- Helio Viana (*)
Contra esse clamoroso atentado, praticado contra um brasileiro no exercício de suas atividades profissionais, não se levantaram os defensores dos direitos humanos. Os mesmos que se indignam quando a Justiça profere uma sentença inocentando o pretenso mandante do assassinato de uma freira norte-americana de esquerda, ou quando algum sem-terra invasor é ferido ao entrar criminosamente em propriedade alheia.
Isto revela o grau de “conscientização” e manipulação a que as populações indígenas estão sendo levadas por obra principalmente de elementos do clero esquerdista partidário da Teologia da Libertação e de ONGs nacionais e estrangeiras obedientes à mesma orientação.
Para tais setores, pouco importa se uma enorme parcela da população brasileira fique privada de energia elétrica. O que não se pode é “profanar” os “santuários” da biodiversidade e os “nichos” de seus “santos”, os índios.
Esses infelizes não passam de meros instrumentos nas mãos de teólogos e antropólogos ateus e de ativistas do mesmo naipe, que desejam mantê-los para fins escusos no estado de barbárie e de superstição em que vivem, ao invés de atuar em benefício deles, o que fez o Apóstolo do Brasil, o Bem-aventurado Pe. José de Anchieta: catequizá-los e civilizá-los.
O mesmo estado de espírito visando impedir a construção da hidrelétrica no Norte inspirou também a decisão do Ibama em Sete Lagoas (MG), no sentido de impedir a construção de uma indústria de bebidas pela Ambev, a qual daria emprego direto para 800 pessoas numa cidade onde é alta a taxa de desemprego.
A alegação do Ibama é de que no terreno existem 400 pés de pequis, que não podem ser cortados. Ora, além de essa árvore ser muito comum na região, a Ambev se propôs a plantar uma quantidade muitíssimo maior em outro lugar a ser indicado. Mas o Ibama mantém a interdição.
Como fica, em pleno século XXI, no Brasil, a propalada liberdade para a atividade econômica? Será que para as pessoas e entidades adeptas da ecologia radical, o bem-estar e a sadia liberdade das coletividades devem ser sacrificados em aras de uma natureza “deificada”, que não sirva ao homem, mas o subjugue?
(*) Hélio Viana é colaborador da Agência Boa Imprensa (ABIM)
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