terça-feira, 10 de junho de 2008

A Rússia espalhou seus erros

  • Pe. David Francisquini (*)
O mundo católico comemorou no dia 13 de maio mais um aniversário da primeira aparição de Nossa Senhora em Fátima, Portugal. Conforme descrição da vidente Lúcia, a Celeste Peregrina não estava triste nem alegre, mas séria, e pedia a recitação diária do santo Terço pela conversão dos pecadores e em reparação dos pecados cometidos contra o seu Imaculado Coração.

Na aparição de julho de 1917, a Virgem após pedir a consagração da Rússia ao Seu Imaculado Coração, a comunhão reparadora dos primeiros sábados, e, sobretudo que os homens deixassem de ofender a Deus, disse: “Se atenderem a meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz; se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja; os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas; por fim, o Meu Imaculado Coração triunfará!”.

Para um observador superficial, com a queda do Muro de Berlim e com a falência da URSS, as profecias de Fátima perderam a atualidade, e, portanto, poder-se-ia desarmar o espírito diante dos erros aludidos por Nossa Senhora. Mas, lendo atentamente suas advertências, percebe-se logo que os erros da Rússia por Ela mencionados continuam mais atuais e mais ameaçadores que nunca.

Vivemos todos numa sociedade, cujo clima de ateísmo prático penetra pelos poros com a crescente dissolução dos costumes, com a prática do amor livre e o desmoronamento da família. Quem poderia imaginar, por exemplo, que mãos ungidas fizessem o contrário do que Nossa Senhora pediu? Vemos clérigos apoiando o MST, até mesmo participando de invasões de terra, visitando Cuba e defendendo Fidel Castro.

Na América Latina, assistimos a governos esquerdistas que sistematicamente vêm difundindo nos seus respectivos países erros contrários à mensagem de Nossa Senhora em Fátima, como a adoção do aborto, o incentivo ao controle de natalidade, o apoio ao movimento de legalização do assim chamado “casamento” homossexual, a estatização dos bens de produção, a Reforma Agrária socialista e confiscatória, o dificultar a livre iniciativa mediante pesadas cargas tributárias, um indigenismo antipatriótico e anticristão, a pressão pela liberalização das drogas, o aumento vertiginoso da criminalidade, etc.

Governos eleitos e escudados pela democracia, com base na Teologia da Libertação, vêm se afastando dos princípios do cristianismo por meio de uma legislação socializante, a fim de implantar um modo de vida tão parecido quanto possível ao do ideal marxista-leninista, são exemplos de como as advertências em Fátima estão atuais.

Com efeito, o que a Mãe de Deus predisse foi uma crise religiosa e moral que só será vencida pela oração, pela emenda de vida e pelo cumprimento inteiro dos Mandamentos da Lei de Deus.
(*) Sacerdote da igreja do Imaculado Coração de Maria (Cardoso Moreira –– RJ)

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