplo, este ano o Parlamento suprimiu de seu calendário a Assunção e Pentecostes; são pequenas coisas que se acumulam e que são símbolos de perseguição”.

Quanto às intervenções do público, merece destaque a de uma professora belga, que foi agredida mais de uma vez por muçulmanos em seu próprio país, por portar o Crucifixo.

O seminário foi concluído com as palavras do Mons. Piotr Mazurkiewicz, secretário-geral da COMECE, que salientou o problema do laicismo, uma verdadeira religião da não-religião: “Não se pode considerar como neutra uma decisão de retirar os crucifixos. Isto também significa uma tomada de posição religiosa [...] a ação dos deputados faz-se necessária”.
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(*) Heitor Buchaul é colaborador da Agência Boa Imprensa (ABIM)

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Há 520 anos as naus de Colombo aportaram na América...

Pintura de José Garnelo Alda (1866-1945), feita em 1892 para comemorar o IV Centenário do Descobrimento da América. Exposta no Museu Naval de Madrid. Colombo chega à América e com ele a Cruz de Cristo.

Carlos Sodré Lanna (*)

Muita propaganda é espalhada contra os missionários e os colonizadores das Américas. Essa colossal onda publicitária — que se levanta contra tão gloriosa data, 12 de outubro de 1492, início da cristianização de nosso Continente — tende a contestar a própria missão dada por Nosso Senhor Jesus Cristo à sua Igreja “Ide, pois, e ensinai a todas as gentes” (Mt. 28, 18-19).

Defensores do neotribalismo missionário e indigenista, os principais nomes da Teologia da Libertação têm condenado a conquista e a evangelização da América e protestam contra as celebrações comemorativas da descoberta triunfalmente empreendida por Cristovão Colombo.

A falsa doutrina sobre a evangelização da América 
Em julho de 1986, reuniu-se em Quito (Equador) a II Consulta Ecumênica da Pastoral Indígena Latino-Americana. Representantes de 15 países do Continente lançaram um “manifesto indígena”.

Nele se expressa, pela primeira vez com apoio católico, uma “recusa total das celebrações triunfalistas”.

Para os delegados dos índios “não houve o tal descobrimento, mas uma invasão com suas implicações: genocídio pela ocupação, usurpação de territórios, desintegração das organizações sócio-políticas e culturais e sujeição ideológica e religiosa”. 

Da Associação de Teólogos do Terceiro Mundo, o ex-religioso franciscano Leonardo Boff e Virgilio Elizondo lançaram um manifesto contra a evangelização da América. Dizem eles: “No dia 12 de outubro de 1492 começou para a América Latina e para o Caribe uma sexta-feira santa de dor e de sangue, que prossegue até agora sem conhecer o domingo da Ressurreição. 1492 é a data dos conquistadores e não das populações autóctones. Não é a lembrança duma bênção, mas o pesadelo de um genocídio”.(*) 

A verdadeira doutrina católica sobre a evangelização da América
Em face das novidades que esses neomissionários querem nos inculcar, cumpre ouvir a voz da Igreja, a fim de melhor conhecer a verdadeira doutrina católica a respeito.

Numa continuidade impressionante, os Romanos Pontífices pronunciaram-se sobre o tema à margem das controvérsias históricas, de modo a não deixar dúvidas.

A Livraria Editora Vaticana publicou uma coletânea de 837 documentos papais somente do período 1493-1591, intitulada "Americae Pontificiae - Primi Saeculi Evangelizationis", aos cuidados do Pe. Josef Metzler, diretor da Escola Vaticana de Paleografia. Ela reúne as bulas de Alexandre VI até Gregório XIV, conservadas no Arquivo Secreto do Vaticano, sobre a evangelização das Américas.

Em sua célebre Bula "Inter Caetera", de 3 de maio de 1493, Alexandre VI afirmava que “a Fé católica e a Religião cristã sejam exaltadas sobretudo em nossos tempos e por onde quer que se ampliem e dilatem, e se procure a salvação das almas, e as nações bárbaras sejam submetidas e reduzidas à Fé cristã”. 

Em 29 de maio de 1537, o Papa Paulo III, com sua "Pastorale officium", condenava o comércio de escravos e afirmava que os indígenas deveriam ser considerados homens e não animais.

Pouco depois, o mesmo Paulo III, no documento "Exponi nobis super fecisti", concedia aos sacerdotes que trabalhavam nas Américas a faculdade de denunciar às autoridades os colonos que escravizavam os silvícolas do novo Continente.

São Pio V, em carta de 10 de agosto de 1568, elogiava o zelo pela conversão dos índios manifestado pelo Rei da Espanha, Felipe II. O Papa acompanhava com vigilante atenção a idoneidade das nomeações de vice-reis e autoridades menores responsáveis pela evangelização e proteção dos aborígines americanos contra possíveis excessos cometidos pelos colonizadores.

Confirmando a doutrina corrente na época, os Pontífices ratificaram o direito das nações ibéricas de colonizar a América e evangelizar seus habitantes. Para isso, delegavam responsabilidades e faculdades especiais aos reis de Portugal e Espanha, cuja reconhecida vocação apostólica exaltavam.

Quem percorrer os documentos papais do primeiro século de colonização, constatará o elogio feito à magna obra civilizadora. E também o minucioso cuidado da Igreja na correção dos abusos cometidos, pelo respeito aos direitos naturais dos índios e seu modo de vida no que tivesse de legítimo ou resgatável.

O Papa Gregório XIII publicou nada menos do que 155 documentos e, Sisto XV, 102, quase todos destinados a fixar normas para favorecer a conversão dos índios.

O IV Centenário do Descobrimento da América mereceu uma Encíclica do Papa Leão XIII, em 16 de julho de 1892, sob o título “Quarto abeunte saeculo”. 

Pio XII, em mensagem de 8 de janeiro de 1948, chamou o processo de evangelização da América de “ epopeia missionária”.

Ao encerrar o Simpósio Internacional sobre História da Evangelização da América, no Vaticano, em 14 de março de 1992, João Paulo II reafirmou os ensinamentos de seus predecessores e recapitulou os “fundamentos de uma colonização cristã” desenvolvidos por Frei Francisco Vitoria (1480-1546), dominicano espanhol da famosa Escola de Salamanca.

O Papa lembra que o mestre dominicano explanou os direitos naturais dos índios como “seres racionais e livres, criados à imagem e semelhança de Deus, com um destino pessoal e transcendente pelo qual podiam salvar-se ou condenar-se”. 

O Pontífice destaca que, “conforme a doutrina exposta por Vitoria, em virtude do direito de sociedade e de comunicação natural os homens e povos melhor dotados tinham o dever de ajudar aos mais atrasados e subdesenvolvidos”. Assim justificava Vitoria a intervenção da Espanha na América.

Nada mais contrário, pois, à posição dos neomissionários, do que o firme e ininterrupto ensinamento dos Papas a respeito da evangelização da América.

Notas: 
(*) A Voz das vítimas, Ed. Vozes, Petrópolis, RJ, 1960 
OUTRAS OBRAS CONSULTADAS: 
1. Plinio Corrêa de Oliveira, Tribalismo Indígena, Ideal comuno-missionário para o Brasil no século XXI, Editora Vera Cruz, São Paulo, 1979. 
2. Alberto Caturelli, El Nuevo Mundo - El Descubrimiento, La Conquista y la Evangelización de América y La Culturà Occidental, Centro Cultural Edamex, Cidade do México, 1991. 

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 (*) Carlos Sodré Lanna é colaborador da Agência Boa Imprensa (ABIM)


sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Os bastidores do eco-terrorismo para implantar uma religião ecológica, igualitária e anticristã

Da esq. para a dir.: Dr. Carlos Patricio del Campo, Dom Bertrand de Orleans e Bragança, Dr. Eduardo de Barros Brotero, Dr. Antonio Augusto Borelli Machado e Dr. Mario Navarro da Costa

Psicose ambientalista – Os bastidores do eco-terrorismo para implantar uma religião ecológica, igualitária e anticristã 

Luis Dufaur

No prestigioso Nacional Club de São Paulo, diante de um público que lotou o auditório, o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira lançou no dia 2 de outubro o livro com o título em epígrafe, de Dom Bertrand de Orleans e Bragança. Ato que superou todas as expectativas.

Muito aguardada pelo público, sua primeira edição de 5.000 exemplares praticamente já se esgotou. Quem ainda não o adquiriu poderá fazê-lo por meio da Livraria Petrus: 
http://www.livrariapetrus.com.br/Default.aspx?cod=yrjk0

Abriu a sessão de lançamento Dr. Eduardo de Barros Brotero [foto ao lado], diretor do Instituto, em nome do presidente Dr. Adolpho Lindenberg, ausente devido a uma viagem ao exterior.

O Dr. Eduardo fez um breve histórico do Instituto e da obra do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, particularmente sua luta contra os erros infiltrados em meios católicos. Erros que serviram de base para a promoção de uma Reforma Agrária socialista e confiscatória — meta visada comunismo internacional para subjugar o Brasil e instalar uma ditadura nos mesmos moldes do regime opressor que dominou a infeliz Cuba. O orador demonstrou como Plinio Corrêa de Oliveira freou tal ofensiva que arruinaria com o País e que, infelizmente, naquela ocasião encontrou eco favorável por parte de membros da CNBB.

Em seguida, o engenheiro Antônio Augusto Borelli Machado [na foto abaixo, apresentando a obra], revisor do livro, fundamentado em abundante documentação, apontou as semelhanças entre a ofensiva agrorreformista de cunho marxista e a ofensiva do ambientalismo hodierno.


Dando prosseguimento à apresentação, Dr. Carlos Patricio del Campo [na foto acima, o primeiro à esq.], Master em Economia Agrária pela Universidade de Berkeley (Califórnia), apontou documentadamente os absurdos da legislação de cunho ambientalista promovidas por vários governos, notadamente o atual governo PT por meio do novo Código Florestal.

O Dr. del Campo mostrou o custo absurdo da aplicação de dito Código, que criminaliza o produtor com Reservas Legais e APPs que prejudicam gravemente a produção agropecuária e o agronegócio em geral.

O expositor afirmou ser injustiça cruel o fato de o proprietário rural ser punido em decorrência das medidas promovidas pelos fautores do pseudo-ambientalismo, tão prejudiciais àqueles que tanto têm contribuído para o engrandecimento e riqueza do País: os produtores agrícolas.

Encerrando a sessão, Dom Bertrand de Orleans e Bragança [foto ao lado], Príncipe Imperial do Brasil e coordenador do movimento Paz no Campo, chamou a atenção dos presentes para a natureza visceralmente anticristã do atual movimento ambientalista, denunciado em seu livro Psicose ambientalista – Os bastidores do eco-terrorismo para implantar uma religião ecológica, igualitária e anticristã.

O príncipe ressaltou que esse falso ambientalismo não passa de um disfarce do velho agro-reformismo marxista que sob a fachada ambientalista visa demolir a propriedade privada e introduzir sub-repticiamente o mesmo sistema comunista que fracassou utilizando os métodos clássicos do marxismo-leninismo.

Acrescentou que estamos diante de uma perigosa metamorfose da doutrina stalinista para impor uma “religião” anticristã, panteísta e igualitária. Neste sentido, tal manobra é uma radicalização, sob uma nova bandeira, do velho e fracassado comunismo vermelho: a bandeira verde do ambientalismo, para melhor enganar os incautos.

Em face de tal ofensiva, o livro-denúncia é lançado num momento mais do que oportuno. O Príncipe — assessorado pela Comissão de Estudos Ambientais do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, da qual fazem parte Carlos Patricio del Campo, Nelson Ramos Barretto, Paulo Henrique Chaves e o autor destas linhas — efetuou uma denúncia que ninguém fez. Fato que explica o sucesso imediato da primeira edição do livro.


O orador destacou a necessidade de uma reação à ofensiva eco-terrorista, a fim de evitar a implantação no Brasil de uma pseudo-religião panteísta-marxista. Urge para tanto favorecer o ressurgimento dos valores da Lei natural e daqueles consignados na Sagrada Escritura. Se no Gênesis o Criador ordena que os homens dominem a Terra, explorando-a para o seu próprio bem, nos ensinamentos do Magistério Pontifício não poderia ser diferente: eles asseguram esses valores, dos quais decorre o sagrado direito de propriedade. O Brasil cumprirá assim sua grande missão, tornando-se efetivamente a Terra de Santa Cruz.


O ato encerrou-se com uma concorrida sessão de autógrafos e um coquetel [fotos abaixo]nos salões Nacional Club. A prolongada e animada permanência dos convidados patentearam a adesão e o entusiasmo suscitados pelas teses do livro.
 

Entrada do Nacional Club de São Paulo...

... e seu auditório lotado