domingo, 3 de maio de 2009

Entre a Mãe de Deus e a mãe da eugenia, para que lado pende a balança de Hillary Clinton?

Fotomontagem tendo no centro Chris Smith, à direita a Imagem de Na. Sra. de Guadalupe, à esquerda Margaret Sanger

Heitor Abdalla Buchaul (*)
O congressista republicano Chris Smith, em discurso pronunciado na Câmara de Representantes (constituída por deputados federais), no dia 3 de abril de 2009, salientou a atitude contraditória da Secretária de Estado americano, Hillary Clinton, que logo após visitar a Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe, no México, onde ofereceu um buquê de flores em nome do povo americano, recebeu da organização abortista Planned Parenthood o Prêmio Margaret Sanger (fundadora da organização) ocasião em que se declarou impressionada pela figura de Sanger.

Questionou o congressista Smith em seu discurso: “Com todo respeito, pergunto a Hillary Clinton: Está brincando? ‘Impressionada’ por Margaret Sanger, que disse em 1921 que a 'eugenia é a via mais adequada e exaustiva para resolver a discriminação racial, política, e os problemas sociais”. E em 1922 asseverou que “o mais misericordioso que uma família pode fazer a um de seus membros é matá-lo”.

Smith assinalou também a declaração de Hillary (foto), de que Margaret Sanger empreendeu uma das maiores transformações “de toda a história da raça humana”.

“Transformação, sim. Mas não para bem se a pessoa for pobre, marginalizada, fraca, de cor, vulnerável, ou um dos muitos chamados indesejáveis que Sanger teria excluído e exterminado da raça humana”,
explicou ele.

Segundo o congressista, os dois atos públicos “na Cidade do México e em Houston nos apresentam duas irreconciliáveis visões do mundo”.

“Por um lado, o milagre da Virgem de Guadalupe durante cinco séculos trouxe uma mensagem de esperança, fé, paz, reconciliação e proteção dos mais débeis, os mais vulneráveis entre nós. Por outro lado, cada ano, a Planned Parenthood de Margaret Sanger mata 300 mil meninas e meninos em suas clínicas de aborto espalhadas pelos Estados Unidos".

"Nossa Secretária de Estado desconhece as crenças desumanas de Margaret Sanger? Não se informou sobre o cruel e temerário desprezo dela para com os pobres e as mulheres grávidas? No mínimo, a Secretária de Estado Clinton deveria devolver o Prêmio Sanger”.

No dia 22 de abril de 2009, a Secretária de Estado falou sobre o aborto, numa audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes, sendo contestada pelo deputado republicano e opositor do aborto Jeff Fortenberry (na foto ao lado de Condoleezza Rice). Este acusou o governo americano de forçar os contribuintes a pagar políticas das quais discordam. Hillary Clinton respondeu-lhe nos seguintes termos: “Temos uma desavença essencial [...] eu defendo, fortemente, que você tem o direito de argumentar e que todo mundo que está do seu lado deve ter liberdade para argumentar em qualquer lugar do mundo. Nós também". E prosseguiu: “Só que nós consideramos o planejamento familiar uma parte muito importante da saúde das mulheres, e a saúde da reprodução inclui o acesso ao aborto que, a meu ver, deve ser seguro, legal e inusual”.

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O Departamento de Estado anunciou em março passado a doação de até 50 milhões de dólares ao Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) em 2009, a primeira contribuição no decorrer de sete anos para essa instituição, que financia principalmente campanhas a favor da contracepção.

Pelas palavras e pela política explicitamente desenvolvida pela Secretária de Estado, que acompanha a orientação do governo Obama, fica claro, realmente, qual é o tipo de mãe de sua preferência.
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(*) Heitor Abdalla Buchaul é colaborador da ABIM

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